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Significado de Romanos 8:12-14
Paulo chama os cristãos romanos que iriam receber esta carta de “irmãos”. Precisamos nos lembrar de que estes eram os crentes sobre cuja fé se falava em todo o mundo, crentes com quem Paulo desejava comungar (Romanos 1:8). Porém, tal desejo estava sendo ameaçado pelas autoridades judaicas que procuravam remover a autoridade de Paulo. Esta carta aos crentes romanos também ajudaria aos parceiros de ministério de Paulo, Áquila e Priscila, que hospedavam uma igreja em sua casa em Roma, a contrapor os argumentos das autoridades judaicas (Romanos 16:3; Atos 18:2, 18, 26).
Paulo chega a uma conclusão aqui, com base em seus argumentos entre os versículos 1-11: “Portanto, irmãos, somos devedores não à carne, para que vivamos segundo a carne” (v. 12).
Ele diz aos cristãos romanos, mais uma vez, que eles estavam livres da carn, e agora estavam obrigados a Deus. Eles haviam se entregado a Ele. A carne não tinha mais direito sobre eles e eles não eram mais condenados (v. 1).
“Se viverdes segundo a carne, haveis de morrer” (v. 13). O salário/consequência/resultado/pagamento do pecado ainda era a morte; nada havia mudado nesse sentido. Nesta carta, Paulo responde à afirmação dos caluniadores de que ele ensinava que o sangue de Jesus cobria a todos os pecados e que se eles pecassem mais, receberia mais graça. Portanto, na visão deles, Paulo estava ensinando que eles deveriam pecar (6:1).
O apóstolo responde a essa calúnia com uma pergunta: "Por que faríamos isso? O pecado é morte. Vocês não entendem o que está acontecendo. Vocês têm uma perspectiva equivocada sobre isso." Paulo não permite que seus leitores se esqueçam de que, se vivessem de acordo com a carne, eles experimentariam a morte, a mesma morte da qual haviam sido libertos. A carne sempre mata, desconectando-nos da vida de Deus. Não precisamos viver assim.
A alternativa é a vida. Através da liberdade que Jesus conquistou e através do poder da Sua ressurreição, podemos escolher a vida. Portanto, por que escolheríamos a morte? A chave é adotarmos uma perspectiva verdadeira através dos olhos da fé que enxergam as coisas como elas realmente são, ou seja, podemos ver a vida como vida e a morte como morte.
Como vivenciamos diariamente essa novidade de vida? “se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (v. 13). Precisamos parar de dar ouvidos à nossa carne e de segui-la. Ela só nos leva à morte. Devemos seguir ao Espírito, pela fé na graça e na força de Deus, voltando vossos olhos a Ele. Por que fazer isso? Porque se adotarmos a verdadeira perspectiva que Paulo nos oferece — de quem somos e como podemos alcançar a máxima realização — isso é a única coisa que faz sentido.
É importante notar que, embora Paulo diga que nós, como crentes, somos obrigados a Deus, isso não significa que não tenhamos escolha. Deus nos deu a incrível capacidade de escolher, mesmo quando temos Seu Espírito habitando em nós. Fomos para sempre resgatados da condenação eterna, porém ainda experimentaremos as consequências negativas do pecado caso andemos em nossa natureza caída. Nossa obrigação para com Deus é nossa responsabilidade de usar o dom e o poder que Ele nos deu (o Espírito Santo), ao invés de desperdiçá-lo.
No versículo 14, Paulo comenta sobre o relacionamento que os cristãos tinham com Deus: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus”. Este é um dos temas mais relevantes em toda a Bíblia: pessoas sendo transformadas em filhos adotivos de Deus. No passado, estávamos separados de Deus, perdidos e vivendo em nosso pecado; porém, Jesus Cristo (através de Sua morte e ressurreição), nos redimiu, restaurando nossa conexão com Deus.
Conforme veremos em breve, no entanto, tal status parece se referir à prática romana da cerimônia de adoção, na qual se acolhia um filho à maturidade e à posição de herdeiro e administrador da família. Paulo é enfático ao dizer que a graça de Deus á maior do que nossos pecados. Porém, ao estabelecer a perspectiva verdadeira dos incríveis benefícios de andarmos em Espírito, Paulo nos mostrará que há muito mais reservado aos que andam na obediência da fé do que apenas a vida e a paz. Podemos alcançar a grande recompensa de sermos restaurados ao nosso projeto original de reinar sobre a terra em harmonia com Deus e com os outros.