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Significado de Zacarias 12:1-5
O capítulo anterior terminou com uma nota negativa. Deus instruiu o profeta Zacarias a agir como um líder tolo buscando ilustrar como um futuro governante negligenciaria e oprimiria os judeus em vez de servi-los. Deus, então, pronuncia juízo contra esse governante por sua inutilidade e iniquidade (Zacarias 11:15-17).
O presente capítulo começa com uma nota positiva. Na seção anterior, Zacarias revela o plano de Deus de defender e redimir os habitantes de Judá diante do ataque de seus inimigos. Ele introduz a mensagem com um subtítulo, para que seus leitores saibam que a revelação era um “oráculo da palavra de Jeová a respeito de Israel” (v. 1).
O termo traduzido como “oráculo” é "massaʾ" na língua hebraica. Em algumas passagens, "massa" refere-se ao fardo carregado pelos animais (Êxodo 23:5; 2 Reis 5:17). No livro de Provérbios, o termo denota uma revelação de algum tipo (Provérbios 31:1). Na literatura profética, "massa" geralmente se refere a uma mensagem de peso, uma grande responsabilidade, como a proclamação de um desastre dirigido contra nações estrangeiras, conforme lemos aqui (Naum 1:1; Isaías 13:1, 15:1; Zacarias 9:1). A idéia é da responsabilidade (fardo) dada por Deus ao profeta para levar a mensagem ao povo. O oráculo era a palavra do Senhor.
O termo hebraico para “palavra” na frase “oráculo da palavra de Jeová” é "dābhār". É a mesma palavra usada para "coisa, evento ou matéria" (Provérbios 11:13, 17:9; 1 Reis 14:19). No campo profético, "dābhār" significa um termo típico e específico para a profecia. Muitas vezes, o termo lida com uma situação ou um evento, conforme deixam claro os profetas Amós e Isaías (Amós 1:1; Isaías 2:1). Pode ser uma mensagem de juízo ou uma palavra de esperança e salvação. Ela tem autoridade e exige respostas de seu(s) destinatário(s), porque vem do Senhor.
O termo em hebraico para “Jeová” é "Javé", o nome da aliança de Deus. Esse nome fala do caráter de Deus e de Seu relacionamento de aliança/tratado com Seu povo escolhido (Êxodo 3:14; 34:6). Nesta passagem, o profeta diz a seu público que as informações que ele lhes transmitia vinham do Senhor, dando, assim, credibilidade à sua mensagem.
Ele usa o termo "Javé" para informar os judeus que havia recebido uma palavra do líder da aliança deles, o Susserano (Governante). O pacto/tratado de Deus com Israel continha recompensas específicas para a prática do amor ao próximo (Levítico 10:18; Deuteronômio 28:1-14; Mateus 22:37-39). Também continha maldições ou consequências negativas caso eles vivessem nos modos pagãos de exploração uns dos outros (Deuteronômio 28:15-68). Assim, esperava-se que os judeus ouvissem a Deus e encontrassem esperança e instrução em Sua palavra.
A palavra divina era mais do que um mero discurso. Deus chamou a criação à existência ("Disse Deus: 'Haja luz" - Gênesis 1:3). Isso indicava que a palavra de Deus continha um poder criativo. Jesus, que é Deus, é descrito como "o Verbo" (João 1:1). Isso indica que a Palavra de Deus reflete Sua imagem.
A Palavra de Deus é um meio de Deus agir, contendo promessas, advertências, exortação e poder criativo. Zacarias recebeu a responsabilidade de proclamar essa palavra fielmente aos judeus pós-exílicos, independentemente de como eles responderiam a ela. Ele não deveria acrescentar ou tirar nada dela. Essa palavra sairia como Deus a havia planejado e sua realização era certa (Isaías 55:11).
Em nossa passagem, a mensagem de Javé era uma palavra a respeito de Israel. Israel é um termo que representava a toda a nação.
O profeta destaca a fonte divina de sua mensagem através da expressão: “Assim diz Jeová” (v. 1). Esta afirmação era uma fórmula clássica na literatura profética. Ela tinha muito peso e afirmava a veracidade da mensagem do profeta (Joel 2:12; Oséias 2:16, 21; Amós 9:13; Sofonias 1:2). Ao dizer “Assim diz Jeová”, o profeta acrescenta peso e ênfase à mensagem, indicando que ela não era proveniente dele. Em vez disso, a revelação vinha do SENHOR, o Deus fiel e reto (Deuteronômio 32:4).
