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Significado de Gálatas 4:21-27
Nesta passagem, Paulo cita o Antigo Testamento e mostra aos gálatas que sua obediência à lei era contrária ao que as Escrituras ensinavam: Digam-me, escreve Paulo, desafiando-os (e possivelmente as "autoridades" judaicas que os estavam desviando). Digam-me, quereis estar sob a lei? Paulo estava inferindo que seus leitores, que diziam querer seguir à Lei, nem sabiam o que a Lei ensinava (a "Lei" tipicamente usada pelos judeus eram os cinco primeiros livros do Antigo Testamento).
O exemplo de Paulo vinha do primeiro livro da Lei: Abraão, que teve dois filhos, um com a escrava e outro com a mulher livre. A escrava era a serva de Abraão, Agar, e a mulher livre era Sara, esposa de Abraão. Abraão duvidou da promessa de Deus de ter filhos por meio de sua esposa; então, ele primeiro teve um filho ilegítimo com sua serva, Agar.
O filho da escrava nasceu segundo a carne e o filho da mulher livre através da promessa. Nesta alegoria, Paulo faz uma comparação. Ele cita um dos filhos de Abraão, nascido fora da promessa de Deus através do esquema do homem, tentando fazer a promessa de Deus acontecer. O outro filho, Isaque, nasceu de Sara. Abraão duvidava que pudesse ter um filho, já que ela já havia passado da idade fértil. Deus milagrosamente cumpriu Sua promessa através da esposa real de Abraão, uma mulher livre, não sua escrava.
Paulo diz a seus leitores, nesta alegoria, que essas mulheres eram duas alianças. Uma aliança, no Monte Sinai, era Agar, a escrava. Ela representava o uso de esquemas terrenos sem a fé em Deus, já que Abraão não acreditava que Deus lhe daria um filho através de Sara. Agar é o Monte Sinai, na Arábia, correspondente à atual Jerusalém, pois estava em escravidão juntamente com seus filhos. O Monte Sinai era o lugar onde Moisés havia recebido a lei. É um retrato direto da lei. A Jerusalém atual havia rejeitado a Jesus. Jesus chorou sobre Jerusalém como resultado de sua rejeição a Ele. Eles haviam rejeitado a Jesus e abraçado a lei. Agar, a escrava, representava a escravidão à lei, em oposição à liberdade em Cristo.
As "autoridades" judaicas estavam levando os gálatas a seguir a lei, em vez de viverem pelo Espírito. Agar, o Monte Sinai, a atual Jerusalém, todos são símbolos da obediência aos caminhos terrenos usados para se satisfazer a promessa de Deus de trazer Sua justiça à humanidade. Porém, a Jerusalém de cima é livre, ela é nossa mãe. Aqui, Paulo se refere à corte celestial, a Deus e a Cristo, e ao papel de Cristo como Salvador e Rei na vida dos crentes. Cristo voltará para governar em Jerusalém. A Jerusalém atual não reflete o Reino de Cristo, nem a obediência à lei, já que ela significa escravidão espiritual.
Uma vez que esta alegoria envolve duas mães no Livro de Gênesis, parece apropriado que Paulo tenha mencionado de onde havia vindo o nascimento espiritual dos crentes em Jesus. Ele não veio da Jerusalém dos seus dias e de seu sistema de regras religiosas. Pelo contrário, a Jerusalém que vem de cima é nossa mãe. Nosso novo nascimento vem da justiça aos olhos de Deus através da fé em Jesus, ou seja, através da promessa de Deus, não envolvendo nenhum ato ou projeto humano.
Paulo cita Isaías 54:1:
"Alegra-te, mulher estéril, que não dá à luz; levanta-te e gritai, tu que não estais em trabalho de parto; pois mais numerosos são os filhos da desolada do que daquela que tem marido."
A citação de Paulo aqui se refere a uma mulher estéril, como Sara era antes que Deus lhe concedesse uma resposta milagrosa à promessa. Nessa profecia, a mulher estéril tem mais filhos do que a mulher que tem marido. Talvez o ponto de Paulo aqui seja que as bênçãos são imensamente maiores hoje por vivermos pela fé nas promessas de Deus do que qualquer coisa que possamos fazer para fabricar as bênçãos de Deus.