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Significado de Deuteronômio 12:15-16

Moisés dá orientações sobre o abate de animais a serem usados para as refeições, não para os sacrifícios.

Depois de descrever o lugar onde as oferendas e sacrifícios deveriam ser feitos, Moisés elabora sobre o abate de animais não usados para os sacrifícios. Ele diz: No entanto, podeis abater e comer carne dentro de qualquer um de seus portões. A frase “dentro de qualquer um dos seus portões” significa dentro da cidade ou local onde isso estava sendo feito.

Esta era uma grande mudança de política pública para Israel. Durante o êxodo, os animais só podiam ser abatidos à porta do tabernáculo (Levítico 17:3-6). Esta prática funcionou bem enquanto os israelitas moravam próximos ao local religioso, por exemplo, quando acampavam ao redor do tabernáculo no deserto. No entanto, tal prática seria difícil, até mesmo impossível, na Terra Prometida, uma vez que algumas pessoas viveriam longe do santuário central que o Senhor havia escolhido (vv.20-22). Portanto, Moisés permite que os israelitas matem e comam animais dentro de seus portões.

Além disso, eles foram autorizados a comer o que quisessem, de acordo com as bênção do SENHOR, seu Deus. Isso era baseado na provisão do Senhor. O SENHOR especificava o que era puro para se comer: aqueles alimentos dados por Deus. Dentro desta categoria, eles podiam comer o que quisessem.

Moisés deixa claro aos israelitas que o ato de abater animais em casa não fazia parte do culto cerimonial prescrito por Deus. Como tal, não havia necessidade de limitar o abate de animais ao local das oferendas que o Deus Susserano (Governante) havia escolhido. Os israelitas podiam abater animais para se alimentarem dentro de qualquer um de seus portões, de acordo com os meios que o Deus Susseranos lhes havia providencido. Como o abate de animais para alimentação não fazia parte do culto cerimonial, tanto as pessoas impuras quanto as puras poderiam comer dele.

A frase “impuro e puro podem comer” não se refere à limpeza física. Em vez disso, a frase se refere à impureza cerimonial e à pureza. Estar impuro incluía muitas circunstâncias cotidianas, como uma mulher que dava à luz a um filho, ou alguém que havia tocado uma carcaça morta (Levítico 11:15; 12:1-7). O impuro era impedido de participar do culto comunitário, até que o ritual adequado tivesse sido feito para remover a impureza daquela pessoa (Levítico 11-15; Números 19). Uma vez que a disposição em questão tratava do abate de animais para consumo como alimento, não havia distinção entre pessoas impuras e puras. Ambas eram convidados a comer e se fortalecer. Tanto os puros quanto os impuros podiam participar da refeição servida em casa.

A frase “gazela e veado” significa que os israelitas podiam comer, além dos animais em seus rebanhos, também a gazela e o veado. A gazela e o veado eram animais selvagens aceitáveis para alimentação sob a Lei (Deuteronômio 14:4-5). Porém, sendo animais selvagens, a gazela e o veado não eram adequados para o abate sacrificial. Eles só poderiam ser comidos em casa. Os animais de sacrifício eram limitados aos animais domésticos do rebanho (Levítico 1:2). Os israelitas podiam comer a carne dos rebanhos domésticos em casa (animais adequados para o sacrifício), assim como podiam comer animais selvagens (animais não adequados para o sacrifício).

Embora o abate de animais para alimentação fosse permitido, o sangue não deveria ser consumido. Moisés diz: Tu não comerás o sangue, deves despejá-lo no chão como água.  Em Levítico 17, o Deus Susserano apresenta as razões pelas quais o sangue dos animais não deveria ser ingerido: porque a vida de toda carne está no seu sangue  (Levítico 17:14). Assim, o SENHOR proíbe a ingestão de sangue. Como o sangue simbolizava a vida, pertencia ao doador da vida, o próprio Deus. Não deveria ser ingerido ou consumido por humanos. Assim, quando o povo de Israel abatia os animais para comer em casa, eles deveriam drenar o sangue da carne e despejá-lo no chão como água.

Em ambos os casos, o resultado era o mesmo: o sangue do animal não deveria ser consumido por respeito à vida. Depois do dilúvio, Deus autorizou os seres humanos a comer carne, provavelmente porque a produtividade da Terra estava muito diminuída (Gênesis 9:1-4). No entanto, Deus proibiu o consumo de sangue. Embora os animais tivessem sido dados aos humanos para alimentação, sua vida ainda era preciosa e deveria ser respeitada.

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