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Significado de Deuteronômio 5:11
O Terceiro Mandamento
Deus adverte Israel contra o uso indevido de Seu nome. Ele punirá a qualquer um que O desonre.
As nações ao redor de Israel costumavam fazer juramentos para assuntos sérios, como contratos e tratados, a fim de demonstrarem sua intenção de cumprir suas obrigações. Essa tomada de juramento envolvia invocar o nome de um deus para atestar as transações do juramento. Como os povos antigos pensavam que seus deuses puniriam aqueles que violassem o acordo, eles eram forçados a dizer a verdade. É por isso que, para não serem punidos por seus deuses caso não cumprissem as estipulações do acordo, alguns se abstinham de fazer juramentos, mesmo que tivessem de pagar uma multa. Em meio a essa antiga crença e prática do Oriente Próximo, o Deus verdadeiro faz a advertência ao Seu povo para não usarem indevidamente Seu nome. Ele afirma: "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão".
O verbo "tomar" aqui significa basicamente "levantar" ou "carregar". É frequentemente usado na expressão "levantar a mão". Era uma prática comum nos tempos antigos levantar a mão ao fazer um juramento, como em Deuteronômio 32:40. Uma vez que o ato de prestar juramento era um tema sério, Deus diz a Seu povo para levarem a sério qualquer juramento em Seu nome.
Quando Deus diz a Seu povo para não jurarem falsamente pelo Seu nome, Ele está literalmente dizendo: "Não levantem o nome do Senhor, seu Deus, em vão". A palavra hebraica para "nome" também significa "fama", "caráter" ou "reputação". Assim, o nome de Deus é mais do que a mera pronúncia de Seu título. O nome de Deus também diz respeito à Sua natureza, ser e fama (Salmos 8:1; Salmos 20:1; Salmos 103:1; Jeremias 32:20; Isaías 42:8). Além disso, a palavra hebraica traduzida como "SENHOR" é o nome pessoal de Deus (YWHW ou Yahweh), o nome que Ele deu a Moisés em Êxodo 3:14 como "EU SOU". Esse nome significa que Deus é eterno, auto-existente, fiel à Sua aliança e compassivo (Êxodo 6:2-8; Êxodo 34:5-7). Assim, usar o nome pessoal de Deus de forma frívola ou fraudulenta traria desonra e vergonha a Ele. Portanto, os israelitas deveriam abster-se de fazer tal ato maligno.
O Deus Susserano advertiu a Seus vassalos (Israel) contra o uso indevido de Seu nome, dizendo que não deixaria impune aquele que tomasse Seu nome em vão. Falar palavrões geralmente traz consequências negativas por si só. Porém, aquele que toma o nome de Deus em vão traz desonra ao Senhor. Isso traz seus próprios riscos, porque Deus certamente infligirá punição àquele que cometer uma ação tão perversa.
O Novo Testamento expande este princípio e nos encoraja a sermos verdadeiros em todos os momentos, tão verdadeiros que nenhum juramento é necessário. No sermão da Montanha, Jesus disse a Seus discípulos que "não fizessem nenhum juramento, nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, porque é o estrado dos seus pés, ou por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei. Também não farás juramento pela cabeça, porque não podes fazer um só cabelo branco ou preto" (Mateus 5:34-36). Os discípulos foram ordenados a simplesmente serem honestos para que outras pessoas pudessem ver sua integridade. Jesus disse: "Que a tua declaração seja: 'Sim, sim' ou 'Não, não'; qualquer coisa além disso vem do maligno" (Mateus 5:37). Os crentes são, assim, exortados a evitar fazer distinção entre falar sob juramento e falar na comunicação diária. Ambos os momentos devem ser tomados com total integridade, brandindo a espada da verdade em tudo o que dizemos.