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Significado de Zacarias 2:6-13
Na seção anterior, o profeta Zacarias teve uma visão. Ele viu um homem prestes a demarcar os limites de Jerusalém visando preparar a reconstrução de seus muros. Porém, antes que isso acontecesse, um anjo instrui o topógrafo para não fazê-lo porque Jerusalém cresceria e não caberia dentro das muralhas. O anjo também informa ao homem de que o SENHOR protegeria a cidade e serviria como parede de fogo ao seu redor (v. 1-5).
Na seção atual, Zacarias convoca os exilados hebreus a deixarem a Babilônia. Nesse ponto da história, os persas haviam derrotado a Babilônia e eram a potência mundial (Zacarias 1:1). Antes da Babilônia havia sido a Assíria. Todos esses inimigos de Israel vieram do norte. Eles podiam ser considerados como a terra do norte, embora nos a referência aqui seja aos inimigos de Israel, passados e futuros, como a "Babilônia", para os propósitos deste comentário.
Zacarias começa com a expressão “Ah! Ah!” No texto em hebraico, o termo é "hôy". Os povos antigos frequentemente usavam "hôy" como um grito de lamento pelos mortos (Jeremias 22:18). Era um grito de angústia ou desespero (Naum 3:1; Amós 6:1). Em nosso trecho, o termo "hôy" ocorre duas vezes sucessivamente para enfatizar as calamidades que em breve viriam sobre a Babilônia.
Isso também pode ser um prenúncio de Apocalipse 18, onde Deus chama Seu povo para sair da Babilônia:
“Sai dela, povo meu, para não serdes participantes dos seus pecados, nem terdes parte nas suas pragas” (Apocalipse 18:4b).
Nessa passagem de Apocalipse, a Babilônia representa o sistema exploratório do mundo. O sistema mundano é o inimigo constante de todo o povo de Deus, por todas as eras (1 João 2:15-16).
Após a partícula "hôy", o profeta urge os judeus ainda na Babilônia, aqueles que ainda não haviam retornado à terra de Judá, dizendo: Fujam da terra do norte (v. 6). O “norte” frequentemente era a direção da qual os adversários atacavam Israel. O SENHOR deixa isso claro ao profeta Jeremias ao declarar: "Do norte virá o mal, quebrará sobre todos os habitantes da terra" (Jeremias 1:14-15).
A Babilônia foi o inimigo que invadiu Judá pelo norte. Embora a Babilônia estivesse localizada a leste de Judá no mapa, todas as rotas de tráfego circulavam em um arco ao redor do deserto da Síria. Assim, os babilônicos haviam invadido Judá pelo norte e o povo de Judá havia sido exilado para a Babilônia. Nesse ponto da história, a Babilônia havia sido derrotada pela Pérsia (Daniel 5:30-31). Agora o profeta os instiga a escapar da Babilônia o mais rápido possível e retornar à sua terra natal, Judá.
Tendo ordenado aos judeus que fugissem da Babilônia, Zacarias acrescenta a fórmula profética: Declara o SENHOR. O termo em hebraico traduzido como “SENHOR” é Yahweh, o Deus autoexistente e eterno que se revelou a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14). É o nome da aliança de Deus. Assim, o uso desse nome lembrava ao povo de Judá da sua aliança com Deus (Êxodo 19:8).
A frase “declara o SENHOR” carrega um peso significativo nos livros proféticos. É uma afirmação de que os profetas falavam em nome de Deus. Nos tempos bíblicos, o profeta recebia uma mensagem de Deus e a transmitia aos destinatários pretendidos por Deus. Assim, quando o profeta Zacarias diz “declara o SENHOR”, ele acrescenta peso e ênfase à sua mensagem, indicando que ela não vinha dele. Em vez disso, vinha do SENHOR, o Governante de Judá. Portanto, os exilados que retornavam a Judá precisavam obedecer à mensagem para cumprir seu compromisso de manter sua aliança com Deus.