Zacarias reforça ainda mais a legitimidade da palavra profética ao acrescentar uma declaração tríplice sobre o poder de Deus, demonstrado por meio de Seus atos poderosos na criação. Em sua primeira expressão, ele diz a seu público: “...que estende os céus” (v. 1). “Estender” algo significa espalhá-lo, por exemplo, como quando alguém estende uma tenda (Gênesis 12:8; 26:25; 33:19).
O profeta baseia-se na imagem de uma pessoa estendendo o material de uma tenda para dizer a seu público que Deus estendeu os céus (v. 1).
Isso ilustrava o papel criativo de Deus na formação do universo. A imagem ecoava a mensagem de Isaías, descrevendo assim o incomparável SENHOR: "É ele o que está sentado sobre a redondeza da terra, cujos habitantes são como gafanhotos; é ele o que estende os céus como uma cortina e os desenrola como uma tenda, para neles habitar" (Isaías 40:22). Esta imagem ilustra o universo como uma mera tenda nas mãos do SENHOR, o Deus Todo-poderoso que criou o mundo.
Na segunda expressão de Zacarias, ele diz a seus ouvintes: “...lança os alicerces da terra” (v. 1). O verbo traduzido como “lançar” os alicerces é "yāsaḏ", em hebraico, referindo-se à fundação de um edifício e focando nos elementos de estabilidade e permanência.
Em Zacarias, o verbo aponta para Deus como Mestre Construtor. Anteriormente, o profeta diz que Deus havia estendido os céus. Agora, ele afirma que Deus lançou os alicerces da terra. A fundação é o primeiro passo necessário para a construção de um edifício. Deus não construiu sobre coisa alguma criada por outra pessoa. Ele é o Criador de tudo o que existe, do começo ao fim.
O profeta usa o céu e a terra como partes contrastantes, buscando expressar a totalidade da criação de Deus. Deus criou não apenas criou os céus e a terra, mas tudo o que há neles.
A expressão final - Deus “forma o espírito do homem dentro dele” (v. 1) - passa da criação do universo material para a criação dos seres humanos. O verbo traduzido como “formar” ("yāṣar", em hebraico) significa "moldar" ou "conformar". O termo ocorre no livro do Gênesis, onde "o SENHOR Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o sopro da vida" (Gênesis 2:7). O verbo também pode designar várias formas de artesanato (Isaías 44:9-20; Habacuque 2:18). Deus é o supremo Mestre Artífice.
Em Zacarias, "yasar" refere-se à atividade divina da criação e molde do espírito dos seres humanos, como um oleiro que molda o barro. Deus vê e conhece as partes interiores do homem (Salmo 139:13). A palavra hebraica traduzida como “espírito” é "ruwach", também traduzida como "vento" ou "respiração". Deus é espírito (João 4:24). Deus é vida. Ele é a fonte do sopro ("ruwach") de vida necessário para todos os seres vivos (Gênesis 7:22). Depois do dilúvio de Noé, Deus enviou um vento ("ruwach") para secar a terra, trazendo a vida de volta à terra.
Jesus foi o agente da criação (Colossenses 1:16, 17). Por meio Dele todas as coisas foram feitas (João 1:3). Nele estava a vida (João 1:4; 11:25; 14:1; 14:6). Quando cremos em Jesus, nascemos de novo no Espírito (João 3:3, 3:5-8). Em João 3, Jesus explica o trabalho do Espírito usando o vento como exemplo. Sabemos que o vento é real porque podemos ver seus efeitos, mas não podemos vê-lo. A afirmação de que Deus forma o espírito do homem dentro dele indica que Deus é o Criador de tudo o que é material, tudo o que pode ser visto e experimentado fisicamente, mas Deus é também o Criador de tudo o que é invisível, de todas as coisas que são de natureza espiritual.
