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Significado de Deuteronômio 25:11,12
Moisés ordena a Israel que julgasse às mulheres que esmagassem os genitais de outro homem para ajudar a seu esposo em uma briga.
Esta lei descreve o seguinte cenário: Dois homens, um homem e seu conterrâneo, estão lutando (v.11). Isso, obviamente, se referia a uma briga física entre dois israelitas. A palavra “conterrâmeo” significa, literalmente, "irmão". Durante a briga, a esposa de um deles se aproxima para livrar o marido das mãos de quem o está golpeando. A esposa de um dos homens se aproxima para ajudar ao marido, entrando na briga.
Neste caso, a mulher estende a mão e agarra seus órgãos genitais. Em outras palavras, a mulher intencionalmente agarra os órgãos sexuais do oponente de seu marido, a fim de permitir que o marido tivesse vantagem no conflito. A inferência é que sua intenção era a de esmagá-los.
O castigo para a mulher era severo - eles deveriam cortar a mão dela (v.12). Como a mulher havia usado as mãos para agarrar os órgãos genitais do homem, a punição correspondente era cortar sua mão para executar uma sentença que se encaixasse à ofensa. Por causa da severidade da punição, os israelitas foram instruídos a não mostrar piedade na execução do julgamento. Sua ação havia interrompido uma briga por causa da conexão familiar existente (visando favorecer a seu marido), de forma que havia comprometido a capacidade do outro homem de ter filhos e preservar sua linha familiar. Isso era considerado suficientemente grave para merecer esse terrível resultado.
Não há nenhum caso nas Escrituras em que esta lei tenha sido aplicada. Ela deve ter sido um impedimento suficiente para impedir que fosse sequer testada. A amputação era considerada como um meio de humilhação aos inimigos nos tempos antigos (Juízes 1:6-7). Aqui a idéia parece ser a de que a humilhação extrema seria um castigo adequado a ouotra humilhação extrema.
Como sempre, a justiça deveria ser aplicada proporcionalmente, um princípio geral comumente conhecido como "olho por olho e dente por dente" (Êxodo 21:23-25; Levítico 24:17-21 e Deuteronômio 19:21). A punição deveria sempre ser proporcional ao crime. Perder um olho era substancialmente pior do que perder um dente. A punição da "perda de um dente" deveria ser proporcional a um crime que correspondesse à "perda de um dente". Punições mais severas deveria ser aplicadas para crimes mais graves. A idéia neste caso é de humilhação extrema por humilhação extrema.
Pode-se inferir que esmagar os genitais de um homem era um meio comum usado pelas mulheres para se proteger de serem agredidas por um homem. Esta disposição aplicar-se-ia se à mulher que utilizasse esta tática como meio de intervir num conflito corporal entre o marido e outro homem. A mulher não deveria ajudar o marido a vencer usando essa tática, mas permitir que eles resolvessem a briga entre si, ou buscassem outros meios de resolver a disputa.
Este é o único lugar no Antigo Testamento onde o SENHOR ordena uma punição literal de mutilação física (onde o olho por olho, dente por dente é ilustrativo de um princípio de proporcionalidade). A punição severa deveria ser um dissuasor do comportamento criminoso. No primeiro século, a tradição judaica havia transformado o "cortar a mão" em uma frase alegórica que representava uma compensação monetária por qualquer dano causado, do tipo "colocar dinheiro na mão".