Após a fórmula profética, Zacarias cita Deus diretamente e diz ao povo de Judá: Porque vos tenho espalhado como os quatro ventos do céu, diz Jeová. (v. 6). A expressão “quatro ventos dos céus” significa em todas as direções. O profeta conecta os quatro ventos com os pontos cardeais, de acordo com a direção de onde eles sopravam.
O povo de Deus havia sido disperso e exilado ao redor da terra, conforme especificado pela aliança deles com Deus, caso escolhessem quebrar o voto seguir a Seus caminhos (Deuteronômio 28:64). Agora, Deus invoca essa disposição da aliança com o povo e espalha o povo de Judá em todas as direções, dispersando-os ao redor do mundo. Deus fez isso para discipliná-los, conforme especificado em Sua aliança. Porém, quando o Seu julgamento termina, Ele os exorta a voltar para Judá. Novamente, isso estava conforme especificado na aliança de Deus com Israel (Deuteronômio 30:2-5).
Zacarias acrescenta novamente a fórmula profética “declara o SENHOR” para garantir que os judeus soubessem a fonte de sua mensagem. Ele, então, faz um segundo apelo aos judeus que haviam permanecido na Babilônia: Ah! Sião, escapa tu que habitas com a filha de Babilônia. (v. 7).
A cidade chamada Sião ou Monte Sião estava localizada na parte sudeste de Jerusalém, no reino do sul de Judá. Às vezes, a Bíblia se refere a ela como "a cidade de Deus" porque os israelitas o um templo lá para adorar a Deus (Isaías 8:18).
Assim, Sião simbolizava o lugar onde Deus habitava entre Seu povo. Em nosso trecho, Sião representava o povo de Judá, enquanto a expressão “filha de Babilônia” provavelmente se refira àqueles que seguiam ao orgulho da cidade de Babilônia. Neste momento da profecia de Zacarias, a Pérsia já havia derrotado a Babilônia.
No entanto, a raiz da palavra traduzida como “Babilônia” em Zacarias é a mesma traduzida como "Babel" em Gênesis 11:9, falando da cidade de Ninrode, que construiu a torre de Babel. O espírito de Babel era afirmar a vontade do homem sobre a vontade de Deus. Os homens de Babel se comprometeram a não se dispersar sobre a terra (Gênesis 11:4), desafiando diretamente ao comando de Deus de encherem a terra (Gênesis 9:7). Assim, a aplicação provável de “filha de Babilônia” aqui é tanto física (o sucessor político de Babilônia, a Pérsia) quanto espiritual (o sistema mundial). O livro de Apocalipse aplica o termo "Babilônia" como representação do sistema mundial (Apocalipse 17:4).
Zacarias convida aos judeus que ainda estavam na Babilônia a voltar à sua terra natal. Ele apresenta as razões para tal, iniciando com a expressão profética: Pois assim diz o SENHOR dos Exércitos. A expressão “SENHOR dos Exércitos” frequentemente descreve o poder de Deus como guerreiro liderando Seus exércitos angelicais para derrotar Seus inimigos (Amós 5:16; 9:5; Habacuque 2:17, Apocalipse 19:11-20). Aqui em Zacarias, a frase demonstra o poder de Deus como o supremo guerreiro, que tem controle completo sobre todos os assuntos humanos. De fato, o SENHOR é o "Rei de toda a terra" (Salmo 47:7). Ele "reina sobre as nações e está sentado em Seu santo trono" (Salmo 47:8).
Nos versículos que se seguem Zacarias, às vezes, cita diretamente o SENHOR para reforçar a mensagem. Para fazê-lo, ele usa o pronome na primeira pessoa (Eu vos espalhei). Em outras ocasiões, ele usa o pronome na terceira pessoa para relatar o que o SENHOR havia dito (assim diz o SENHOR). Esta alternância de pronomes pode nos levar ao erro de observar a presença de dois interlocutores. No entanto, o objetivo do profeta era o de garantir que seu público soubesse que ele era o mensageiro de Deus. Como tal, ele representava a Deus, assim como um embaixador representa a seu país nos dias de hoje.
