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Significado de Deuteronômio 22:22

Moisés condena o adultério. Se um homem tivesse relações sexuais com uma mulher casada, ambos deveriam morrer.

O versículo 22 descreve o caso relativo ao casamento. Neste caso, a situação é a de um homem encontrado deitado com uma mulher casada (v.22). A frase é uma expressão hebraica relacionada a relações sexuais. Aqui, refere-se ao adultério. A pena para isso era bastante dura - ambos morreriam.

Moisés, então, enfatiza que tanto o homem que estava com a mulher, quanto a mulher deveriam morrer por seu pecado. Isso protegeria a integridade da aliança com o Senhor e a família. Se, no entanto, os parceiros não fossem pegos em flagrante, mas o marido suspeitasse de infidelidade sexual de sua esposa, então a mulher casada passaria por um ritual diante do sacerdote que resolveria a questão (Números 5:11-31).

O adultério era uma ofensa contra Deus, porque tal pecado quebrava o desígnio de Deus para o casamento. Deus sempre deseja que o casamento seja a união de um homem com uma mulher (Gênesis 2:24). É por isso que a pena para tal crime era a pena capital (Levítico 20:10). Neste caso, tanto o homem quanto a mulher casada mereciam a morte porque ambos estavam contaminados (Levítico 18:20).

A razão para se impor a pena capital aqui era para que o mal fosse expurgado de Israel. Isso removeria o homem e a mulher casada da comunidade israelita e, assim, garantiria que o povo de Deus não fosse contaminado. A comunidade israelita precisava se livrar dessa má conduta sexual para que pudessem viver em retidão diante do Deus Susserano (Governante), Aquele que os havia chamado para ser uma "nação santa" (Êxodo 19:5-6; Levítico 19:2).

As religiões cananéias estavam cheias de imoralidade sexual. A imoralidade sexual baseia-se em servir aos nossos próprios apetites em detrimento dos outros. Isso está na sua raiz do pecado. Assim, não deveríamos nos surpreender com a longa lista de comportamentos exploratórios comuns na cultura cananéia listados em Levítico 18. Um dos últimos tópicos da lista de comportamentos exploradores era o sacrifício de crianças (Levítico 18:21).

Quando Jesus confronta a mulher apanhada em adultério, os escribas e fariseus perguntam a Jesus se ela deveria ser apedrejada, como exigia a lei (João 8:5). O plano deles era o de prender a Jesus. Se Jesus respondesse que "sim", ela deveria ser apedrejada, conforme prescrevia a Lei, e as pessoas a apedrejariam. Desta forma, Ele estaria infringindo a lei romana, que não permitia que os judeus executassem a pena capital. Assim, Jesus poderia ser acusado de assassinato sob a lei romana e eles poderiam demandar que Ele fosse crucificado (este era o desejo deles). Se Jesus respondesse que "não", a mulher não seria apedrejada. Assim, os escribas e fariseus poderiam acusá-Lo de ser contra a Lei de Moisés e Ele perderia o apoio do povo.

Curiosamente, Jesus não pergunta a eles: "Onde está o homem?" Se os escribas e fariseus procurassem realmente seguir a lei, eles teriam procurado trazer tanto o homem quanto a mulher para serem apedrejados. Em vez disso, Ele simplesmente diz: "Aquele que está sem pecado entre vós, seja o primeiro a atirar uma pedra contra ela" (João 8:7). Ao fazer isso, Jesus defende o princípio da verdade, ao mesmo tempo em que busca a fé e a misericórdia (Mateus 23:23).

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