Add a bookmarkAdd and edit notesShare this commentary

Significado de Atos 11:19-26

Os gentios em Antioquia crêem em Jesus. O assassinato de Estêvão anos antes deu início a uma severa perseguição contra a igreja. Devido à perseguição, os judeus crentes se espalharam por regiões como Fenícia, Chipre e Antioquia, inicialmente pregando sobre Jesus apenas aos judeus. No entanto, alguns começaram a pregar aos gregos em Antioquia. Um número significativo de gregos creram em Jesus. Ouvindo isso, a igreja em Jerusalém envia Barnabé a Antioquia. Vendo Deus agindo entre os crentes lá, ele os encoraja em sua fé. Barnabé, então, pede que Saulo (Paulo) se junte a ele para ensinar a comunidade que crescia rapidamente. Paulo ministra naquela cidade durante um ano.

Começando em Atos 9:32, Lucas (o autor do livro) acompanha o trabalho missionário de Pedro na Judéia, visitando várias igrejas, curando e ressuscitando mortos, pregando o Evangelho aos gentios pela primeira vez e, finalmente, retornando a Jerusalém. Aos crentes judeus que o interrogaram em Jerusalém, Pedro explicou que a salvação havia chegado aos gentios e que eles não deveriam excluir a ninguém que recebesse o Espírito Santo através da fé.

Essas viagens foram possíveis porque havia paz em Israel naquele momento, depois que a perseguição à igreja diminuiu. A perseguição começou com o assassinato de Estêvão, o Diácono (Atos 7:59 - 8:1). Saulo, o fariseu, liderou a perseguição, dispersando os crentes de Jerusalém; mais tarde, porém, ele se tornou um crente em Jesus e a perseguição diminuiu (Atos 9:3-6).

Saulo (mais tarde chamado por seu nome grego, Paulo) retornou a Jerusalém depois de alguns anos em Damasco e na Arábia. Ele se muda para sua cidade natal, Tarso, buscando evitar um complô arquitetado entre alguns judeus helenistas para matá-lo (Atos 9:30).

A paz social daquele período permitiu que Pedro se deslocasse para verificar como andavam as várias igrejas estabelecidas na Judéia:

"Assim, pois, tinha paz a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria" (Atos 9:31).

Agora, Lucas relembra a seus leitores sobre a morte de Estêvão anos antes e a consequente dispersão dos crentes de Jerusalém para outras regiões:

Aqueles, pois, que foram dispersos pela tribulação que houve por causa de Estêvão passaram até Fenícia, Chipre e Antioquia (v. 19).

Lucas reintroduz esse evento para contextualizar o fato de haver judeus crentes tão longe de Jerusalém, chegando à Fenícia, Chipre e Antioquia. A perseguição que ocorreu em conexão com a execução de Estêvão foi uma coisa horrível - muitos crentes foram presos e alguns foram mortos. Porém, "sabemos que aos que amam a Deus, todas as coisas lhes cooperam para o bem, a saber, aos que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Neste caso, o “bem” incluiu a grande propagação do Evangelho de Jesus.

A perseguição havia dispersado os crentes para longe de Jerusalém, o que levou o Evangelho a ser pregado onde quer que esses refugiados religiosos fossem, como Samaria, Cush, Asdode, Jope e Cesaréia (8:5, 38, 40). Somos informados aqui de que outros refugiados havia se dirigido à Fenícia, Chipre e Antioquia. A Fenícia era uma região costeira ao norte de Israel, atual Líbano; Chipre era uma ilha no Mar Mediterrâneo, chamada Chipre até hoje; Antioquia era uma importante cidade portuária na Síria (Antakya, na atual Turquia) - todos estes eram centros significativos no mundo antigo.

A Fenícia era o lar das antigas cidades de Tiro e Sidom, mencionadas em todo o Antigo e Novo Testamento (Esdras 3:7; 1 Reis 16:31; Marcos 7:24).

