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Significado de Deuteronômio 11:1-7
Moisés, mais uma vez, exorta os israelitas a serem leais e fiéis ao Deus Susserano, a fim de manter a aliança que Ele havia estabelecido com eles. Moisés diz: Portanto, amarás ao SENHOR, teu Deus, e guardarás sempre o Seu encargo, os Seus estatutos, as Suas ordenanças e os Seus mandamentos.
Amar ao SENHOR significa obedecer a todos os Seus preceitos (Deuteronômio 6:5, 10:12, 30:16; João 14:15). Este amor deve ser a resposta apropriada ao Deus Susserano, Aquele que poupou a vida de Seus vassalos e renovou Seu relacionamento de aliança com eles depois de se afastarem Dele para adorar a um bezerro de ouro (Êxodo 32-34; Deuteronômio 9-10).
O SENHOR exigia obediência total de Seus vassalos. Isso é explicitado por Moisés ao usar quatro palavras diferentes (encargo, estatutos, ordenanças e mandamentos) para descrever as leis do pacto de Deus.
O primeiro termo, encargo (hebraico "mišmeret"), é usado aqui pela primeira vez em Deuteronômio. Refere-se a uma ordem judicial (uma obrigação) com o poder de impedir alguém de começar ou continuar a fazer algo que possa potencialmente prejudicar a outras pessoas. Assim, guardar o encargo de Deus significa abster-se de fazer qualquer coisa que possa feri-Lo.
O termo estatutos (hebraico "ḥuqqîm") refere-se a algo prescrito. Como tal, pode ser traduzido como "prescrições" ou "decretos".
O termo traduzido como ordenanças (hebraico "mišpāṭîm") refere-se a procedimentos legais, ou ordens emitidas por um juiz.
O termo mandamentos (hebraico "miƒwâ") refere-se às leis e regras, ou seja, todo o corpo jurídico.
Moisés faz uso dessas quatro palavras para abranger toda a legislação da aliança que o Deus Susserano demandava de Seus vassalos (Israel). Em outras palavras, Moisés enfatiza a totalidade da autoridade de Deus e a importância de se obedecer a todo o decreto de Deus.
Moisés, então, especifica o público a quem sua mensagem é dirigida. Ele diz: Sabei hoje que não estou falando com vossos filhos que não conheceram e que não viram a disciplina do Senhor, vosso Deus. A geração de israelitas dirigida na planície de Moabe era diferente da geração que havia escapado do Egito. O livro de Números nos diz que todos os que, depois de testemunharem o poder de Deus agindo no Egito se rebelaram em sua incredulidade, não entraram na Terra Prometida (Números 14:22-23). Tal julgamento se aplicou especificamente aos que tinham vinte anos ou mais, exceto Calebe e Josué (Números 14:29-30).
Assim, a nova geração de israelitas reunida na planície de Moabe era composta por aqueles que tinham menos de vinte anos de idade na época do êxodo, bem como aqueles que nasceram durante a peregrinação pelo deserto. Moisés deixa claro que sua mensagem era direcionada aos israelitas com menos de vinte anos de idade, porque haviam nascido no Egito e tinham conhecido e visto a disciplina do Senhor manifestada por Seus atos poderosos. Tal disciplina tinha como objetivo instruir os israelitas quanto a maneira correta de viver em um relacionamento de aliança com o Deus Susserano (Deuteronômio 8:5).
A disciplina do SENHOR, testemunhada pelos israelitas com seus próprios olhos, diz respeito a vários atos poderosos que demonstraram quem Deus era, especificamente Sua grandeza, Sua mão poderosa e Seu braço estendido. A mão poderosa do SENHOR (um retrato de Seu poder soberano) e Seu braço estendido (demonstrando Sua força esmagadora) foram usados para libertar Israel da escravidão no Egito (Êxodo 6:1; Deuteronômio 5:34).
Os israelitas viram pela primeira vez o poder do Senhor no Egito. O SENHOR mostrou claramente Seus sinais e Suas obras, que Ele fez no meio do Egito ao Faraó, rei do Egito, e a toda a sua terra. Esta é uma referência às dez pragas que o Senhor liberou sobre o Egito (Êxodo 7-12).
No livro do Êxodo, Deus instruiu Moisés a se dirigir até o Faraó e exigir a libertação dos israelitas da escravidão, para que pudessem entrar e possuir a terra prometida (Êxodo 9:1). Faraó se recusou a ouvir a ordem de Deus. O SENHOR enviou pragas (sinais e maravilhas) ao Faraó e aos egípcios (Êxodo 7-12). Depois da décima praga, através da qual o SENHOR matou a todos os primogênitos do Egito, Faraó e os egípcios exortaram os israelitas a sair do Egito às pressas, pois disseram: "Estaremos todos mortos" (Êxodo 12:33). Este ato demonstrou o poder soberano do Deus de Israel, que os resgatou com mão poderosa e braço estendido.
Além disso, a disciplina do SENHOR se relaciona com Sua vitória sobre o exército egípcio. Isso inclui o que Ele fez com o exército do Egito, seus cavalos e suas carruagens, quando retornou as águas do Mar Vermelho a seu lugar e os destruiu enquanto perseguiam aos israelitas. O Senhor os eliminou completamente. Este evento é descrito no livro de Êxodo.
Em Êxodo 14, Faraó e seu exército seguiram aos israelitas depois de concordar em deixá-los sair de sua terra. O SENHOR partiu o Mar Vermelho para o Seu povo (Israel) para que pudessem atravessar (Êxodo 14:21-22). Logo depois, Ele levou o exército egípcio a uma grande confusão (Êxodo 14:24). Depois que os israelitas cruzaram com sucesso o Mar Vermelho, o exército egípcio os seguiu e o SENHOR fez com que o mar os cobrisse (Êxodo 14:27-28).
Assim, os sinais e as obras do SENHOR foram vistos em Sua relação com o Egito. Além disso, as obras de Deus também podem ser vistas no que Ele fez com os israelitas. Esta foi uma referência do Senhor disciplinando a Israel no deserto, até que chegassem a este lugar, ou seja, a planície de Moabe. Os israelitas desobedeceram ao seu Deus Susserano (Governante) várias vezes durante suas andanças pelo deserto e foram punidos como resultado.
Porém, um incidente é especificamente mencionado aqui: o que Ele fez com Datã e Abirão quando eles (e outros) se rebelaram contra Moisés, o líder nomeado por Deus e o mediador da aliança. Eles eram filhos de Eliabe, filho de Rúben. Conforme descrito em Números 16, o SENHOR os julgou por sua rebelião contra a autoridade de Moisés, quando a terra abriu sua boca e os engoliu, suas casas, suas tendas e todos os seres vivos que os seguiram, entre todo o Israel.
Assim, Moisés pede aos israelitas que se lembrem do que o Deus Susserano havia feito com Datã e Abirão.
Portanto, uma vez que os israelitas adultos haviam testemunhado com seus próprios olhos toda a grande obra do Senhor que Ele fez, Moisés ordena-lhes que vivam de uma maneira que agrade a Deus, a fim de terem uma vida tranquila na terra de Canaã. Ele ordena que eles se autogovernassem e tratem uns aos outros em amor, o que produziria uma comunidade segura e próspera.