Zacarias inicia com a seguinte declaração: Para obter a glória, enviou-me às nações que vos despojaram (v. 8). O termo “glória” pode ser sinônimo de “visão”, indicando que Deus havia enviado a Zacarias para profetizar às nações. A palavra hebraica traduzida como “glória” é a mesma encontrada no versículo 5: "Serei a glória no meio dela", onde Deus fala em proteger a Seu povo. Isso pode se referir ao momento no qual Deus habitará no meio de Seu povo.
O profeta anuncia que o SENHOR o havia enviado contra as nações que haviam oprimido, explorado e saqueado Jerusalém. Embora o SENHOR tenha usado essas nações como Suas ferramentas para disciplinar a Seu povo da aliança, agora Ele as puniria por causa de seu orgulho (Habacuque 2:4). O profeta explica ao povo de Judá por que o SENHOR julgaria as nações estrangeiras que os haviam maltratado: Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho. (v. 8).
A menina dos olhos (a pupila) representa a parte delicada dos olhos, permitindo a entrada de luz (Deuteronômio 32:10). Ninguém é atingido nos olhos sem reagir de forma significativa. Isso pode querer dizer que oprimir ao povo de Deus era como espetar algo nos olhos de Deus. De qualquer maneira, está claro que Deus tem um lugar especial para Seu povo, de acordo com Sua promessa (Gênesis 12:3; Romanos 11:29). Deus repreendia a Seu povo, pois Ele repreende a quem ama (Deuteronômio 8:2-3; Hebreus 12:5; Apocalipse 3:19).
Zacarias encoraja o povo de Judá ao lembrá-los do amor de Deus e do cuidado precioso que Deus tinha por eles. Os judeus eram de extrema importância e valor para Deus, porque Ele os considerava como Sua possessão preciosa (Êxodo 19:5). Ele julgaria as nações que haviam maltratado a Seu povo da aliança.
Em seguida, o profeta cita o SENHOR, buscando autenticar o que Ele havia falado sobre o julgamento sobre as nações. Ele começa com a partícula “eis”. A partícula “eis” é frequentemente usada para descrever um evento prestes a ocorrer. Neste caso, ela direciona a atenção dos leitores para a declaração que a segue. O falante usava o termo “eis” para focar em um evento que surpreenderia aos ouvintes, visando chamar sua atenção para a mensagem.
Após a partícula “eis” o SENHOR, através de Zacarias, declara: Pois eis que agitarei a minha mão sobre eles, e eles virão a ser o despojo dos que os serviam (v. 9). A expressão “agitarei a minha mão” também aparece em Jó 31:21, onde é traduzida como "levantar minha mão" e se refere a causar dano. Deus causaria tanto dano às nações que haviam saqueado a Seu povo que elas se tornariam despojo para seus próprios escravos. Elas seriam tão devastadas que aqueles que costumavam servi-las (seus escravos) agora as saqueariam.
Assim, Deus faz com que o saqueador se torne saque para Judá (Habacuque 2:7-8). Isso, mais uma vez, ilustra o princípio bíblico de que colhemos o que semeamos. A forma como tratamos aos outros determinará como Deus nos julgará (Mateus 7:1-2; Gálatas 6:8).
Quando isso acontecer, Zacarias afirma, sabereis que Jeová dos Exércitos me enviou. (v. 9). Isso significava que os grupos de pessoas (como os babilônicos) reconheceriam a Zacarias como verdadeiro profeta do Senhor, porque essa palavra se concretizaria. Provavelmente era outra maneira de afirmar que aquela palavra, com certeza, se cumpriria.
