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Significado de Gênesis 24:62-67
O autor retorna a Isaque: “Ora, Isaque tinha vindo do caminho de Beer-Laai-Roi; pois habitava na terra do Neguebe”.
Beer-Laai-Roi era um poço de água localizado ao sul de Canaã, no Neguebe, uma região desértica (Gênesis 16:14). O nome do poço significa "o poço do vivo que me vê", assim chamado por Agar quando Deus falou com ela (Gênesis 16:13). Isaque, mais tarde, se estabeleceu por lá depois da morte de Abraão (Gênesis 25:11).
“Saíra Isaque a meditar no campo à tarde”. A palavra “meditar” é traduzida do hebraico "śwh" e é usada apenas uma vez na Bíblia nesta passagem; seu significado não é totalmente conhecido, podendo significar "andar" ou "vagar". Para o público moderno, “meditar” pode dar a idéia de limpar os pensamentos da mente. Porém, esta é uma compreensão oriental da meditação. Ao longo das Escrituras, “meditar” significava ponderar a respeito de algo, pensar profundamente sobre ele, dar importância a ele. O rei Davi escreve em um de seus salmos, dirigindo-se ao SENHOR: "Nos teus preceitos meditarei e às tuas veredas terei respeito" (Salmos 119:15).
Isaque estava em um campo à tarde dando um passeio ou pensando em algum assunto, talvez imaginando na mulher que o servo traria de volta para que ele se casasse, talvez pensando em sua mãe Sara, que havia falecido recentemente (Gênesis 23).
Enquanto estava no campo, Isaque “levanta os olhos...e eis que vinham camelos”.
O autor muda o ponto de vista, levando-nos de volta a Rebeca assim que ela e seu grupo chegam. Ela “levantou os olhos e, quando viu Isaque, desmontou do camelo”. Rebeca aparentemente havia feito a viagem de Harã montada em um camelo. Foi uma viagem de aproximadamente 700 quilômetros. A palavra hebraica traduzida como “desmontar” é mais frequentemente traduzida como "cair". Portanto, pode ser que Rebeca tenha ficado tão impressionada ou surpresa com o homem no campo que tenha caído do camelo.
A visão de Isaque, que vinha do campo para encontrá-los, afetou Rebeca significativamente.
Há uma espécie de ritmo romântico nesses versículos: Isaque levanta os olhos e vê os camelos voltando, possivelmente carregando sua futura esposa, e no mesmo momento Rebeca levanta os olhos e vê Isaque. Os dois nunca haviam se encontrado, mas foram escolhidos por Deus para ficarem juntos. No mesmo momento, eles se vêem de longe. Parece haver pelo menos uma pitada de "amor à primeira vista" aqui.
Rebeca pergunta ao servo de Abraão que a levara para Canaã: “Quem é aquele homem?” