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Significado de Romanos 5:15-17

Através do pecado de um homem, houve condenação para todos. A partir do dom gratuito, há justificação para muitos. O pecado de um homem trouxe a morte para todos, mas aqueles que recebem o dom gratuito da justiça alcançam a vida por meio de Jesus.

O pecado de Adão trouxe pecado e morte para o mundo, e a morte tem reinado desde então. A taxa de mortalidade das pessoas tem sido de cem por cento (Hebreus 9:27). O dom gratuito da graça de Deus por meio de Jesus não é como a transgressão de Adão. Mas não é assim o dom como a ofensa; porque, se pela ofensa de um só morreram todos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para com todos (v.15).

A ofensa de um (Adão) trouxe a morte para muitos. Mas o dom gratuito da justificação não é como a ofensa de Adão. A ofensa de Adão causou a morte para todos que o seguiram, exceto Jesus. Mas o dom gratuito de ser justificado diante de Deus beneficia apenas muitos que o recebem pela fé. O dom gratuito da morte de Jesus traz um resultado completamente diferente do pecado de Adão. O pecado de Adão traz a morte. Mas o dom gratuito da morte de Jesus trouxe a justificação diante de Deus, através de Sua graça.

Agora, Paulo acrescenta que o dom que Jesus dá não é como o que veio através daquele que pecou [Adão]. Isso ocorre porque, por um lado, o julgamento [morte] surgiu de uma única ofensa [de Adão], resultando em condenação. A condenação foi que o pecado entrou no mundo. Paulo contrasta, dizendo, por outro lado, o dom gratuito surgiu de muitas ofensas, resultando em justificação (v.16).

As muitas ofensas se referem aos pecados do mundo, todos os quais foram colocados na cruz com Jesus (Colossenses 2:14). A morte de Jesus, carregando os pecados do mundo, resultou na justificação diante de Deus para todos que creem (Romanos 4:1-3).

Quando Adão pecou, seu pecado trouxe condenação para o mundo. O mundo foi amaldiçoado, o pecado e a morte entraram na terra. Em completo contraste, a vida, morte e ressurreição de Jesus trouxeram aos seres humanos um dom gratuito.

Um presente é algo que é dado sem obrigação. Os dons de Deus são irrevogáveis (Romanos 11:29). A palavra grega traduzida como dom gratuito no versículo 15 é uma palavra, "charisma". Os tradutores acrescentam corretamente "gratuito" para enfatizar a natureza fundamental de um presente. Um verdadeiro presente vem sem condições. Não há obrigações diretas ou implícitas. Através da fé em Jesus, recebemos o dom gratuito de sermos justificados na presença de Deus.

Quando Abraão creu em Deus, isso lhe foi creditado como justiça (Romanos 4:3). Isso ocorreu mesmo antes de Jesus ter morrido pelos pecados de Abraão. A morte de Jesus na cruz foi contada como redenção para toda a humanidade em todos os tempos. Isso se aplica a todos os que creem, incluindo Abraão.

Abraão se beneficiou do sacrifício de Jesus e da graça de Deus, mas ele não poderia ter se beneficiado da justificação pela lei de Moisés, porque ela ainda não existia. Mais uma vez, a explicação de Paulo sobre a justificação pela graça de Deus é superior à explicação das "autoridades" judaicas sobre a justificação através da Lei.

A seguir, no versículo 17, Paulo repete que o pecado entrou no mundo por meio de um homem (Adão):

Se pela ofensa de um só reinou por ele a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, que é Jesus Cristo.

A ofensa de um só se refere ao pecado de Adão. Através desse pecado, a morte entrou no mundo. Daquele momento em diante, a morte reinou através de um só, o que significa que todos nós herdamos a consequência adversa do pecado de Adão. Mas o dom de Jesus se manifesta como uma abundância da graça. Apesar do pecado e da morte, Jesus morrer na cruz dá à humanidade o dom da justiça. Este presente está disponível para todos aqueles que recebem o dom gratuito, que é dado através da abundância da graça de Deus.

As "autoridades" judaicas argumentaram que o ensinamento de Paulo sobre a graça naturalmente leva à conclusão de que "todos deveríamos pecar muito porque a) é mais divertido e b) saímos impunes porque a graça de Jesus a cobre." Paulo está elevando uma visão oposta: o pecado é morte. Quando estávamos separados de Deus, estávamos presos na morte, sem saída. Mas através da abundância da graça dada por Ele, agora temos a oportunidade de receber o dom da justiça que reinará na vida.

Parece muito provável que esta carta aos crentes romanos tenha, em parte, a intenção de apoiar Áquila e Priscila, que eram judeus e pregavam o evangelho com Paulo na Grécia, e agora retornaram a Roma, onde começaram uma igreja em sua casa (Romanos 16:3-5; Atos 18:2, 18, 26). A defesa da graça que Paulo apresenta nesta carta ajudará Áquila e Priscila a refutar a difamação das "autoridades" judaicas e esclarecer por que os crentes devem viver pela fé, não pela observância da lei judaica.

A presunção inferida feita pelos oponentes de Paulo, Priscila e Áquila é que o pecado é mais desejável. (No capítulo 2, Paulo expôs a realidade de que, na verdade, eles estão diariamente vivendo no pecado). Mas Paulo está argumentando que o pecado é morte. O mundo foi condenado através do pecado. Jesus nos liberta do pecado. Porque viveríamos no pecado (morte) quando podemos viver em harmonia com o plano de Deus (justiça). Quando vivemos no (bom) plano de Deus, podemos ser realizados. Seu (bom) plano pode reinar na vida por meio Dele, Jesus Cristo. Esta é uma maneira muito superior de viver, e está disponível para todos que creram.

Podemos escolher a vida no Espírito, ou a morte e a perda do mundo.

O dom gratuito entrou por meio de um só homem (Jesus). Somos justificados diante de Deus pela graça, através da fé. Mas não para por aí. A justiça de Jesus reina em nossa vida cotidiana pela graça, não seguindo regras religiosas.

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