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Significado de Deuteronômio 22:6,7

Moisés treina o povo a reconhecer a santidade da vida, encorajando-o a cuidar inferior da criação de Deus – um pássaro-mãe junto a seus filhotes. Embora possivelmente projetado para preservar sua fonte de alimentos, serve também como princípio para cuidar e preservar a vida, tanto humana quanto animal.

Esta seção explicita o que aconteceria se fosse encontrado um ninho de pássaro ao longo do caminho (v.6). O ninho podia estar em qualquer árvore, ou no chão, e ter filhotes ou ovos, e a mãe sobre os filhotes ou sobre os ovos. A ave estaria no processo de criar seus filhotes ou chocar seus ovos.

Quando um israelita viajasse e, por acaso, se deparasse com um ninho de pássaro no qual uma ave estivesse sentada sobre seus ovos ou sobre seus filhotes, a pessoa não tinha permissão para pegar a mãe com os filhotes. Em vez disso, ela deixaria a mãe ir (v.17). Isso é enfático no texto hebraico, enfatizando ao povo que a liberação da mãe era muito importante e não deveria ser ignorada em hipótese alguma. Eles deveriam deixá-la em paz para que pudesse continuar a produzir ovos e cuidar dos filhotes, visando fornecer alimento na Terra Prometida.

No entanto, o povo foi informado de que ao pássaros jovens podiam tomar para si. Os israelitas eram livres para levá-los como alimento. Os ovos eram uma importante fonte de alimento para os israelitas e, ao tomar os ovos e libertar a mãe, isso permitia-lhes desfrutar dos ovos e proteger o suprimento futuro de ovos. Ao fazer isso, Deus ensina Israel a ter uma mentalidade de investimento. Eles deveriam deixar a mãe ir, para garantir que houvesse alimentação adequada no futuro. "Coma os ovos, não as galinhas", por assim dizer.

Finalmente, Moisés atribui duas recompensas a esse mandamento. Ele diz aos israelitas que obedecer a essa ordem era necessário para que tudo te vá bem e para que seus dias se prolonguem sobre a terra. Da mesma forma que o mandamento de honrar os pais (Deuteronômio 5:16), esta lei continha duas recompensas. Primeiro, a proteção e preservação da vida da ave-mãe garantiria bem-estar para os israelitas. Em segundo lugar, garantiria vida longa à pessoa. O povo de Deus viveria muito tempo na Terra Prometida, desfrutando dos benefícios dados a eles por seu Susserano (Governante).

Esta lei é paralela à lei dada em Deuteronômio 20, na qual os israelitas foram convidados a proteger as árvores sempre que sitiassem a uma cidade. As árvores não frutíferas podiam ser cortadas e usadas na construção do cerco, mas as árvores frutíferas deveriam ser deixadas intactas para produzirem alimentos para o exército israelita (Deuteronômio 20:19-20). Da mesma forma, aqui em Deuteronômio 22, Moisés adverte os israelitas que levar a ave-mãe junto com seus filhotes equivaleria a interromper uma das fontes de alimento, o que poderia resultar em falta de suprimento.

Esta mentalidade associada a investimentos futuros faria com que as coisas lhes fosse bem, prolongando seus dias. Viver um estilo de vida consumista leva à pobreza e destrói o bem-estar. Ter a autodisciplina para adiar o prazer de hoje para um benefício futuro era a grande chave para as bênçãos de Israel.

Além disso, talvez houvesse uma razão maior pela qual Moisés os desencorajava a tomar a ave-mãe. Como alguns já observaram, a ordem de soltar a ave-mãe provavelmente mostraria respeito pela maternidade e pela relação entre pais e filhos.

Ela também foi projetada para enfatizar a preciosidade da vida. Se a vida de uma ave-mãe deveria ser protegida, quanto mais a vida de um ser humano deveria ser considerada valiosa e digna de proteção. Isso é destacado na declaração em Levítico 22, onde Moisés corajosamente diz a Israel: "Quando um boi, uma ovelha ou um bode nascerem, ele permanecerá sete dias com sua mãe, e a partir do oitavo dia será aceito como sacrifício de uma oferta de fogo ao Senhor. Mas, seja um boi ou uma ovelha, não matarás nem ele nem os seus filhotes num só dia" (Levítico 22:27-28).

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