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Significado de Romanos 3:27

Não temos parte em nossa justificação; não há lugar para se gabar, nossas obras não fazem nada. A justificação só pode vir pela fé.

Se Paulo é alguma coisa, isso é persistente. Mais uma vez, ele faz o mesmo ponto que já fez muitas vezes (e continuará fazendo): Onde está, logo, a jactância? Ficou excluída. Por que lei? Pela das obras? Não; mas pela lei da fé. (v.27).

Não há possibilidade de participarmos da justificação diante de Deus ao guardar a lei. Nenhuma. Zero. Por quê? Porque não podemos guardar a lei. Cada um de nós está sob o pecado (v.23). Paulo se inclui como pecador, dizendo que ele não é melhor do que os caluniadores hipócritas (v.9).

Além disso, não há motivo para nos gabar por nossa participação na justificação diante de Deus, porque Jesus sozinho é o justificador (v.26-27). A justificação diante de Deus que Jesus realiza é completamente independente da lei (v.21) e é concedida completamente de graça, sem condições. Esse presente é recebido apenas pela (v.24-25).

As “autoridades” judaicas que se opunham à Paulo e seus companheiros de ministério, Priscila e Áquila (Romanos 16:3-5), alegavam que a aderência à lei era necessária para ser justificado perante Deus, e eles difamaram a insistência de Paulo de que nossa justificação perante Deus é separada da lei, pela graça e recebida pela fé. Paulo, nesta carta, está constantemente e habilmente descontruindo essa difamação que minaria sua mensagem do evangelho, caso fosse adotada pelos famosos crentes em Roma (Romanos 3:8).

A lei das obras, que inclui a circuncisão, não tem consequência alguma na justificação perante Deus. Portanto, não há base para se gabar em nossa religiosidade. No capítulo 2, Paulo observou que seus oponentes "se apoiam na lei e se orgulham de Deus" por causa de seu conhecimento e aderência às regras religiosas judaicas (Romanos 2:17-21). No entanto, seguir tais regras não muda o coração, apenas leva a uma maior capacidade de racionalização.

O que supera a lei das obras é a lei da fé. A lei da fé é o que nos justifica perante Deus, como Paulo explicará a seguir. É também o que nos santifica quando caminhamos na fé em nossa vida diária. Como Paulo diz no capítulo 8:

“para que a exigência justa da Lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.”

(Romanos 8:4)

Portanto, Paulo continua com o tema do capítulo 1, que a justiça (harmonia com o bom plano de Deus) acontece por meio da fé, desde o início até o fim. A justiça começa quando somos justificados perante Deus pela fé (João 3:14-15; Romanos 4:1-3). Então, experimentamos os frutos da justiça quando caminhamos na fé, acreditando que os caminhos de Deus são para o nosso melhor.

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