Os opressores de Judá sofreriam nas mãos de Deus, porém Judá viveria em segurança. Assim, o SENHOR a convida a celebrar: Canta e regozija-te, filha de Sião (v. 10). O termo “filha” implica que o Senhor era um pai amoroso. Ele amava a Seu povo da aliança e cuidava deles porque eram Seus filhos (Deuteronômio 14:1). A expressão “filha de Sião” representava o povo de Jerusalém e provavelmente todo o povo de Judá. Ela fala da relação graciosa e amorosa que o SENHOR havia estabelecido com Seu povo da aliança (2 Reis 19:21). Tal relação levou o SENHOR a sugerir que Seus filhos cantassem com corações alegres, porque sua libertação final era certa.
O SENHOR apresenta as razões para Sua ordem. Ao fazer isso, Ele introduz o termo “eis” para chamar a atenção do povo à Sua mensagem, preparando assim os corações das pessoas para ouvir o que Ele estava prestes a dizer. Em seguida, Ele declara: Eis que venho e habitarei no meio de ti (v. 10). A presença de Deus produziria paz de espírito e segurança para Seu povo.
Onde quer que Deus habite, há bem-estar, prosperidade e conforto, pois Ele é a fonte de todas as coisas boas (1 Coríntios 8:6). Ele viveria entre Seu povo da aliança para protegê-los das ameaças inimigas e abençoá-los além da medida. Virá um dia em que o SENHOR habitará pessoalmente com Judá. Isso pode ocorrer inicialmente durante o tempo em que Jesus habitará na terra por mil anos (Apocalipse 20:4-6). Também acontecerá durante o novo céu e nova terra, quando Deus habitará na terra, em Sua plena expressão de glória (Apocalipse 21:22-23).
Zacarias usa a expressão profética “declara o SENHOR” para reforçar a promessa divina. Através dessa afirmação, ele lembra sua audiência de que a revelação havia vindo diretamente de Deus. Portanto, a promessa de que Deus habitaria entre Seu povo da aliança era garantida, uma vez que o SENHOR era um Deus fiel (Deuteronômio 32:4).
Além disso, o profeta Zacarias declara: Naquele dia, muitas nações se ajuntarão a Jeová e serão o meu povo; habitarei no meio de ti (v. 11). A expressão “muitas nações” refere-se aos gentios. Muitos gentios de muitas nações teriam um relacionamento com Deus.
Assim como Judá, essas nações gentias se voltariam ao SENHOR, cumprindo assim as promessas da aliança abraâmica (Gênesis 12:1-3). Isso já está acontecendo espiritualmente, na medida em que a fé em Jesus se espalha entre os gentios (Romanos 11:11). Isso acontecerá fisicamente na terra (Zacarias 8:23; Apocalipse 21:24).
De fato, Deus habitará entre as nações gentias e também lhes concederá segurança e paz, pois Deus habitará no meio dos gentios. Esses gentios também se tornarão Meu povo. Quando os gentios se tornarem povo de Deus, como declarou Zacarias, saberás que Jeová dos Exércitos me enviou a ti. (v. 11). O cumprimento dessa profecia é certo e autenticará a comissão do profeta como enviado do SENHOR.
Embora muitas nações se voltem para Deus, Judá e Jerusalém ainda terão uma posição preeminente. Naquele dia, o SENHOR possuirá Judá como Sua porção (v. 12). O termo traduzido como “porção” é "chēleq" na língua hebraica. Ele vem de uma raiz que significa "dividir" ou "aportar". Essa raiz fala de dar ou receber a porção (geralmente de terra) que alguém recebe por lei e costume.
No Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia), Deus declara que os levitas não poderiam ter porção de terra entre os israelitas (Números 18:24). Eles não deveriam realizar nenhum trabalho secular. Em vez disso, eles deveriam "estar perante o SENHOR para servi-Lo e abençoar em Seu nome" (Deuteronômio 10:8). Por isso, eles deveriam receber os dízimos e as ofertas das outras tribos como sua principal fonte de sustento (Deuteronômio 10:9; 12:12).