O estabelecimento de uma igreja em Antioquia criou um ponto de apoio aos crentes e um lugar de estabilidade para fortalecerem a igreja no mundo gentio. Também se tornaria um lugar estratégico para envio de missionários para a Ásia Menor, Grécia e Itália. A igreja de Antioquia ficaria atrás apenas da igreja em Jerusalém em termos de tamanho e influência.

Os primeiros crentes que chegaram a esses locais depois de serem dispersos por causa da perseguição inicialmente compartilhavam o Evangelho apenas com outros judeus que viviam na Fenícia, Chipre e Antioquia. Eles não compartilhavam a palavra com ninguém mais, exceto aos judeus (v. 19), conforme era o status quo desde que Jesus retornou ao Céu anos antes.

Porém, assim como Pedro pregou o Evangelho, pela condução do Espírito, aos gentios em Cesaréia, alguns desses crentes refugiados passaram a fazer a mesma coisa, também dirigidos pelo Espírito, já que Lucas registra que “a mão do Senhor estava com eles” (v. 21):

Mas alguns deles, que eram de Chipre e de Cirene, quando foram a Antioquia, falavam também aos gregos, pregando-lhes o Senhor Jesus (v. 20).

Em Antioquia, os gentios começam a crer no Senhor Jesus graças à ousadia dos homens de Chipre e Cirene (uma cidade na atual Líbia), que saíam com fé e começaram a pregar sobre Jesus aos gentios - os gregos. 

Muitos dos gregos creram: “A mão do Senhor era com eles e um grande número dos que creram converteu-se ao Senhor” (v. 21). O alcance do Evangelho aumentou significativamente devido à perseguição, fazendo com que os crentes fugissem de Jerusalém em todas as direções. Antioquia fica a cerca de 450 quilômetros ao norte de Jerusalém. Era a terceira maior cidade do Império Romano naquela época, depois de Roma e Alexandria. Ao longo de toda a costa oriental do Mediterrâneo, da Judéia à Fenícia e à Síria, os crentes em Jesus estavam anunciando as boas novas.

A igreja em Jerusalém é informada a respeito do grande número de gregos em Antioquia que havia crido em Jesus. Não apenas era interessante o surgimento de uma nova igreja em Antioquia, uma grande congregação, mas também a notícia de que os gregos - pagãos, politeístas - haviam crido no Messias judeu e levantado aquela igreja - provavelmente uma surpresa aos crentes judeus em Jerusalém.

Os crentes gentios estavam surgindo por toda parte. Baseados na seção anterior, quando os judeus inicialmente se mostraram céticos em relação a Pedro abrir a porta do Evangelho aos gentios, podemos inferir que a notícia dos gregos chegando à fé em Jesus era algo inesperado. Além disso, não parecia que a conversão dos gregos a Cristo fosse algo aceitável à mentalidade dos discípulos, embora Jesus muitas vezes tivesse falado do alcance global de Sua salvação (João 3:16-17; 12:32, 46; Marcos 16:15; Mateus 28:18-20). Agora que isso estava acontecendo, muitos dos judeus passaram a reagir à inclusão dos gentios com alegria e louvor a Deus.

Assim, quando as notícias sobre os crentes gregos de Antioquia chegam aos ouvidos da igreja em Jerusalém, os anciãos enviam Barnabé para lá (v. 22). A igreja em Jerusalém, essencialmente, era a igreja mãe, da qual o Evangelho estava emanando. Jerusalém sempre foi um lugar especial, tanto lá quanto em todas as épocas. É a cidade santa de Deus, de onde Jesus governará em Seu Reino Messiânico (Isaías 2:1-4; 24:21-23; Mateus 25:31).

Foi lá que Jesus morreu pelos pecados do mundo e retornou à vida. Foi lá que o Espírito Santo desceu sobre os discípulos e apóstolos, onde foi formada a primeira igreja liderada por Pedro e Tiago, o meio-irmão de Jesus. A igreja em Jerusalém diminuiu de tamanho quando os crentes foram dispersos na perseguição de Saulo (Atos 8:1), mas foi reconstruída (Atos 9:31).

