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Significado de Zacarias 14:12-15
Na seção anterior, Zacarias previu o dia em que todos reconheceriam ao SENHOR como o Deus vivo e verdadeiro. Todas as pessoas se curvariam diante Dele em adoração e louvor. Naquele dia, Jerusalém se tornaria o centro do reinado universal de Deus. Todos os seus residentes viveriam em paz e segurança (Zacarias 14:9-11).
Na presente seção, o profeta descreve como o SENHOR derrotaria aos inimigos de Jerusalém e lhes concederia paz. Ele declara: “Esta será a praga com que Jeová ferirá todos os povos que têm combatido contra Jerusalém” (v. 12).
O SENHOR lutará por Israel. Parece provável que o episódio do ataque do rei da Assíria a Ezequias, conforme descrito em Isaías 36-37 e 2 Reis 18-19, seja um retrato profético deste dia futuro em que a Besta e o falso profeta liderarão um ataque contra Jerusalém (Apocalipse 19:19, 20). No episódio de Ezequias, Deus matou 185.000 soldados assírios, causando sua derrota (Isaías 37:36). Aqui, Zacarias prevê que algo semelhante aconteceria durante esse evento futuro. O evento futuro pode ser liderado pela Besta do Apocalipse, representada pelo rei da Assíria (Apocalipse 19:19, 16:16; Miquéias 5:5). Para ler nosso comentário sobre o cerco de Jerusalém pela Assíria, clique aqui.
O termo “praga” ("maggēp̱â", em hebraico) com a qual o SENHOR feriria os inimigos de Judá descreve um golpe repentino ou morte enviada a alguém como consequência de sua rebelião contra Deus. Por exemplo, o SENHOR enviou pragas sobre os egípcios para que soubessem que não havia ninguém como Ele "em toda a terra" (Êxodo 9:14). Da mesma forma, os espias "que infamaram a terra morreram de praga diante de Jeová" (Números 14:37).
Em Zacarias, Deus enviaria uma praga para atingir as nações que haviam atacado Jerusalém, a cidade santa.
Jerusalém está localizada ao sul do centro de Judá, cerca de 50 quilômetros a leste do Mar Mediterrâneo e cerca de 40 quilômetros a oeste do rio Jordão. Jerusalém será vitoriosa porque Deus lutará por ela. Ela se tornará a sede da autoridade e da justiça no reino de Jesus (Isaías 33:5; Salmos 110). Por isso, Deus destruirá todos os seus inimigos. “Consumir-se-á a carne deles” (v. 12).
O “consumo” de sua carne significa "aprodrecimento" ou "desperdício". Quando Deus intervir para julgar os adversários de Jerusalém, Ele os afligirá repentinamente com doenças graves “estando eles em pe”. Parece que, em meio às suas atividades diárias, eles ficarão súbita e gravemente doentes: “seus olhos se consumirão nas suas covas, e a sua língua se consumirá na sua boca” (v. 12). Parece que a carne dos inimigos de Israel se dissolverá de repente.
Embora a peste seja severa, este não será o único castigo. Zacarias interrompe este assunto por um tempo para falar a seu público sobre uma segunda ferramenta que Deus usaria para derrotar as nações. Ele declara: “Naquele dia, haverá da parte de Jeová um grande tumulto entre eles” (v. 13).
Uma vez que o SENHOR enviaria pânico às nações inimigas, “pegarão cada um na mão do seu próximo, e a sua mão se levantará contra a mão do seu próximo” (v. 13). Parece que o medo e a ansiedade os confundirão, fazendo com que ataquem uns aos outros, em vez de fortalecerem-se uns aos outros para lutar contra o povo da aliança.
Enquanto isso, “Judá pelejará contra Jerusalém” (v. 14). O povo de Judá (a região que circunda a área de Jerusalém) se aliará ao povo de Jerusalém contra as nações. Com a ajuda de Deus eles serão vitoriosos. Como resultado, “ajuntar-se-ão as riquezas de todas as nações circunvizinhas” (v. 14). Após derrotarem as nações inimigas, eles coletarão itens valiosos, como “ouro, e prata, e vestidos em grande abundância” (v. 14). Os inimigos de Israel perderão suas riquezas em uma derrota completa e total.
Zacarias retomou o discurso sobre a praga. Assim como ela atingirá a todos os povos que atacaram Jerusalém, “assim será a praga dos cavalos, dos machos, dos camelos, dos jumentos e de todos os animais que se acharem naqueles arraiais” (v. 15). O profeta inclui vários tipos de animais nesta lista para demonstrar a extensão do juízo de Deus sobre as nações que atacassem Jerusalém. Isso parece lembrar a décima praga enviada por Deus ao Egito, que afetou aos animais e ao povo (Êxodo 12:29).
Os povos antigos frequentemente usavam os cavalos para fins de guerra (Êxodo 14:9; 1 Reis 4:26). Eles eram fundamentais nas batalhas devido à sua força e velocidade (Jeremias 12:5; Joel 2:4). A mula era um animal híbrido, descendente do cavalo e do burro. No período monárquico, as pessoas de status real e os ricos frequentemente usavam mulas (2 Samuel 18:9, 1 Reis 1:33 e 2 Reis 5:17).
O camelo era uma besta de carga usada para transportar mercadorias e pessoas (Gênesis 37:25). Era útil em tempo de guerra (Juízes 6:5) porque podia andar de 100 a 120 quilômetros por dia carregando uma carga pesando por volta de 270 quilos. O animal possuía espessos tecidos fibrosos nos pés e podia se locomover com facilidade nas areias quentes dos desertos.
O burro era outra besta de carga que transportava bens e pessoas (Gênesis 22:3-5; Êxodo 4:20). A frase “todo o gado” provavelmente se refira a ovelhas e cabras aos quais o inimigo mataria para alimentar os guerreiros em seus acampamentos militares.
A peste mataria a todos esses animais valiosos, levando os soldados inimigos a sofrer e morrer. A vitória pertenceria ao SENHOR e ao Seu povo da aliança. Uma vez que este evento parece estar no futuro para nós, podemos especular que esses animais são figurativos, uma vez que as operações militares não usam mais animais, mas máquinas. Os animais podem ser símbolos de futuros instrumentos de guerra, assim como o rei assírio parece ser um símbolo da futura Besta, aquela que governará o mundo junto com seu falso profeta.
Esta Besta é aparentemente chamada de "Assíria" em Miquéias 5:5, indicando que o governante assírio Senaqueribe e seu porta-voz Rabsaqué eram imagens da futura Besta e falso profeta (leia a história do ataque assírio a Jerusalém frustrado por Deus em Isaías 36-37). Assim como antigos governantes podem ser sombras de futuros governantes, talvez os antigos instrumentos de guerra sejam projeções de futuros instrumentos de guerra.
Clique aqui para ler nosso comentário sobre Isaías 36.
No entanto, dados os desastres que tomarão conta do mundo nos últimos dias, talvez os humanos voltem a usar animais novamente para as guerras.
É maravilhoso poder confiar em Deus, o único Deus verdadeiro que merece toda a nossa adoração e louvor.