Pelo fato de o Deus Susserano (Governante) ter escolhido a Judá e Israel como Sua propriedade preciosa, Ele os exaltará (Êxodo 19:4-6; Deuteronômio 32:9). Ele planejou isso desde o início. O povo judeu teve o privilégio de estar em um relacionamento de aliança com o verdadeiro Deus. Como tal, eles serão Sua porção na terra santa. Isso indica que Israel terá uma posição especial com Deus no Reino por vir.
A expressão “terra santa” significa que a terra de Jerusalém seria separada para Deus. Ela será santa porque Deus habitará nela. Nesse momento, Ele escolherá novamente Jerusalém (v. 12). Isso provavelmente signifique que Jerusalém será o local da presença física de Deus, como era no passado (Salmo 9:11; Joel 3:17). Ele restaurará Sua comunhão com Seu povo em Jerusalém. Ele escolherá Jerusalém como Seu lugar especial de onde Ele reinará. Isso provavelmente acontecerá durante o reinado de mil anos de Cristo (Apocalipse 20:4-6). Porém, certamente acontecerá na nova terra, onde haverá uma nova Jerusalém descrita como "a noiva" (Apocalipse 21:2).
O profeta Zacarias conclui esta passagem com uma declaração poderosa: Cala-te, toda carne, diante de Jeová (v. 13). Ficar em silêncio na presença do SENHOR significava mostrar reverência a Ele, estar maravilhado diante Dele para ouvir e agir de acordo com o que Ele tinha a dizer. Este ato descrevia a resposta apropriada de alguém que reconhecia o poder e a grandiosidade do SENHOR (Habacuque 2:20; Sofonias 1:7). O profeta adiciona as palavras “cala-te” no início da frase para enfatizar a importância do comando de ouvi-Lo.
O convite para se calar perante ao Senhor era para toda carne, ou seja, para todos. Cada pessoa deveria parar e ouvir, reconhecendo o poder majestoso e a soberania de Deus sobre a terra. Fazer isso significaria afirmar a essência da própria realidade, pois tudo o que existe deriva e depende de Deus (Colossenses 1:16-17). Toda a humanidade precisa reconhecer que a justiça de Deus não está adormecida.
Porque ele se levantou da sua santa habitação. (v. 13). A expressão “santa habitação” refere-se ao local de morada de Deus no céu. O livro de Deuteronômio esclarece o significado da expressão santa habitação ao colocá-la ao lado da expressão "do céu" (Deuteronômio 26:15). Deus Se levantaria porque Seu povo havia sido injustiçado e explorado. Portanto, Ele julgaria a todas as nações. No entanto, aqueles que ouvissem teriam a oportunidade de se tornar Seu povo. Isso apresenta uma proposição ninária: não ouvir e ser julgado, ou ouvir e tornar-se parte de Seu povo.
Nos Salmos, o salmista Davi também declara que "o trono do SENHOR está nos céus" (Salmo 11:4). Em ambos os casos, a Bíblia deixa claro que o SENHOR governa desde o céu. Aqui em Zacarias, o profeta diz à sua audiência que o SENHOR estava despertando dos céus. Isso enfatizava que Ele estava em Seu trono e tinha o poder e a autoridade para executar tudo o que Ele proclamava.
O verbo traduzido como “se levantar” significa "excitar", no sentido de se tornar ativo. Nos Salmos, os filhos de Corá lamentavam, solicitando a Deus que se tornasse ativo: "Desperta, por que dormes, Senhor? Acorda, não nos rejeites para sempre" (Salmo 44:23). Da mesma forma, Zacarias retrata ao SENHOR como ativo após um período de inatividade. Embora pudesse parecer que o SENHOR estivesse dormindo, isso não era verdade. Ele se levantaria para agir, mas no Seu tempo, por causa da Sua compaixão, para que todos se arrependessem (2 Pedro 3:9).