Agora, com as notícias provenientes de Antioquia, os líderes em Jerusalém desejam verificá-las, talvez para ver se era verdadeiras, buscando construir uma parceria entre as igrejas e, provavelmente, garantir que o que estava sendo ensinado lá estivesse de acordo com os ensinamentos de Jesus. Os anciãos de Jerusalém escolhem um homem respeitado para empreender a jornada: Barnabé.

Barnabé foi apresentado pela primeira vez em Atos 4,  quando muitos crentes ricos vendiam suas propriedades para ajudar aos pobres:

"José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé (que quer dizer filho de exortação), levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendeu-o, trouxe o preço e depositou-o aos pés dos apóstolos" (Atos 4:36, 37).

Barnabé se torna um grande pastor, missionário e evangelista. Ele era um levita, nascido da tribo de Levi, designada por Deus para serem sacerdotes e servos no templo de Israel (Deuteronômio 18:1, 2). No entanto, ele também era cipriano de nascimento, o que significava que ele havia nascido na ilha de Chipre. Ele aparentemente havia viajado mais que outros crentes judeus que haviam vivido em Israel por toda a sua vida.

O fato de a igreja de Antioquia ter sido estabelecida por alguns crentes que haviam fugido para Chipre provavelmente foi mais uma razão de Barnabé, um nativo de Chipre, ter sido escolhido. Ele provavelmente era fluente nas línguas locais. Porém, a principal razão de sua escolha para a missão era porque ele era altamente respeitado e amado entre os crentes. Apelidado de "Filho do Encorajamento", ele caminhava com Deus pela  , pois era um “homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (v. 24).

Barnabé também foi quem ajudou Saulo, o apóstolo, a encontrar Pedro e Tiago em Jerusalém: "Mas, Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos" (Atos 9:27; Gálatas 1:18, 19), antes que Saulo fosse enviado de volta à sua cidade natal, Tarso, já que alguns dos judeus de língua grega queriam matá-lo (Atos 22:17-21). Barnabé era um conector e um incentivador.

Quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortava a todos a perseverar no Senhor com firmeza de coração; porque era homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Muita gente uniu-se ao Senhor” (v. 23,24).

Pode ser difícil para nós, crentes do século 21, entender o quão estranha teria sido a idéia de uma igreja de crentes gentios e judeus para os judeus do primeiro século. Isso não se encaixava no paradigma deles para a propagação do Evangelho. Eles viam a Jesus como o Messias apenas dos judeus.

Porém, Barnabé vê a obra de Deus entre os gregos e a aceita. Ele testemunha da graça de Deus, o que significa que ele viu com seus próprios olhos que o favor de Deus estava sobre os gregos, que eles haviam recebido o Espírito Santo como selo da salvação de Deus para a penalidade de seus pecados. Não havia como negar, assim como Pedro não conseguiu negar que o Espírito Santo e a graça de Deus haviam sido estendidos ao gentio Cornélio e seus amigos/familiares romanos (Atos 10:45-47).

A palavra “graça” traduz a palavra grega "charis", que significa "favor". Podemos ver isso em Lucas 2:52, onde lemos que Jesus crescia em “graça” ("charis") diante de Deus e dos homens. Deus é Deus. Não há padrão humano pelo qual Ele julgue ou possa ser julgado; Deus é o padrão. Assim, quando Barnabé testemunha a graça de Deus, ele observa que Deus havia escolhido conceder Seu favor aos gentios, adotando-os em Sua família e selando-os com Seu Espírito.

Barnabé regozija-se porque a salvação havia chegado aos gentios. Ele ficou muito feliz ao ver mais e mais crentes, independentemente de sua etnia, aceitos na família de Deus pela fé. E, fiel a seu nome (Barnabé, "Filho do Encorajamento"), ele começa aexortar a todos a perseverar no Senhor com firmeza de coração” (v. 23).

