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O livro de Jonas começa quando “a palavra do SENHOR veio a Jonas”, ordenando—lhe: “Levanta—te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela” (Jonas 1:1-2). Em vez de obedecer, o profeta embarca em um navio com destino à distante Társis, determinado a fugir “da presença do SENHOR” (Jonas 1:3). A tempestade que se seguiu expõe a desobediência de Jonas aos marinheiros pagãos, que relutantemente o lançam ao mar somente após Jonas confessar sua culpa. Numa demonstração de julgamento e misericórdia, Deus designa um grande peixe para engolir o profeta. Das profundezas, Jonas ora, reconhecendo que “a salvação vem do SENHOR” (Jn 2:9); o peixe então o vomita em terra firme, ilustrando vividamente que ninguém está fora do alcance ou da redenção de Deus.
Recomissionado, Jonas finalmente entra em Nínive — capital do brutal Império Assírio em meados do século VIII a.C. — e proclama o aviso conciso: "Ainda quarenta dias e Nínive será destruída" (Jonas 3:4). Surpreendentemente, a cidade responde com arrependimento generalizado: do rei ao plebeu, eles jejuam, vestem—se de saco e clamam poderosamente a Deus. Em um ato que prenuncia o alcance global do evangelho, "Deus se arrependeu da calamidade" que havia declarado (Jonas 3:10). A narrativa contrasta o relutante profeta de Israel com os gentios pagãos que se mostram mais receptivos à palavra de Deus, prefigurando a inclusão das nações no Novo Testamento (Atos 10).
Jonas, no entanto, está "muito desgostoso e irado" por Nínive ser poupada (Jn 4:1). Acampado a leste da cidade, ele espera em vão pela sua destruição. O SENHOR designa uma planta para lhe dar sombra, um verme para secá—la e um vento escaldante para expor os valores egoístas de Jonas. A pergunta penetrante de Deus — "Não deveria eu ter compaixão de Nínive... e também dos muitos animais?" (Jn 4:11) — revela a lição culminante do livro: o amor da aliança do SENHOR se estende além de Israel, a todas as criaturas debaixo do céu. Ao espelhar o patriotismo mesquinho de Jonas, a narrativa desafia cada geração do povo de Deus a alinhar seus corações com a Sua misericórdia sem limites.
Vista através da lente da própria referência de Jesus ao "sinal de Jonas" — três dias e noites no peixe, antecipando Seu sepultamento e ressurreição (Mateus 12:40) — a história, em última análise, aponta para o Messias crucificado e ressuscitado, que comissiona Seus seguidores a proclamar o arrependimento a "todas as nações" (Lucas 24:47). A fuga de Jonas, a reverência dos marinheiros, o arrependimento de Nínive e o diálogo paciente de Deus tecem a mensagem de que Deus persegue apaixonadamente os pecadores em todos os lugares, convocando Seus servos — às vezes, a despeito de si mesmos — a participar de Sua missão redentora.
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