Tendo descrito o SENHOR como o Criador do universo, incluindo os seres humanos e tudo o que está dentro do reino espiritual, o profeta Zacarias começa a relatar a mensagem divina. Ele usa o pronome na primeira pessoa para permitir que Deus fale diretamente ao povo. Ao fazê-lo, o profeta confirma a fonte divina de sua mensagem. Deus é sempre fiel às Suas promessas (Hebreus 10:23).
O SENHOR introduz a mensagem com a partícula “eis” ("hinneh", em hebraico), um termo que ocorre frequentemente em contextos onde um evento inesperado está prestes a acontecer (v. 2). Deus usou "hinneh" para chamar a atenção às palavras que estava prestes a falar, buscando preparar os ouvintes para se concentrar e ouvi-Lo atentamente por causa da natureza iminente dos eventos. Enquanto os ouvintes davam atenção total à mensagem, Ele afirma: “Eis que farei de Jerusalém um campo de titubeação a todos os povos em redor” (v. 2).
A cidade de Jerusalém era a capital de Judá. Era o local da presença de Deus (Salmos 9:11; Zacarias 8:3). Em Isaías, ela é chamada de "cidade santa" (Isaías 52:1). Os babilônicos a destruíram em 586 a.C. e o povo de Judá foi exilado à Babilônia (2 Reis 25:11). Durante o tempo de Zacarias, muitos haviam retornado do exílio a Jerusalém. A onda inicial veio com Esdras (Esdras 1:5). Em seguida, outro grupo veio reconstruir o muro de Jerusalém sob Neemias. Zacarias profetizou ao mesmo tempo que Ageu e encorajou o povo a terminar de construir o templo ao qual os babilônicos haviam destruído (Zacarias 8:9).
Jesus chamou Jerusalém de "a cidade do Grande Rei" em Mateus 5:35, citando o Salmo 48:2. Deus milagrosamente a libertou (Isaías 37:36, 37). Séculos depois do tempo de Zacarias, os exércitos romanos destruiriam Jerusalém em 70 d.C. No entanto, Zacarias profetiza que, um dia, o SENHOR elevará Jerusalém a um alto nível de proeminência, fazendo com que outras nações façam o mesmo com a Babilônia. Deus fará de Jerusalém um “campo de titubeação” para todas as nações vizinhas.
A expressão “campo de titubeação” remetia a um cálice contendo uma bebida que fazia com que os que a bebessem cambaleassem ou perdessem o equilíbrio. Implicava uma bebida alcoólica forte. O SENHOR usa a metáfora do cálice para encorajar os habitantes de Jerusalém, informando-os de que Ele os fortaleceria e lhes daria vitória sobre seus inimigos. “Judá também virá no cerco contra Jerusalém”. Isso significava que as nações lutariam contra a cidade de Jerusalém e, ao mesmo tempo, contra a região de Judá.
Esta profecia sobre o cerco de Jerusalém referia-se ao cerco que ocorreria centenas de anos no futuro, em 70 d.C. No entanto, nesse cerco, os inimigos de Jerusalém seriam completamente vitoriosos. Segue-se, então, que o cumprimento final desta passagem ocorrerá nos últimos dias, quando Jerusalém for novamente sitiada pelas nações.
A história da libertação de Jerusalém do rei assírio Senaqueribe e seu porta-voz Rabsaqué (Isaías 36 e 37) provavelmente tenham prenunciado a besta e o falso profeta do Apocalipse. Isso, juntamente com a profecia em Miquéias 5:5 sobre a libertação de Israel da invasão, pode ser um adendo à profecia de Zacarias 12, referindo-se ao fim dos tempos, quando as nações descerão sobre Jerusalém (conforme descrito em Zacarias 14:2 e Apocalipse 16:16).
Na época de Zacarias, os judeus haviam retornado a Judá depois que a Babilônia cercara e destruíra Jerusalém cerca de 70 anos antes (2 Reis 25:1-4). Este cerco registrado em Zacarias 12:2 - contra Jerusalém - prevê um cerco futuro, no final da era atual, quando as nações se reunirão em Israel para lutar contra Jesus e Seus exércitos (Apocalipse 16:16, 19:16; Zacarias 14:1-4). Além disso, pode referir-se ao cerco de Jerusalém que ocorrerá no final do reinado milenar de Jesus no Reino Messiânico (Apocalipse 20:7-9).