O que ele os “exortava” a fazer? Eles haviam nascido de novo no Espírito, eram recém-nascidos na fé. Os crentes em Jesus eram ensinados a esperar sofrimentos (Mateus 5:10-12) e muitos já estavam experimentando severas perseguições e provações, porque o mundo sempre estará em inimizade contra Deus e Seu Filho (João 15:18; Tiago 4:4). Barnabé encoraja os crentes de Antioquia a permanecerem fiéis ao Senhor, a terem um coração resoluto, a não se afastarem dele (Hebreus 2:1), a não temerem a rejeição ou a morte (Apocalipse 2:10), a viverem pela fé (Romanos 1:17). Esse era o objetivo do incentivo, ou seja, tomar o que já estava ocorrendo e sustentá-los. Eles deveriam avançar, prosseguir, não desistir. “Exortar” significa literalmente "dar coragem". Barnabé encorajava aos novos crentes gentios porque ele era “um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (v. 24).

Os escritos de Paulo elaboram sobre nossa necessidade de permanecermos fiéis ao Senhor com um coração resoluto. Em suma, a nossa santificação (Filipenses 1:6), o processo de sermos conformados à imagem de Cristo através de andarmos em Seus caminhos. Permanecer fiel ao Senhor e obedecê-Lo pela fé agrada a Deus, dando testemunho ao chegarmos diante Dele no Dia do Juízo (Romanos 4:12; 1 Coríntios 3:13-142 Coríntios 5:10; Hebreus 4:12-13). Seguir aos caminhos de Deus deve ser nosso maior interesse nesta vida e na próxima. Seguir aos caminhos de Deus significa operar dentro de Seus desígnios para a humanidade.

Depois de visitar a igreja de crentes gentios e judeus, Barnabé se lembra de Saulo (mais tarde Paulo) e o procura para trazê-lo para o ministério. Barnabé conhecia os pontos fortes de Saulo como fariseu bem instruído e inteligente, conhecedor das Escrituras, chamando-o para ministrar aos gentios (Atos 9:15).

O último registro de que Lucas (o autor de Atos) sobre Saulo (Paulo) ocorre quando ele é levado a Tarso para sua segurança. Não sabemos o que Saulo (Paulo) fez nesse período. Conhecendo o que conhecemos sobre seu zelo e ousadia em pregar o Evangelho ao longo de seu ministério, é provável que Saulo estivesse pregando o Evangelho em Tarso aos judeus de lá. Porém, na narrativa de Atos neste momento, ele parecia estar "no banco", por assim dizer, esperando para ser "colocado no jogo".

Assim, Barnabé partiu de Antioquia para Tarso, provavelmente de barco, para procurar por Saulo. Ao encontrá-lo, ele o traz para Antioquia (v. 25-26). Barnabé entendia que Saulo estava pronto para ministrar aos novos crentes em Antioquia, compostos predominantemente por  gentios gregos. Portanto, Barnabé, o conector, se propõe a conectar Paulo com os crentes gentios em Antioquia. Sem dúvida, o Espírito Santo os estava guiando em tudo isso (Atos 11:12).

Este ministério em Antioquia torna-se um local fixo tanto para Barnabé quanto para Saulo: “Durante um ano inteiro, reuniram-se com a igreja e instruíram muita gente; e, em Antioquia, os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos” (v. 26).

Durante um ano inteiro, Saulo (Paulo) e Barnabé se reuniram com a igreja de Antioquia. Não temos um número específico, mas o tamanho da assembléia era significativo: eles ensinavam um número considerável de crentes. Agora que esses crentes gregos foram salvos do pecado e da morte por sua fé em Jesus, eles precisavam ser ensinados a viver a fé em suas vidas diárias, permanecendo fiéis ao Senhor com um coração resoluto.

