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Deuteronômio 5:20 significado
O Nono Mandamento
As antigas leis do Oriente Próximo abordavam o falso testemunho nos tribunais. Os cidadãos eram ordenados a falar a verdade em juízo e muitas vezes eram obrigados a fazer juramentos para evitar falsos testemunhos. Esses juramentos envolviam invocar o nome de um deus, que atestaria as transações do juramento. Como os povos antigos pensavam que aquele deus puniria aos que violassem o acordo, as testemunhas eram forçadas a dizer a verdade. Algumas sociedades (como na Mesopotâmia) chegavam a infligir a pena de morte pela falsidade. Assim, o testemunho preciso era muito importante no antigo Oriente Próximo.
Em meio a este contexto, o SENHOR chama Seu povo a falar a verdade, para garantir que a comunidade israelita tivesse convicção e precisão em suas palavras. Deus diz: "Não darás falso testemunho contra o teu próximo". O verbo traduzido como "testemunhar" aqui traz a idéia de testemunhar contra alguém em uma situação jurídica. Além disso, a palavra traduzida como "falso" é a mesma palavra usada no terceiro mandamento, onde Deus diz a Seu povo para não usar Seu nome em vão (Deuteronômio 5:11). Significa basicamente "vazio" ou "vaidoso". A idéia é que, quando alguém fosse acusado sem fundamento sólido ou válido, a acusação era falsa.
O termo “próximo” parece ser usado em seu sentido mais amplo, referindo-se a qualquer pessoa, fosse um israelita (Levítico 19:18), um estrangeiro (Levítico 19:34) ou um pagão (Êxodo 11:2). A pena do Antigo Testamento para a falsa acusação envolvia fazer ao malfeitor "exatamente como ele pretendia fazer a seu irmão" (Deuteronômio 19:19). Tal medida exigia dos israelitas um compromisso com a verdade ao lidarem uns com os outros.
Esta é a base de outro pilar do autogoverno: o consentimento dos governados. Deus nomeou a Moisés como líder. Porém, Moisés levou o povo a escolher a seus próprios juízes, em vez de selecioná-los ele mesmo (Deuteronômio 1:13). Este mandamento de evitar o falso testemunho estabelece o princípio de que cada cidadão de Israel deveria assumir a responsabilidade de fazer justiça, garantindo que as pessoas não fossem acusadas falsamente.
O Novo Testamento também contém ensinamentos contra o falso testemunho. Jesus reafirma o mandamento quando alguém lhe pergunta o que fazer para obter a vida eterna (Mateus 19:16-18). A falsa acusação é uma ofensa grave porque fere a reputação das pessoas e potencialmente as priva do que lhes pertence. Se uma pessoa inocente fosse acusada e condenada de roubo, por exemplo, a restituição paga por ela equivaleria a um roubo. Portanto, acusar alguém falsamente era outra forma de roubo.
Falar a verdade a respeito dos outros é um componente-chave da retidão e é um elemento necessário para uma sociedade justa. Porém, isso só é possível se as pessoas se autogovernarem e se abstiverem de falsas acusações.