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Significado de Atos 8:1-3
Em Jerusalém, o número de crentes em Jesus havia crescido aos milhares. As pessoas vinham para a cidade de suas aldeias vizinhas para serem curadas pelos apóstolos. Os apóstolos pregavam incessante e corajosamente que Jesus era o Filho de Deus, o Messias, e que Ele havia ressuscitado dentre os mortos.
No capítulo 7, o diácono Estêvão é apedrejado até a morte. O Sinédrio (o conselho governante de 70 fariseus e saduceus, e o sumo sacerdote) o colocou em julgamento e Estêvão deu um sermão apaixonado sobre como seus acusadores eram como os israelitas pecadores que continuavam rejeitando a seus libertadores, rejeitando a vontade de Deus e adorando a ídolos. Ele os compara aos israelitas do passado que haviam matado aos profetas por profetizarem coisas que eles não queriam ouvir. E quando o profeta supremo veio, Jesus, o Messias, eles O mataram também.
O Sinédrio prendeu os apóstolos duas vezes e os ameaçou (Atos 4-5), sem efeito. Agora, depois de ouvirem ao sermão brutalmente verdadeiro de Estêvão, eles surtam. Eles levam Estêvão para fora da cidade, longe dos olhos dos soldados ou oficiais romanos, além dos portões da cidade, para um lugar remoto e o assassinam popr apedrejamento. Sua ira contra os crentes em Jesus é, agora, desencadeada.
Havia um jovem fariseu chamado Saul, que estava presente naquele apedrejamento, embora não tenha participado dele (Atos 8:58). Saulo estava de acordo em matar Estêvão. Saulo (ou Paulo, seu nome em grego) nos dá informações biográficas em sua carta aos Filipenses, muito depois de crer em Jesus e se tornar missionário aos gentios. De próprio punho, ele escreve:
"Fui circuncidado o oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à Lei, um fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que está na Lei, considerado irrepreensível" (Filipenses 3:5-6).
Em outro lugar, mais adiante em Atos, ele se descreve da seguinte maneira:
"Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado em Jerusalém, educado sob Gamaliel, estritamente de acordo com a lei de nossos pais, sendo zeloso por Deus assim como todos vocês são hoje" (Atos 22:3).
Gamaliel era o fariseu que tentou trazer alguma razão ao resto do Sinédrio quando queriam matar aos apóstolos, argumentando que se os apóstolos não fossem de Deus, eles falhariam por conta própria, e se fossem de Deus, seria tolice ficar em seu caminho. Saul foi aluno desse sábio mestre. Embora originalmente de Tarso, ele cresceu em Jerusalém, aprendendo com Gamaliel (ver mapa). Ele seguiu a Lei rigorosamente, sem culpa e era tão zeloso pela causa que se tornou um perseguidor dos seguidores de Jesus. A perseguição de Saulo/Paulo aos seguidores de Jesus começa aqui, após o apedrejamento de Estêvão: Saulo estava de acordo de que Estêvão merecia morrer.
Assim, com este primeiro caso de brutalidade, a opressão contra a igreja primitiva começa com força total: E naquele dia começou uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, e todos eles estavam espalhados pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos. As regiões da Judéia e Samaria eram o campo missionário fora da grande cidade de Jerusalém. A Judéia era a porção sul de Israel e Samaria a porção norte (ver mapa).
Alguns homens devotos enterraram a Estêvão, incluindo talvez alguns dos apóstolos, o que certamente era um grande risco às suas próprias vidas. Seu corpo possivelmente foi deixado para se decompor onde quer que ele tivesse sido apedrejado fora da cidade. Os homens devotos souberam de sua morte e correram para encontrá-lo, enterrando-o, e fizeram grande lamento sobre ele. Esta era uma atitude oposta à forma como os apóstolos reagiram quando Jesus foi crucificado,: eles se esconderam. Os discípulos, agora, demonstram grande coragem.
Mas, Saulo começou a devastar a igreja, entrando casa após casa e, arrastando homens e mulheres, os colocava na prisão.
O zelo de Saulo era devido à maneira pela qual ele achava que o judaísmo deveria ser. Ele via a Cristo e Seus seguidores como hereges e inimigos dos judeus. Os fariseus descendiam do período dos Macabeus, que defendiam o judaísmo contra a aniquilação proposta pelos governantes gregos. Eles tinham zelo para defender sua fé. Paulo era consumido pelo mesmo zelo, só que neste caso era algo infundado.
Saulo/Paulo é eficaz em seu trabalho, instituindo uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Tão eficaz que os crentes fugiram de Jerusalém e foram todos espalhados pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos. Na última contagem, a igreja tinha cinco mil homens (Atos 4:4), embora mais tivessem sido adicionados a este número (Atos 6:7). Agora que os fariseus e saduceus estavam travando uma guerra aberta contra os crentes, a igreja em Jerusalém é destruída e se espalha como cacos de vidro quebrado.
As pessoas escapavam de Jerusalém para a Judéia e Samaria, onde o poder do templo não era tão grande. A Judéia era a província do sul de Israel, enquanto Samaria era a província diretamente ao norte. A Galiléia, de onde Jesus e os apóstolos eram originários, ficava ao norte de Samaria (ver mapa). Assim, os crentes fugiam da cidade de Jerusalém e se escondiam em outros lugares de Israel. Os apóstolos permaneceram lá. A igreja se recuperaria em Jerusalém, chegando até mesmo a ter membros aos milhares novamente (Atos 21:20). Por enquanto, porém, enquanto Saulo liderava aquela grande perseguição, a igreja ficou reduzida apenas aos apóstolos.
O curso de ação de Saulo é simples e sem qualquer devido processo legal: ele e seus soldados (talvez os guardas do templo, mas possivelmente apenas voluntários da máfia) percorriam Jerusalém entrando em casa após casa e arrastando homens e mulheres para colocá-los na prisão. Todo crente que ele encontrava era removido à força de sua casa e jogado na prisão simplesmente por crer em Jesus. Até mesmo as mulheres.