Os crentes são salvos/libertos do pecado através da fé em Jesus (João 3:14-15). Isso lhes dá um novo nascimento e uma nova vida em Cristo (2 Coríntios 5:17). Paulo se refere a isso como “justificação” aos olhos de Deus e insiste que tal justificação vem apenas pela fé (Romanos 4:1-3). Porém, os crentes ainda possuem sua antiga natureza e precisam aprender a andar pela fé e seguir à liderança do Espírito em vez da carne (Gálatas 5:16-17). Este é o processo da “santificação”, ou seja, libertação do poder do pecado e suas consequências negativas em nossas vidas.

A maioria dos escritos de Paulo se concentra em levar os crentes a andar de uma maneira que agrade a Deus. Paulo encoraja seus discípulos a seguirem a Jesus a fim de escaparem das consequências negativas provenientes de andarem em pecado (Romanos 1:24, 26, 28; 6:16Gálatas 6:8). Podemos presumir que esta é a mesma abordagem básica que Paulo e Barnabé tenham usado no treinamento do considerável número de crentes em Antioquia.

Este ministério em Antioquia inicia uma parceria missionária para os primeiros anos do ministério de Saulo (Paulo). Saulo (Paulo) e Barnabé pregariam o Evangelho como um time em uma jornada que os levou ao Chipre, Panfília e Galácia, plantando igrejas por essas regiões.

O autor de Atos, Lucas, apresenta aos leitores uma curiosidade: “Os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos em Antioquia”. Até este ponto, os crentes em Jesus eram chamados de "seguidores do Caminho" ou "pertencentes ao Caminho" (Atos 9:1-2), ou seja, o Caminho para Deus Pai, o único caminho, Jesus (João 14:6). O Cristianismo ainda seria chamado de "o Caminho" várias vezes ao longo do restante de Atos. Porém, em Antioquia, os discípulos (os seguidores ou aprendizes) de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos (em grego, "Christianos", que significa "seguidor de Cristo", pertencente ao grupo de Cristo, ou "pequeno Cristo").

Muitos acreditam que o termo "cristão" foi originalmente destinado a zombar daqueles que seguiam ao Caminho de Jesus Cristo, já que a maioria dos escritores do Novo Testamento se referem uns aos outros como "santos"; porém, o termo "cristão" é raramente usado. Quando é usado, é para ridicularizar, como vemos no rei Herodes Agripa II (Atos 26:28) e na passagem em que Pedro encoraja os irmãos a não se envergonharem do nome, dizendo que é bom sofrer como cristão em vez de sofrer como malfeitor (1 Pedro 4:15-16). Isso pode ser verdade, mas não há nada de ofensivo no termo. Novamente, significa um seguidor de Cristo. É isso que os crentes são chamados a ser: "discípulos", ou seja, "seguidores" ou "aprendizes" de Cristo (Mateus 28:19-20).

Lucas não descreve o termo como sendo resultado de calúnia ou insulto. Para ele, a referência à origem do termo indicava que ele acreditava ser uma informação importante, possivelmente devido ao uso generalizado do termo. O objetivo de Lucas era o de ser um cronista preciso, conforme afirmado no início de seus escritos - o Evangelho de Lucas e os Atos dos Apóstolos - a seu amigo Teófilo:

"Pareceu-me bem, excelentíssimo Teófilo, dar-te por escrito uma narração em ordem, para que conheças a verdade das coisas em que foste instruído" (Lucas 1:3, 4).

O termo "cristão" aparentemente cresceu em popularidade a partir deste ponto e perdura até hoje. Se é ou não usado como insulto depende de quem o usa; porém, para os crentes, ser chamado de uma palavra que significa "pequeno Cristo" ou "seguidor de Cristo" é uma coisa boa - deve ser nossa identidade, conforme Pedro escreveu:

"Mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesse nome " (1 Pedro 4:16).

A decisão de alguns crentes judeus de pregar aos gentios e a resposta positiva da Igreja foi um passo crucial para cumprirem a Grande Comissão de alcançar a "todas as nações" (Mateus 28:19-20). Ela também preparou o terreno para as eventuais viagens missionárias de Saulo (Paulo) que espalhariam ainda mais o Cristianismo pelo Império Romano.

Select Language
AaSelect font sizeDark ModeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.