Ao continuar a mensagem divina, Zacarias introduz a frase: "Naquele dia" (v. 3). Ao fazer isso, ele lembra à comunidade pós-exílica de Judá de que o tempo em que Deus interviria para elevá-los e humilhar as outras nações ainda era futuro. Embora estivesse distante, ele certamente aconteceria, porque a palavra de Deus nunca volta vazia (Isaías 55:11). No momento certo, Ele faria de Jerusalém uma “pedra de carga a todos os povos; todos os que carregarem com ela serão gravemente feridos” (v. 3). A imagem aqui é de alguém tentando levantar uma pedra pesada e machucando as costas. Assim seria com aqueles que tentassem subjugar Jerusalém.
No mundo antigo, os israelitas usavam pedras para muitos fins. Quando Jacó partiu de Berseba e foi em direção a Harã, ele veio a um certo lugar, passou a noite lá e usou uma pedra como travesseiro. Às vezes, as pessoas rolavam pedras sobre as bocas dos poços para protegê-las (Gênesis 29:2). Outras vezes, eles as usavam como material de construção (1 Samuel 6:14; 14:33). Por serem duráveis e firmes, as pedras simbolizavam a permanência.
Em Zacarias, o Senhor informa os judeus de que Jerusalém seria forte como uma grande pedra. A cidade seria tão pesada que todos a tentassem levantar ficariam gravemente feridos. A imagem ilustrava que, quando outras nações atacassem Jerusalém, ela se defenderia e as derrotaria: “Ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra”. Mas, o SENHOR não permitirá que ela seja conquistado porque Ele a ama (Salmo 87:1, 2).
Isso era uma previsão de que Jerusalém se levantaria novamente após sua queda em 70 d.C. e se tornaria a sede do poder do povo judeu mais uma vez. Isso começou a se tornar uma realidade na era atual, quando Israel voltou a ser um Estado judeu em 1948. Naquele momento, Jerusalém voltou a ser sua capital, embora dividida. Jerusalém tornou-se a capital de Israel em 1967.
Enquanto Zacarias continuava relatando a mensagem divina, ele reintroduz a frase temporal “naquele dia” para que os judeus soubessem que as promessas ainda eram futuras (v. 4). Porém, antes de passar a mensagem, ele repete a fórmula profética “Diz Jeová”, buscando enfatizar a fonte divina da revelação.
A seguir, ele retoma o discurso, referindo-se aos que invadissem Jerusalém: “ferirei de pasmo todos os cavalos e, de loucura, os que montam neles” (v. 4). Deus lutará por Jerusalém e Judá contra os invasores, golpeando seus inimigos com medo e levando-os à confusão e à desordem.
No mundo antigo, as pessoas usavam os cavalos para fins de guerra (Êxodo 14:9; 1 Reis 4:26). Nos primeiros períodos do mundo, apenas reis e guerreiros tinham o privilégio de usá-los (Êxodo 14:9, 23). Os cavalos eram fundamentais nas batalhas devido à sua força e velocidade (Jeremias 12:5; Joel 2:4).
Em nossa passagem, o SENHOR consola a Seu povo, dizendo-lhes que eles seriam vitoriosos porque Ele feriria a cavalaria do inimigo, causando caos e medo entre eles. Porém, Ele protegeria os judeus, já que eles eram Sua propriedade: “Abrirei os meus olhos sobre a casa de Judá” (v. 4).
Neste contexto, os olhos abertos de Deus simbolizavam Sua proteção e provisão para a casa de Judá (2 Reis 19:16; Isaías 37:17). O termo “casa” significava tribo ou clã, conforme mostra o versículo seguite. Assim, a casa de Judá refere-se aos descendentes do povo do reino do sul. Israel se dividiu em dois reinos após a morte de Salomão, um reino do norte conhecido como Israel, ou Samaria, e o reino do sul de Judá (1 Reis 12:16-17).
O povo de Judá seria o beneficiário do precioso cuidado de Deus. Ao mesmo tempo em que protegia os judeus, o Senhor feriria de cegueira a “todos os cavalos dos povos” (v. 4). Seus olhos estariam abertos contra a cavalaria inimiga, cegando-os e impedindo-os de enxergar o campo de batalha. Portanto, eles sofreriam derrota nas mãos dos judeus.
