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Significado de Romanos 8:5-8

Todo crente tem o poder de escolher seguir ao Espírito ao invés da carne.

Se dedicarmos nossos pensamentos aos desejos da nossa natureza humana (carne/pecado), viveremos sempre assim, uma vida pecaminosa e egoísta que produzirá consequências adversas. Porém, se dedicarmos nossos pensamentos ao Espírito Santo e vivermos nossa vida diária em obediência a Deus, viveremos a nova vida no Espírito. A carne resulta em morte e desconexão, enquanto o Espírito resulta na experiência da vida e da paz. A carne é inimiga de Deus; ela faz tudo o que pode para combatê-Lo e isso só produz ruína.

Antes de ser crucificado, Jesus disse a Seus discípulos que, depois de voltar ao Pai, Ele enviaria um Ajudador aos que cressem Nele. A palavra grega traduzida como "Ajudador" em João 14 é "paraklētos", sendo também traduzida como "conselheiro", "advogado" e "consolador". Este Ajudador é o Espírito Santo, o Espírito de Deus (João 14:16,, 1726). Através Dele, experimentamos a vida e a paz. Paulo fez referências ao Espírito Santo de forma bastante moderada até este ponto em sua carta aos romanos; porém, agora, ele apresentará Seu papel na vida do cristão.

Nos versículos 5-8, Paulo mostra a relação entre ações e pensamentos: “Os que são segundo a carne põem a sua mente nas coisas da carne(v. 5). Inversamente, “os que são segundo o Espírito põem a sua mente nas coisas do Espírito” (v. 5). Mais uma vez, Paulo fala sobre vivermos em obediência a Deus, ou seja, em novidade de vida.

O resultado natural de colocarmos nossa mente em algo é praticarmos esse algo. “A mente da carne é morte” (v. 6), ou desconexão, separação. Muitas vezes não conseguimos controlar os pensamentos que nos assaltam. Porém, podemos controlar que pensamentos permitiremos habitar nossa mente. Podemos escolher em que perspectiva viveremos. Podemos ver o pecado como algo divertido, bacana, ou podemos enxergá-lo como aquilo que nos separa da vida, ou seja, morte.

Paulo nos diz aqui que o que vemos determinará nossas escolhas. A alternativa ao pecado, que leva à morte/separação, é a mente voltada ao Espírito, que conduz à vida e à paz (v. 6). Satanás usou o pecado como caminho para a vida ao enganar à mulher no Éden (Gênesis 3:4-5). Ele e seu sistema global ainda nos apresentam o pecado como vida quando, na verdade, ele sempre nos levará à morte. O mundo sempre irá defender essa "lei" do pecado e da morte.

Paulo ilustra o resultado da morte, ou desconexão, no versículo 7: “Pois a mente da carne é 1) inimizade contra Deus (não obedece ao que Deus deseja) e 2) “não é sujeita à lei de Deus, nem o pode ser”. Falta à mente carnal a capacidade de obedecer, mesmo que queira fazê-lo. No final das contas, 3) “os que estão sujeitos à carne não podem agradar a Deus”. A carne odeia a Deus, rebela-se contra Deus, não pode obedecer a Deus e não pode agradar a Deus. Se entendermos essa perspectiva, o pecado perde sua atração.

Agradar a Deus é o caminho para a vida. Quando agradamos a Deus, isso nos conecta com Ele e Seus bons desígnios para nós. Fomos projetados para viver em harmonia com Ele e uns com os outros. Agradamos a Deus amando e servindo ao próximo, o que nos conecta a eles também. Este é o caminho para a vida.

É importante lembrarmos da lição de Romanos 7: a carne da qual Paulo fala, aquela que odeia a Deus, ainda está em nós. Ela é o nosso eu. A Bíblia não nos instrui a ter uma autoimagem positiva, mas uma imagem verdadeira. Uma verdadeira autoconsciência nos leva a viver uma vida transformada. Neste capítulo, veremos que Jesus nos valoriza tanto que deseja compartilhar Seu trono conosco. Fomos feitos para a grandeza. Porém, tal grandeza vem através da humildade, de vermos as coisas como elas são e andarmos na fé de que os caminhos de Deus conduzem à vida, diferentemente dos caminhos de Satanás, da carne e do mundo.

Esta é outra razão apresentada por Paulo para mostrar que continuarmos no pecado não deveria ser nosso interesse. As autoridades judaicas estavam lardeando aos crentes romanos que Paulo ensinava que pecar era algo aceitável (Romanos 6:1). Paulo afirma, mais uma vez, a falsidade dessa afirmação e insiste que viver em pecado, ou de forma egoísta, seguindo à carne, é algo que desagrada a Deus e, portanto, não é algo útil, devendo ser evitado.

Paulo faz uma pergunta retórica: “Havemos de permanecer no pecado, para que abunde a graça?” (Romanos 6:1). Paulo é bastante claro a respeito disso. A graça de Deus é mais abundante que o pecado. Porém, não é isso que Paulo desejava. "De modo nenhum!", Paulo exclama (Romanos 6:2). O pecado é hostil a Deus; ele não pode agradá-lo. As epístolas de Paulo deixam claro que nada na vida importava tanto para o apóstolo quanto agradar a Deus. Ele desejava que seus ouvintes entendessem e adotassem a perspectiva de que o pecado sempre produz a morte; ele nos separa de tudo o que é verdadeiramente benéfico em nossas vidas.

O resultado de colocarmos nossa mente no Espírito traz vida e paz. Esta é a vida que Deus deseja para nós, foi assim que Ele a projetou. Quando vivemos em obediência a Ele por meio da fé, colocando nossa mente no Espírito e rejeitando aos impulsos destrutivos da carne, colhemos as sementes de bênção que Deus tem para nós.

Como a vida de Paulo demonstra e seus escritos instruem, tal realização transcende qualquer circunstância em nosso caminho. Podemos pecar e ainda permanecer na família de Deus? Sim. Se adotarmos uma perspectiva verdadeira, no entanto, perceberemos que a escolha do pecado nos leva à morte e à destruição, à nossa própria destruição, enquanto a obediência da fé nos leva à vida, à paz e à realização. Paulo defende que vivamos em retidão não porque “temos que”, mas porque podemos.

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