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Significado de Atos 5:21b-26

O Concílio dos fariseus e saduceus manda buscar os prisioneiros, os apóstolos. Porém, os soldados do templo descobrem que os apóstolos não estão na cadeia, apesar das portas estarem trancadas e os guardas parados em seus postos. Um mensageiro informa ao Concílio que os apóstolos estavam de volta ao templo, ensinando como antes. Os guardas prendem aos apóstolos novamente, de forma pacífica, para evitar conflitos com a multidão.

Os apóstolos foram libertos da prisão por um anjo e receberam a ordem de voltar ao templo e continuar pregando sobre a ressurreição de Jesus. O que se segue é uma sequência de erros, enquanto os guardas do templo e os principais sacerdotes tentam resolver o mistério dos prisioneiros desaparecidos.

Ora, quando o sumo sacerdote e seus companheiros vieram, convocaram o Concílio, que era o Sinédrio, composto por 70 saduceus e fariseus, todo o Senado dos filhos de Israel, e enviaram ordens à casa da prisão para que fossem trazidos. Todos estavam reunidos para analisar os crimes dos apóstolos e dar-lhes algum tipo de punição, assim como em Atos 4:5, quando realizaram o julgamento de João e Pedro. Lucas observa que até mesmo o Senado dos filhos de Israel, ou seja, a corte completa de anciãos que governavam Israel (sob o domínio romano, é claro) estavam presentes para este julgamento. Assim, o Concílio reuniu-se, esperando que os prisioneiros fossem trazidos da casa prisional, onde os apóstolos haviam sido colocados na noite anterior.

Os policiais foram até a cadeia e não os encontraram na prisão, porque eles não estavam lá. Um anjo os havia libertado durante a noite e lhes disse para voltarem a pregar sobre Jesus no templo, o que eles estavam fazendo (Atos 5:19-21). Os oficiais e  guardas do templo voltaram e relataram ao Conselho: "Encontramos a casa da prisão trancada com bastante segurança e os guardas parados nas portas; mas quando abrimos, não encontramos ninguém lá dentro."

Tudo estava normal. A casa prisional estava trancada em segurança, o que significava que as fechaduras não haviam sido quebradas, nada havia sido forçado. Além disso, os guardas estavam de pé à porta, ainda em seus postos, garantindo que os presos permanecessem em sua cela. Porém, quando os policiais abriram a cela, não encontraram a ninguém dentro. Os apóstolos simplesmente não estavam lá. Não havia evidências de fuga, nem os guardas haviam visto ao anjo ou aos apóstolos saindo da prisão. Eles devem ter passado pelos guardas completamente escondidos pelo poder de Deus, ou foram milagrosamente transportados através dos muros da prisão.

Ora, quando o capitão da guarda do templo e os príncipes dos sacerdotes ouviram essas palavras, ficaram muito perplexos sobre o que ouviam.

Os saduceus e os oficiais ficaram atordoados. Eles provavelmente estavam envergonhados: "Acabamos de dizer aos fariseus para virem aqui e condenar a esses homens, mas não temos ninguém para condenar. Eles não estão aqui; o que está acontecendo?" A frase "eles ficaram perplexos" é a tradução da palavra grega "diaporeó", que significa "perplexo, completamente desconcertado, cheio de dúvidas". É quase como dizer que estavam em negação: "Não pode ser". É claro que isso se encaixa perfeitamente com sua relutância passada em reconhecerem a realidade dos milagres que estavam sendo realizados. Eles estavam completamente cegos para qualquer possibilidade de estarem errados e Deus estava se movendo entre deles.

Embora eles não soubessem como os apóstolos haviam escapado, eles descobrem seu paradeiro imediatamente. Mas alguém, um guarda, um servo ou um sacerdote, veio e lhes relatou: "Os homens que colocastes na prisão estão no templo ensinando o povo!"

Os apóstolos estavam fazendo o que o anjo lhes ordenara — falando ao povo no templo sobre a mensagem desta Vida (Atos 5:20). Eles não haviam fugido, não foram se esconder em suas casas, nem deixaram a cidade e voltaram para a Galiléia. Os apóstolos voltaram ao templo, de volta à "cena do crime", para ensinar sobre a ressurreição de Jesus, chamando os judeus ao arrependimento e para se voltarem a Deus. Eles estavam obedecendo a Deus, não aos homens (Atos 4:19-20). Eles estavam agindo com total ousadia. Essa ousadia lhes foi dada pelo Espírito Santo em resposta às suas orações (Atos 4:23-31).

Ao saber para onde seus prisioneiros escaparam, os principais sacerdotes naturalmente enviaram seus soldados para prendê-los novamente: Então, o capitão foi junto com os oficiais e os trouxe de volta. No entanto, o capitão e seus oficiais tiveram o cuidado de prender aos apóstolos sem violência, o que significava que eles não os amarraram, ou espancaram. Os apóstolos claramente também não estavam cometendo um criem, já que estavam apenas pregando o Evangelho da paz (Efésios 6:15, Mateus 26:52) e provavelmente esperavam ser presos novamente.

POrém, curiosamente, o capitão e os oficiais os prendem sem violência porque tinham medo do povo de Israel, de que pudessem ser apedrejados. Da perspectiva das multidões reunidas ali, os apóstolos eram enviados de Deus, curavam os doentes e os possuídos por demônios, pregavam o Evangelho de reconciliação e ressurreição, e muitos deles criam (Atos 5:14-16). Eram homens bons fazendo coisas boas, mostrando a glória de Deus. Assim, os guardas sabiam que maltratá-los poderia desencadear um motim e as multidões poderiam tentar resgatar os apóstolos e apedrejar a seus opressores. Havia claramente muitas pessoas reunidas ali em um espaço bastante apertado no pátio das colunas de Salomão. Os apóstolos vão de bom grado com os soldados e nenhuma violência ocorre.

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