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Romanos 7:13-14 explicação

A perfeição da Lei torna claro o nosso pecado, assim como é fácil enxergar sujeira em um copo de água limpa. Porém, o problema não é a água, mas a sujeira. Da mesma forma, o pecado é o problema, não a Lei. Nossa natureza pecaminosa é exposta mais claramente porque é carnal. Nossa a carne nos leva ao pecado, enquanto a Lei é perfeita e proveniente do Espírito.

Paulo continua a insistir no ponto de que não era a Lei quem causava a separação (morte), mas o pecado. O pecado é diferente da Lei. Paulo faz uma pergunta retórica que provavelmente ecoava outra das acusações de seus oponentes que desejavam destruir o Evangelho da graça:

Logo, o que é bom tornou—se morte para mim? De modo nenhum! (v 13).

Paulo, aqui, fala da Lei como sendo o que é bom. A Lei faz o bom trabalho de nos mostrar o que está errado conosco. Porém, não é a Lei o problema. O problema é o nosso próprio pecado.

Mas, sim, o pecado, para se mostrar pecado, operando em mim a morte por meio do que é bom (v. 13).

O pecado ao qual Paulo se refere é inato, é algo que nasceu conosco como seres humanos. É a nossa natureza caída, à qual Paulo chama de "carne". É o pecado quem tira ocasião do que é bom (a Lei) e a transforma em um "fruto proibido" — elevando nosso desejo de infringir a Lei, de decidir nosso próprio caminho. Esta é a natureza dos seres humanos: operar no orgulho, e não na fé (Habacuque 2:4; Romanos 1:16-17).

Vejamos um exemplo. Tomemos uma circunstância na qual duas pessoas fazem votos de casamento uma à outra: "Até que a morte nos separe". Se uma dessas pessoas deixar a outra por outro parceiro, não é o voto (ou o mandamento) de seu casamento o culpado pela separação. Se alguém deixa seu parceiro por outro, seu voto expõe sua transgressão e a transforma em algo pecaminoso.

Paulo explica que não era a Lei quem causava a separação (morte). Ele afirma que o que é bom (a Lei) não era a causa da sua morte. Pelo contrário, por sermos pecadores e não conseguirmos seguir à Lei, nosso pecado fica exposto. Da mesma forma, se alguém faz uma promessa e não a cumpre, a promessa demonstra seu pecado. “A fim de que, pelo mandamento, o pecado se fizesse excessivamente mau” (v. 13)A violação da verdade da lei de Deus por meio de Paulo ou qualquer pessoa demonstra a origem do pecado.

No versículo 14, Paulo reafirma que a Lei é espiritual, boa e justa, enquanto ele era carnal, vendido como escravo do pecado. Paulo revela que sua natureza pecaminosa o levava a pecar com seu corpo, sua carne. Pelo fato de Paulo ser carnal (como todos nós somos) e a Lei ser espiritual, santa e justa, o apóstolo não conseguia obedecer à Lei.

Este processo sempre gera morte. Nós, como seres humanos, estamos separados dos bons desígnios de Deus. Assim, estamos longe da auto—realização, pois não operamos nos desígnios de Deus. Deus nos deu a Lei para nos mostrar como viver em harmonia, amando uns aos outros e contentando—nos com o que temos, ao invés de invejarmos os outros. Porém, isso apenas inflama ainda mais a nossa carne caída.

Essa revelação do pecado em sua vida não tornava a Lei ruim, mas apenas revelava a natureza pecaminosa de Paulo, sua carne. Paulo fala  a respeito de si mesmo. Ao fazê—lo, ele indica que isso era comum a todos os seres humanos. A Lei mostra que, quando andamos em pecado, o pecado efetua (traz) a morte. Esta morte inclui muitas formas de separação, como a separação das pessoas, a separação da nossa capacidade de servir a outros, entre outras.

Paulo nos apresenta o modelo mental ou a perspectiva que nos permite separar—nos da nossa carne, ou seja, matá—la. Ao invés disso, ele nos instrui a andar em Espírito. Desta forma, poderemos, pela fé, colher a grande recompensa da vida.

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