A expressão “povos” refere-se às nações. O cerco contra Jerusalém por Roma em 70 d.C. não se encaixa nessa profecia; por isso, o texto deve se referir a um tempo ainda por vir. O provável cumprimento final da profecia é no final dos tempos, conforme previsto em Zacarias 14:1-4 e Apocalipse 16.
Essa porção em Zacarias ecoa uma maldição na Lei Mosaica. Em Deuteronômio 28, Moisés advertiu os israelitas de que eles sofreriam uma maldição por desobedecerem sua aliança/tratado com o Deus Susserano/Governante e por seguir os caminhos pagãos de exploração, em vez de amarem ao próximo: "Jeová te ferirá de loucura, e de cegueira, e de desnorteamento de espírito" (Deuteronômio 28:28). No caso aqui, a maldição seria aplicada aos inimigos de Israel.
Em vez de punir a Israel e Judá por violarem sua aliança com Ele, Ele aplicaria as maldições aos inimigos de Israel. Deus os protegeria das nações inimigas e as derrotaria, conforme havia prometido em Sua aliança sempre que eles se arrependessem e se voltassem a Ele (Deuteronômio 32:36, 43).
Assim, quando os clãs de Judá reconhecerem a proteção e a provisão de Deus, eles dirão em seus corações: “Os habitantes de Jerusalém são a minha força em Jeová dos Exércitos, seu Deus” (v. 5). Isso indicava que Judá se voltaria ao Senhor, pois reconhecem aqui a provisão de Deus. Os habitantes de Jerusalém seriam eles próprios uma força. Porém, haveria o reconhecimento de que tal provisão havia vindo do Senhor dos Exércitos. Isso indicava que os líderes de Israel seriam guerreiros corajosos e desempenhariam um papel significativo na defesa e libertação de Israel.
O termo traduzido como “exérctiso” é "Sabaoth" no texto em hebraico, referindo-se aos exércitos angelicais (1 Samuel 1:3). A frase “Senhor dos Exércitos” frequentemente descreve Deus como um guerreiro liderando Seus exércitos para derrotar a Seus inimigos (Amós 5:16; 9:5; Habacuque 2:17; Ageu 1:7). Aqui e em outros lugares em Zacarias a frase demonstra o poder de Deus como guerreiro supremo que tem controle total sobre todos os assuntos humanos. Embora o povo de Israel desempenhasse um papel significativo na batalha, a salvação final de Israel/Judá viria através de seu Susserano (Governante) Yavé.
Combinando isso com o quadro pintado em Zacarias 14:1-4, Jesus colocará Seus pés no Monte das Oliveiras e libertará Israel das nações vizinhas que devastarem Jerusalém. O povo de Jerusalém desempenhará um papel significativo nesta batalha para a derrota das nações.
Isso sugere que os governantes de Israel seriam corajosos e seguiriam a seu Deus Susserano (Governante) e parceiro da aliança, Javé, em fé. Como resultado, eles seriam uma grande força dentro do país.
Embora os habitantes de Jerusalém se tornem uma poderosa força de combate, as casas de Judá reconheceriam que sua provisão e segurança estavam no Senhor, inferindo que eles retornariam a seu Deus, seu parceiro de aliança.
Esta profecia sobre o cerco de Jerusalém provavelmente esteja centenas de anos no futuro. No cerco romano de Jerusalém em 70 d.C., os inimigos de Israel foram completamente vitoriosos. Segue-se, então, que o cumprimento final desta passagem ocorrerá nos últimos dias, quando Jerusalém for novamente sitiada pelas nações.
A história do rei assírio Senaqueribe e seu porta- arrogante voz Rabsaqué em Isaías 36 e 37 possivelmente prenunciem a besta e o falso profeta do Apocalipse. Juntamente com a profecia em Miquéias 5:5 sobre a libertação de Israel da invasão assíria (uma alusão à imagem de Senaqueribe), esta palavra pode ser combinada com a profecia de Zacarias 12 referindo-se ao fim dos tempos, quando as nações descerão sobre Jerusalém (conforme descrito em Zacarias 14:2 e Apocalipse 16:16).
Para saber mais sobre o cerco de Jerusalém pelo rei assírio Senaqueribe, veja nosso comentário sobre Isaías capítulo 36.