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Significado de Romanos 6:21-23

Paulo pergunta aos cristãos romanos: Que proveito tivestes em viver em pecado? Foi bom? Isso os afastou da justiça. Pior ainda, o resultado da vida pecaminosa é sempre a morte.

A principal lição na qual Paulo se concentra aqui é no tipo de vida que fornecia os melhores benefícios. O versículo 22 afirma claramente o melhor benefício para nós: escapar da morte e viver a vida de Cristo. Paulo pergunta aos crentes: “Que proveito tivestes então? Apenas coisas de que agora vos envergonhais” (v. 21). Paulo conclui: “O fim delas é a morte” (v. 21).

Qualquer pessoa casada pode adulterar. Isso vai matar seu casamento. Qualquer pessoa pode ser egoísta. Isso vai matar as amizades dela. Qualquer pessoa pode participar de extorsão. Isso vai matar seus negócios e sua liberdade. O fim dessas coisas é sempre a morte.

Paulo estabelece que a escravidão ao pecado leva à morte. Ele continua: “Mas, agora, libertados do pecado” (v 22). A expressão “Mas, agora” está  no tempo presente. Os crentes romanos estavam livres do pecado e eram servos de Deus - novamente, Paulo ilustra o poder que todo cristão tem de escolher. Ao serem libertos do pecado, eles podem escolher torna-se escravos de Deus. Os cristãos romanos viviam vidas de obediência a Deus. Eles já haviam se submetido a Ele como escravos; por isso Paulo os elogia (Romanos 1:8; 6:17).

A escolha para todos os cristãos é: "Quem será meu mestre neste momento?" Temos uma escolha porque fomos capacitados pelo Espírito Santo, que nos permite vencer nossa natureza pecaminosa. Nosso mestre será nossa natureza pecaminosa, o mundo, Satanás? Todos esses fazem parte do mesmo time. Ou nosso mestre será Cristo e o Espírito que Ele colocou dentro de nós (Romanos 5:5)? Fomos libertos do pecado. Por que retornar a algo que irá nos matar? Podemos voltar, mas temos o poder de não fazê-lo. Por que não usar este poder?

Paulo argumenta contra as acusações que alegavam que ele estava ensinando que pecar era bom, uma vez que os cristãos estavam sob a graça (Romanos 3:8). Paulo responde às autoridades judaicas em Roma, defendendo a verdade de seu ministério e deixando claro aos crentes romanos que ele não endossava o pecado. Ele explica aos leitores de sua carta por que pecar era profundamente prejudicial e autodestrutivo, mesmo que os cristãos estivessem sob a graça de Deus e não sob a lei. Ele ilustra que o pecado os impediria de viver harmoniosamente e os levaria a experimentar a morte.

Paulo agradece a Deus (v. 17) pelo fato de os cristãos romanos estarem vivendo em obediência a Deus e se portando como Seus servos, rejeitando a vida pecaminosa. Mais adiante, no versículo 22, Paulo fala do maravilhoso resultado da obediência e do que acontece quando um crente se torna escravo de Deus: “Libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso proveito para a santificação e, por fim, a vida eterna”.

O termo “vida eterna” (em grego, "aiōnios zōē") é usado para representar uma dádiva: a vida eterna implantada em nós quando cremos em Jesus. A mesma frase também é usada como resultado ou benefício que temos ao andarmos pela fé, que é o assunto de Paulo aqui. Também é usado em Romanos 2:7 como recompensa aos que, “perseverando em fazer o bem, buscam glória, honra e incorrupção".

Nesta passagem, a vida eterna é uma recompensa, ou seja, a vida como Deus a determinou, em contraste com a morte alcançada quando vivemos para nós mesmos (Romanos 1:28-32).

Paulo fala sobre o benefício, o resultado do que fazemos neste mundo, quando vivemos a vida que Deus nos deu. Quando vivemos em novidade de vida (v. 4), realmente vivemos a vida como ela foi planejada por Deus.

O versículo 23 é normalmente usado para descrever uma pessoa que crê em Jesus e é justificada na presença de Deus; esta é uma aplicação legítima do versículo. Porém, no contexto desta carta aos crentes romanos, Paulo aborda como eles poderiam viver em retidão ou justiça em sua vida diária:

Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

O salário do pecado é a morte - o tempo todo. Isso é verdade tanto no caso da separação eterna de Deus para os incrédulos quanto é verdade no caso da desconexão entre cônjuges ou amigos para os crentes. Qualquer pessoa que faça do pecado seu mestre sempre colherá algum tipo de morte.

Ao longo do capítulo 6, Paulo ilustra a realidade dos cristãos aos quais estava escrevendo: precisamos escolher a quem servir.

Podemos escolher o mundo:

  • Serviremos e nos tornaremos escravos de nossos próprios apetites pecaminosos, ou do sistema do mundo, que determina o que devemos fazer?
  • Serviremos ao que Satanás nos diz para fazer?

Se escolhermos os caminhos do mundo, colheremos as consequências do mundo, ou seja, a morte (v. 23). Seremos separados dos bons desígnios de Deus e, portanto, estaremos sujeitos à futilidade, à exploração e à perda.

A alternativa aos caminhos do mundo é seguirmos os caminhos de Deus. Se fizermos isso, escolhemos nos tornar escravos de Jesus Cristo.

  • Ele criou o mundo.
  • Ele tem o nosso melhor interesse no coração.
  • Ele nos deu o poder de vencer ao cruel mestre chamado “pecado”.

Paulo era grato porque os crentes em Roma, conforme mostra o versículo 17, estavam agindo em obediência de coração ao que lhes havia sido ensinado, tornando-se escravos da justiça. Porém, o apóstolo desejava que eles continuassem assim e não fossem tirados do caminho pelas autoridades judaicas que desejavam que eles caíssem sob seu domínio e adicionassem as observâncias religiosas como necessária para se alcançar a justiça.

Este é o argumento de Paulo: Podemos pecar? Claro que podemos. Se pecarmos, a graça vai ser abundante? Claro que sim! A graça sempre será mais abundante que o pecado (Colossenses 2:14).

No entanto, devemos usar a realidade da graça infinita de Deus e decidir viver no pecado? Não, isso é loucura! O pecado nos leva à morte, à perda e à escravidão. A única razão pela qual faríamos isso é por termos sido enganados pelas falsidades de Satanás. Assim como fez com Eva, Satanás mostra a morte como sendo vida. Porém, não é. Morte é morte.

Paulo desejava que os irmãos tivessem suas mentes renovadas, para que conseguissem ver o pecado pelo que ele era (Romanos 12:1-2). Quando enxergamos a realidade, não desejamos participar dela: pecado é morte. Temos a vida da ressurreição de Cristo em nós! Ela nos leva para longe da morte. Não apenas podemos viver nos bons desígnios de Deus, mas podemos alcançar recompensas incríveis por andarmos em fidelidade (1 Coríntios 2:9; Apocalipse 3:21). O argumento de Paulo é que, quando vemos a realidade como ela é, a única escolha razoável é a vida, alcançada quando andamos na fé de que os caminhos de Deus são sempre para o nosso bem.

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