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Significado de Deuteronômio 5:21
O Décimo Mandamento
O décimo mandamento é distinto dos outros em alguns aspectos. Primeiro, juntamente com o quarto mandamento referente ao sábado, o décimo mandamento não possui paralelo com as antigas leis do Oriente Próximo. Os estudiosos concordam que não há outra lei no antigo Oriente Próximo que trate da cobiça. Em segundo lugar, enquanto os mandamentos anteriores falam de ações (atos exteriores), o décimo mandamento fala de intenções (isto é, do caráter interior).
O SENHOR começa dizendo: "Não cobiçarás a mulher do teu próximo". A cobiça descreve um estado de espírito direcionado a coisas que pertencem a outros. Na maioria das vezes, refere-se a um desejo estimulado pela visão. Assim, alguém que cobiça a esposa de seu próximo alimenta consistentemente pensamentos e desejos por ela. Tal comportamento pode levá-lo a empregar manobras para conquistar a esposa do próximo.
Além disso, Deus diz: "Não desejarás a casa do teu próximo, o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, o seu boi ou o seu burro". O verbo traduzido como "desejar" se refere a um pensamento maligno contrário à vontade de Deus. Refere-se a um desejo originado em uma necessidade interior (Deuteronômio 12:20; 2 Samuel 23:15; Salmos 10:17). No entanto, ambos os verbos (cobiçar e desejar) descrevem estados mentais erroneamente inclinados para os pertences dos outros.
Finalmente, Deus declara: "Tudo o que pertence ao seu próximo". A idéia é que se deve estar contente e satisfeito com o que o Susserano (Governante) Javé lhes concedia. A cobiça leva ao adultério, ao roubo e ao falso testemunho, porque é dirigida por desejos egoístas. Assim, parece razoável dizer que o décimo mandamento engloba a todos os outros, na medida em que começa com os pensamentos e desejos, ao invés de começar com as ações. As ações são precedidas pelos pensamentos.
Este mandamento também enfatiza que o Estado de Direito de Deus é a base para uma sociedade autônoma. Não há como um governante humano impor esse comando. Em uma sociedade autônoma, Deus é a autoridade suprema e Ele discerne os "pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4:12).
Jesus enfatiza o princípio do décimo mandamento ao dizer: "Ouvistes que foi dito: 'Não cometerás adultério'; mas digo-vos que todo aquele que olha para uma mulher com luxúria por ela já cometeu adultério com ela no coração" (Mateus 5:27-28).
O décimo mandamento, que se aplica ao coração, é muito importante porque é central para uma caminhada de justiça. Aplica-se à fonte de todas as ações - nossos pensamentos. Pois, como diz Jesus, "do coração saem os maus pensamentos, os assassinatos, os adultérios, as, os roubos, o falso testemunho, as calúnias" (Mateus 15:19).
O apóstolo Paulo também aborda este ponto extensivamente, enfatizando que a caminhada da fé de um crente começa com o coração e a mente. Por exemplo, em Gálatas 5, Paulo contrasta a "carne" como um ávido oponente do "Espírito". A carne defende seu governo sobre nós. O Espírito age da mesma forma. Esta batalha interna tem consequências externas. Paulo afirma que, ao examinarmos nossas ações, podemos determinar a qual das duas estamos escolhendo.