AaSelect font sizeSet to dark mode
AaSelect font sizeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.
Significado de Gênesis 11:27-32
O plano redentor de Deus, agora, concentra-se na história da família e dos descendentes de um único indivíduo. A partir de agora, as relações redentoras de Deus com a humanidade registradas na Bíblia estarão em grande parte relacionadas à aliança que Deus faria com Abraão (Gênesis 12:1-3). O plano de redenção para o mundo é demonstrado aqui, assim como o grande cuidado de Deus por cada indivíduo. A história da raça humana consiste nas histórias de cada indivíduo. É como dar um zoom numa determinada família, relato para o qual somos convidados a tirar lições. 1 Coríntios 10:13 diz que todas essas histórias foram escritas para nosso benefício, para que não tenhamos que cometer os mesmos erros. Mateus 10:6 diz que Deus numera todos os cabelos de nossa cabeça. Assim, ao nos aproximarmos da história de Abraão e sua família, a história deles é a nossa história.
Os três filhos de Terá são nomeados: Abrão, Naor e Harã. O nome de Abrão será posteriormente mudado para Abraão (Gênesis 17:5). O nome Abrão significava "pai exaltado" ou "o pai é exaltado". "Pai" aqui também pode ser tomado como uma alusão a Deus, como na expressão "meu pai [Deus] é exaltado". Abraão, por outro lado, significa "pai de muitas nações". Ao renoemar a Abrão, Deus deixa claro que estava confirmando Seu compromisso com ele e garantindo seu futuro. Harã foi pai de três filhos: um filho chamado Ló e duas filhas, Milca e Iscá.
Ló era filho de Harã e neto de Terá. Depois que o pai de Ló, Harã, morre prematuramente, ele se alinha a seu tio, Abrão, e o acompanha em suas migrações. Ló é caracterizado por suas escolhas bastante questionáveis, que contrastavam com a fé persistente de Abrão. O outro irmão de Abrão, Naor, casou-se com a filha de Harã, ou seja, ele se casou com sua sobrinha.
O chamado de Abrão ocorreu em Ur dos Caldeus (Gênesis 15:7; Neemias 9:7), na Mesopotâmia (Atos 7:2-4). Séculos mais tarde, o governante caldeu Nabopolassar (625-605 a.C.), pai do monarca babilônico Nabucodonosor, ascenderia ao império neobabilônico nos séculos VII a VI. Os babilônicos eram caldeus. Grande parte do território ocupado pelo império babilônico está agora no atual Iraque.
A cidade de Ur é provavelmente a cidade moderna de Tell el-Muqayyar, localizada às margens do rio Eufrates, sul do Iraque. Fica aproximadamente 300 quilômetros de distância a sudeste da moderna Bagdá. O rei de Ur durante sua terceira dinastia era um homem chamado Ur-Nammu (2113-2095 a.C.). Em algum momento, Terá e sua família se mudaram e se estabeleceram em Ur. Este é considerado seu lar ancestral ou país nativo (Gênesis 12:1). Foi o local de nascimento de Abrão.
O nome da esposa de Abrão, Sarai, significava "princesa" em hebraico. Mais tarde, Deus mudou o nome de Sarai para Sara, que significava "mulher nobre", atribuindo-lhe o papel de mãe das "nações" (Gênesis 17:5, 15-16). Sara se torna a matriarca de todo o Israel (Isaías 51:2). Não há menção de seus pais aqui, embora ela fosse meio-irmã de Abrão através do mesmo pai (Terá), mas de uma mãe diferente (Gênesis 20:12). Mais tarde, tal casamento seria proibido (Levítico 18:9, 20:17; Deuteronômio 27:22).
Milca era filha de Harã e, portanto, sobrinha de Abrão e Naor. Ela se casou com seu tio Naor e acabou gerando oito filhos (Gênesis 11:29, 22:20-23). O nome Iscá vem da raiz que significa "assistir ou ver". Por isso, seu nome significa "aquela que olha para frente". Não se sabe muito mais sobre ela.
As três primeiras mulheres da história de Abraão sofreram com a infertilidade: Sarai, Rebeca e Raquel. (Gênesis 25:21, 29:31). A origem da nação israelita a partir de mulheres estéreis começa com o milagre de Deus em dar filhos a mulheres estéreis (1 Samuel 1:2, 2:5; Salmos 113:9; Isaías 54:1). Isso prenunciava o nosso novo nascimento em Jesus, algo feito pela intervenção de Deus aos que crêem, tornando-nos nova criaturas, pessoas que, de outra forma, não teriam esperança de um novo nascimento.
Após a morte do irmão de Abrão, Harã, eles saíram juntos de Ur dos Caldeus para entrar na terra de Canaã. O pai de Abrão, Terá, sai de Ur para Canaã, com seu neto Ló, Abrão e Sarai: Eles foram até Harã e se estabeleceram lá. Lemos que Terá deixou Ur para entrar na terra de Canaã. No entanto, nos é dito em Atos 7:3 que Deus apareceu a Abraão e ordenou que ele deixasse seu país e seus parentes, e entrasse na terra que Ele lhe mostraria. Abrão não obedeceu totalmente a tal ordem. Ele deixou seu país, mas não seus parentes. Ele permitiu que seu pai Terá e seu sobrinho Ló, entre outros, o acompanhassem.
Além disso, parece que Abrão permitiu que seu pai, Terá, liderasse a expedição. Gênesis nos diz que Terá levou Abrão e eles saíram juntos de Ur. Logo veremos que a obediência parcial de Abrão se tornaria um grande obstáculo. Porém, Deus ainda o recompensaria muito por sua obediência, ainda que parcial.
Isso deve ser de grande encorajamento para qualquer seguidor de Jesus. Somos todos obedecedores parciais, na melhor das hipóteses. A história de Abraão demonstra que ainda podemos ser recompensados por obedecer um pouco. Deus é infinitamente misericordioso.
A viagem para Harã era de 1000 quilômetros a noroeste, seguindo o rio Eufrates (perto da atual fronteira sírio-turca). Eles se estabelecem em Harã, uma cidade importante e o ponto de encontro das rotas de caravanas entre a Mesopotâmia, a oeste, e o Mar Mediterrâneo. A frase "estabeleceu-se lá” [em Harã] indica uma residência fixa por parte de Terá. O nome “Harã” significa "encruzilhada ou rodovia". A localização da antiga Harã é na Turquia moderna, chamada agora de Eskiharran, que significa "velha Harã". Harã é mencionada mais tarde na lista de lugares conquistados por Senaqueribe, rei da Assíria (2 Reis 19:12).
Terá morre em Harã aos duzentos e cinco anos, preparando o terreno para a história de Abraão, que começa no capítulo 12. O pai de Abrão, Terá, tinha 145 anos quando deixou Harã em direção a Canaã. Portanto, Terá viveu em Harã por mais sessenta anos após a partida de Abraão.