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Significado de Romanos 9:17-18

Paulo usa outro exemplo do Antigo Testamento para mostrar a soberania de Deus. Deus elevou a Faraó, um rei pagão perverso que O rejeitava, a uma posição de autoridade sobre os israelitas. Deus usou a um homem perverso para mostrar que Ele era mais poderoso até mesmo do que o maior rei do mundo conhecido naquela época. Deus é Deus. Ele faz o que quer.

Deus mostra misericórdia a quem quer e mostra favor a quem escolhe; Ele também se opõe a quem Ele quer. No exemplo do Faraó, o rei era inimigo de Deus e resistia a todos os métodos que Deus usava para se comunicar com ele, tanto através de Moisés e Arão literalmente dizendo-lhe o que Deus ordenava quanto através das muitas pragas enviadas para causar o caos em seu reino.

Deus sabia que Faraó O desafiaria em todos os momentos. Ele, ainda ssim, permitiu que ele ascendesse ao trono. Ele usou a um governante poderoso e rebelde para demonstrar ser muito mais poderoso e toda a terra deveria saber disso.

Paulo faz referência a Êxodo 9:16, citando o versículo que se refere ao que Deus instrui Moisés a dizer ao Faraó: “Pois disse a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que seja anunciado o meu nome por toda a terra” (v. 17).

Faraó resume sua atitude rebelde em relação a Deus em Êxodo 5, onde pergunta a Moisés: "Quem é Jeová para que eu ouça a sua voz de modo a deixar ir a Israel? Não conheço Jeová, nem tampouco deixarei ir a Israel" (Êxodo 5:2). O que se segue à rejeição do Faraó são as dez pragas do Egito, finalmente resultando na morte do seu primogênito. Mesmo assim, Faraó persegue aos israelitas buscando trazê-los de volta à escravidão.

Deus trabalha contra o rei perverso, endurecendo-o, sobrecarregando-o com ordens, pragas e devastação. O Faraó diligentemente responde: "Quem é Jeová para que eu ouça a sua voz?". O legado de Faraó é exatamente como as Escrituras afirmam: Deus demonstrou Seu poder, Deus resgatou a Seu povo e o mundo soube da queda daquele rei perverso do qual os israelitas haviam sido libertos por causa do Seu poder e da Sua vontade.

Como resultado da rejeição de Faraó, Deus libertou a Israel e Seu poder foi proclamado em toda a terra. Isso pode ser visto como exemplo de como Deus faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que O amam, como lemos no final do capítulo anterior (Romanos 8:28-29).

É encorajador que o livro de Romanos seja tão claro sobre o propósito de Deus para aqueles que crêem Nele. Qualquer um que receba o dom gratuito da graça de Deus pela fé é adotado como filho na família de Deus. Porém, isso ocorre porque Ele prometeu fazer isso, é o que Ele escolheu fazer. Ele não é obrigado a fazer nada.

Deus recompensa aqueles a quem Ele decide recompensar com base em Seu próprio julgamento. Ele favorece a quem Ele decide favorecer: “Logo, ele tem misericórdia de quem quer e a quem quer endurece(v. 18).

Deus endureceu ainda mais ao Faraó depois que ele endureceu a seu próprio coração (Êxodo 8:15). Deus julgou a Faraó dando-lhe mais do que ele já havia escolhido. É como se Deus o entregasse às suas próprias paixões, dando-lhe as consequências naturais de sua escolha (Romanos 1:24, 26, 28).

Como resultado, o Egito foi julgado. Quando Paulo ora para que Onesíforo obtenha grandes recompensas de Deus por causa de seu cuidado para com o apóstolo, ele pede ao Senhor que "conceda misericórdia" a seu amigo (2 Timóteo 1:16). Isso ocorre porque todo favor e toda recompensa proveniente de Deus é um ato de Sua misericórdia, porque Deus não deve nada a ninguém. No entanto, Deus nos ensina sobre as coisas que O agradam e honra às Suas promessas. Ele é digno de confiança.

Quando se trata da justificação aos olhos de Deus através do sangue de Jesus, Deus promete Sua graça/favor e, livremente, concede a justificação a todos os que crêem (João 3:14-15). Ele não é obrigado a fazê-lo, mas prometeu que o faria. Deus é Deus, Ele fará o que prometeu e Seus dons são irrevogáveis (Romanos 11:29) Como esta passagem demonstra, colocar a nossa confiança em Deus produz consequências dramáticas.

Faraó confiou em si mesmo e se endureceu antes que Deus o endurecesse ainda mais. Quando Paulo discute sobre a ira de Deus em Romanos 1, ele deixa claro que ela é derramada quando as pessoas insistem em seguir a seus próprios corações. Deus finalmente as "entrega" para que tenham uma mente degradada (Romanos 1:28). Qualquer um que escolha a seus próprios caminhos experimentará consequências negativas; por outro lado, o caminho de Deus sempre nos levará à vida.

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