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Significado de Gálatas 2:1-5

Paulo vai a Jerusalém para discutir o Evangelho com os apóstolos lá. Todos concordam que os gentios não precisavam ser circuncidados para serem salvos, em oposição a alguns que argumentavam que os crentes deveriam seguir à lei. A lei nos aprisiona, mas Jesus nos liberta.

Depois de quatorze anos de trabalho missionário e plantio de igrejas, Paulo retorna a Jerusalém. Ele é acompanhado por Barnabé, seu companheiro missionário e plantador de igrejas, e Tito, um crente gentio. Paulo conhecia apenas superficialmente aos anciãos em Jerusalém, tendo falado com eles uma única vez. Paulo começou a pregar em Jerusalém alguns anos depois de sua conversão na Estrada de Damasco, mas aparentemente não demorou muito para que sua vida estivesse em perigo; assim, ele é enviado aos crentes de Tarso (Atos 9:29-30). No capítulo 1, Paulo faz referência a esse breve período em Jerusalém, onde conheceu a Pedro e Tiago, permanecendo entre eles por apenas quinze dias antes de partir (1:18-19).

Quatorze anos se passaram antes que Paulo retornasse a Jerusalém para falar em particular àqueles que eram de reputação, o que incluía Tiago, Pedro e João (versículo 9). Ao falar com eles, Paulo submete seu Evangelho a eles, explicando o que vinha pregando aos gentios nos últimos quatorze anos. Parte dessa jornada é registrada em Atos 15. Algumas autoridades judaicas tinham ido de Jerusalém para Antioquia com um evangelho diferente, dizendo que era necessário que os gentios fossem circuncidados (e guardassem a Lei Mosaica) para serem salvos. Paulo discorda e viaja a Jerusalém para apelar aos apóstolos e presbíteros da igreja de Jerusalém.

Paulo provavelmente esperasse se harmonizar com as autoridades em Jerusalém, ou descobrir se elas estavam em desacordo. Fosse como fosse, ele precisava saber o que aconteceria. Paulo já havia desafiado aos corruptores do Evangelho muitas vezes e foi impelido a ir a Jerusalém novamente por causa do falso evangelho que estava sendo pregado.

Atos 15 fornece o pano de fundo do que Paulo experimenta nesta epístola, bem como os detalhes do debate em Jerusalém. Enquanto estava em Antioquia, Paulo combateu aos professores judeus que diziam aos crentes gentios para serem circuncidados. Em resposta, "quando Paulo e Barnabé tiveram grande dissensão e debate com eles, os irmãos determinaram que Paulo e Barnabé e alguns outros deles subissem a Jerusalém para os apóstolos e anciãos a respeito desse assunto" (Atos 15:2).

A decisão de Paulo de levar a Tito consigo para Jerusalém é importante. Tito, que era grego (ou seja, era um crente gentio), não havia sido circuncidado. É importante notar que, durante sua visita a Jerusalém, Tito não foi obrigado a ser circuncidado. A fé de Tito estava em Jesus, sua justificação se encontrava na cruz, não na assimilação às práticas religiosas do judaísmo.

Enquanto estava em Jerusalém, no meio de uma conferência com os anciãos e apóstolos sobre o verdadeiro Evangelho, alguns fariseus que haviam crido em Jesus se levantou, dizendo: "É necessário circuncidá-los e orientá-los a observar a lei de Moisés". (Atos 15:5). Esses fariseus provavelmente eram os mesmos falsos irmãos referidos nesta passagem que se esgueiravam para declarar que a circuncisão e o cumprimento da lei eram parte da salvação. Em Atos, Lucas escreve que esses fariseus criam em Jesus e disseminavam o Evangelho. Aqui em Gálatas, o termo “falsos irmãos” não significa necessariamente pessoas fingindo ser crentes em Jesus. Pelo contrário, seu problema eram seu ensino e conduta. Eles eram falsos em seus ensinamentos.

Essas "autoridades" judaicas eram inflexíveis: todos os crentes em Cristo precisavam ser circuncidados e obedecer à Lei do Antigo Testamento. Paulo explica aos leitores da Galácia que tal mensagem os levaria à escravidão, em contraste com a liberdade que tinham em Cristo Jesus.

Não havia como encontrar justificação diante de Deus através da obediência à lei ou da adoção de costumes judaicos, como a circuncisão. Não há poder sobre o pecado em nossa caminhada diária pelo fato de obedecermos a regras religiosas. Tentar reformar a carne pela obediência a regras religiosas apenas proporciona um retorno para a escravidão à nossa natureza pecaminosa.

Os crentes têm liberdade em Jesus, porque Jesus nos libertou através da fé. Ele nos justificou na presença de Deus. Este é um dom incondicional a todos os que crêem Nele. Quando cremos Nele, renascemos espiritualmente, recebemos uma natureza ressuscitada por meio Dele. Depois de experimentarmos esse novo nascimento, temos o poder de vencer ao pecado em nossas vidas diárias caminhando em fé no poder da vida ressurreta.

Assim, Paulo diz aos gálatas que, em resposta ao ensinamento dos fariseus, ele e Tito rejeitavam totalmente à sua mensagem: Não cedemos em sujeição a eles nem por uma hora. Paulo e sua companhia estavam comprometidos com a verdade do Evangelho, por causa dos crentes gentios. Seria incorreto e indigno obrigar os crentes gentios a se circuncidar, forçando-os a obedecer à lei. Isso deixava claro que Paulo não havia subido a Jerusalém para descobrir a verdade, mas para descobrir se as autoridades existentes estavam seguindo ao verdadeiro Evangelho — ou se haviam sido corrompidas. Paulo vai a Jerusalém por causa de uma revelação. Deus o estava chamando para defender o Evangelho.

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