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Significado de Deuteronômio 19:14
Em seguida, Moisés prescreve uma lei contra a aquisição fraudulenta de terras. Ele diz aos israelitas que não movessem os marcos de fronteira de seus vizinhos. Os marcos de fronteira - muitas vezes feitos com pilhas de pedras - serviam como evidência de propriedade nos tempos antigos. Eles deveriam ser invioláveis, uma vez que haviam sido estabelecidos para demonstrar os limites da propriedade de alguém. Ou seja, mostravam onde terminava a terra de uma pessoa e começava a terra de outra. Assim, mover os marcos de limite entre os vizinhos significaria ampliar seu próprio terreno. Isso não era permitido na comunidade israelita.
Mover os marcos de fronteira era roubar a terra do vizinho, violando o oitavo mandamento: "Não roubarás" (Êxodo 20:15). Este comando deixava claro que mover um marco de limite seria uma forma de roubo e não deveria ser tolerado. Honrar a propriedade dos outros fazia parte do amor ao próximo como a si mesmo, e era um pilar central do sistema de autogoverno que Deus estava estabelecendo, a fim de maximizar os benefícios para Seu povo.
Portanto, Moisés ordena aos israelitas que não movessem os marcos de fronteira de seus vizinhos que haviam sido estabelecidas por seus antepassados. A palavra “antepassados” refere-se ao primeiro grupo de israelitas que iriam conquistar e habitar a terra de Canaã. Claramente, aqui, Deus dá este mandamento para o benefício das gerações futuras, já que os que ouvem isso são a primeira geração que entrará na terra. O mandamento estava sendo dado antes da conquista da terra, portanto, os marcos de fronteira seriam estabelecidos mais tarde. O livro de Josué nos conta que, depois que o povo conquistou a terra, ela foi dividida entre as tribos, momento em que os limites teriam sido definidos. Esses marcos de fronteira determinavam a herança exata que cada israelita receberia na terra que o SENHOR, seu Deus, lhes deu para possuir. Uma vez definidos, eles deveriam ser respeitados.
Moisés deixz claro que os israelitas ocupariam a terra de Canaã porque o Deus Susserano (Governante) a havia dado a eles. Os vassalos (Israel) deveriam viver na terra com integridade, o que incluiria mostrar respeito pelos bens de seus vizinhos. Eles deveriam cuidar da propriedade uns dos outros como gostariam que os outros cuidassem de seus bens. Ao honrar a propriedade uns dos outros, a energia da comunidade seria liberada para produzir recompensas, em vez de gastarem energia para defender os bens existentes. Isso naturalmente levaria a um maior benefício para todos, como ocorre com todos os aspectos do sistema de autogoverno de Deus.
Os limites de propriedade eram uma fonte comum de conflitos entre as pessoas no Antigo Oriente Próximo. Muitas guerras eram travadas para desapropriar outras terras. Este comando é particularmente importante, uma vez que Israel estava prestes a atravessar o Jordão e travar uma guerra para desapropriar aos cananeus e tomar suas terras. Deus estava deixando claro que tal prática não deveria continuar entre os irmãos. A cultura cananéia da exploração humana deveria ser substituída por uma cultura autônoma de respeito ao próximo e de busca pelo benefício mútuo. Ao fazer isso, Israel serria uma nação santa e diferente, mostrando às nações vizinhas um caminho melhor.