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Significado de Daniel 5:17-19

Daniel rejeita a recompensa prometida, mas garante ao rei que interpretaria as palavras na parede. Primeiro, Daniel lembra a Belsazar de que Deus havia dado a Nabucodonosor poder e majestade sobre todos os homens.

Daniel é convocado ao salão de festas do rei Belsazar. Depois de beber vinho nos vasos do templo de Jerusalém, o rei se enche de terror ao testemunhar uma mão escrever algumas palavras na parede. Ninguém em sua corte consegue interpretar as palavras. Assim, Daniel é chamado devido à sua história de discernimento e compreensão em relação à comunicação de Deus com os homens.

Belsazar oferece ouro a Daniel e a posição de terceiro governante sobre a Babilônia caso interpretasse a escrita na parede. Daniel rejeita as recompensas, dizendo a Belsazar que guardasse seus presentes para si ou para dar as recompensas a outra pessoa. Isso não queria dizer que Daniel não interpretaria as palavras na parede; ele simplesmente não tinha interesse algum no pagamento de Belsazar. Talvez porque Daniel já houvesse previsto, corretamente, a vitória dos medos e persas após o sítio à Babilônia. Tais recompensas advindas de um rei conquistado não teriam valor algum.

Mesmo assim, Daniel declara que leria a inscrição e daria a conhecer sua interpretação. Isso deve ter aliviado Belsazar, já que os magos e astrólogos da corte haviam falhado com ele, mesmo que tivessem aceitado de bom grado as recompensas oferecidas. Daniel garante ao rei que podia interpretar e iria explicar a escrita na parede; porém, antes disso, Daniel dá uma aula de história envolvendo o Deus Altíssimo e Nabucodonosor, pai (ou antecessor) de Belsazar.

Deus, o Altíssimo, e Nabucodonosor tinham tido uma relação histórica. Daniel diz a Belsazar que foi Deus quem havia concedidoo reino, e grandeza, e glória, e majestade” a Nabuconodozor. De uma perspectiva terrena, Nabucodonosor tornou-se o rei mais poderoso daquela época através de suas conquistas e decisões astutas; no entanto, Daniel explica que aquilo havia acontecido somente por conta da ação de Deus. A soberania de Deus supera a todos os governantes terrenos. Em Daniel 2:21, Daniel explicou isso a Nabucodonosor: "É Ele quem muda os tempos e as estações; Ele remove reis e estabelece reis." Nabucodonosor recebera de Deus sua autoridade e proeminência.

Por causa da grandeza que lhe deu, todos os povos, nações e línguas tremiam e temiam diante dele” e “a quem queria matava; e a quem ele queria conservava em vida; a quem queria exaltava; e a quem queria abatia”. Deus havia permitido que Nabucodonosor poupasse vidas e tirasse vidas. Outras passagens das Escrituras ecoam essa idéia de que as autoridades governantes devem punir somente quando necessário, buscando dissuadir ou trazer justiça contra um crime: "Mas, se fizeres o mau, teme; porque ela [a autoridade governamental] não traz debalde a espada, pois é ministro de Deus, vingador para exercer ira naquele que pratica o mal" (Romanos 13:4). Deus havia dado a Nabucodonosor a autoridade para tirar vidas; Ele também deu ao rei o poder de elevar pessoas a posições de poder ou diminuí-las.

O rei Belsazar, até este momento, provavelmente estivesse pensando de si mesmo como o homem mais poderoso do mundo, inclusive acima do Deus Vivo. Porém, Daniel explica-lhe muito claramente que toda a autoridade na terra era dada ou tomada por Deus. Ele continua a falar sobre a soberania de Deus nos versículos a seguir.

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