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Significado de Romanos 3:1
No capítulo 2, Paulo muda seu foco de sua audiência direta - os crentes romanos - e em vez disso, ele se dirige a um "Homem" genérico que julga os outros, apontando que ele faz todas as coisas pelas quais julga os outros. Paulo deixou claro que esse "Homem" em sua mente eram as autoridades judaicas que difamavam sua mensagem (Romanos 2:8). No capítulo 3:1, ele volta a falar diretamente aos crentes romanos gentios cuja "fé está sendo proclamada em todo o mundo" (Romanos 1:8), as mesmas pessoas para as quais Paulo escreve esta carta.
A pergunta retórica qual é, pois, a vantagem do judeu? segue a desconstrução das autoridades judaicas que Paulo realizou no capítulo 2 de Romanos. Paulo responderá à própria pergunta, afirmando "Muita, sob todos os aspectos" (v.2).
Paulo deixou claro que Deus não se preocupa inicialmente com a obediência às regras ou com a circuncisão física; Deus se preocupa com a circuncisão do coração; um coração disposto a segui-Lo. Paulo rejeitou a autoridade reivindicada por esses judeus, que quebram a lei e ao mesmo tempo criticam os outros por quebrá-la.
Essas "autoridades" afirmam possuírem poder por serem judeus, uma noção que Paulo também refutou. Parece apropriado, então, abordar a pergunta óbvia de se o povo judeu, então, não tem uma vantagem por causa de sua herança.
Paulo faz a mesma pergunta de duas maneiras diferentes. Além de perguntar qual é, pois, a vantagem do judeu, na segunda vez, ele pergunta ou qual é o proveito da circuncisão? A circuncisão era o exercício cerimonial que Deus deu a Abraão como um sinal de que Israel era o Seu povo escolhido, como uma aliança para Sua noiva. Deus pediu ao Seu povo, descendentes de Abraão através de Isaque, que obedecesse a este costume da circuncisão (Gênesis 17:10). Deus deu a Israel um papel muito especial a desempenhar em benefício da humanidade, mostrando-lhes um melhor caminho para viver, viver em uma cultura de amar o próximo em vez de explorar uns aos outros (Êxodo 19:6).
Pela maneira como o argumento de Paulo no capítulo 2 é apresentado, parece evidente que parte do que as autoridades judaicas estavam argumentando é que os crentes gentios romanos precisavam ser circuncidados e seguir as leis judaicas para viver de maneira justa e correta. No entanto, Paulo, os outros apóstolos e os anciãos da igreja de Jerusalém já haviam chegado a um acordo de que fazer os gentios seguirem as leis judaicas, era na realidade, desnecessário (Atos 15). Paulo não afirma esse fato aqui, o que sugere que essas “autoridades” judaicas contornaram esse acordo. Alguns dos fariseus crentes que achavam necessário ser circuncidados para serem salvos podem ter decidido anular o acordo de Atos 15 (Atos 15:5).
Mas em Paulo, esses oponentes enfrentaram um adversário formidável, já que Paulo insistiu que os crentes são justificados apenas pela fé (Romanos 4:1-3), mas também que são santificados ao viverem por ela. Paulo já deixou claro em sua declaração de tese que uma vida justa (ou de retidão) é alcançada ao viver pela fé (Romanos 1:16-17). Agora ele continua sua afirmação respondendo a objeções, uma a uma. Uma vez que a circuncisão não traz benefício nem na justificação nem na santificação, isso significa que os judeus não possuem nenhuma vantagem? Longe disso.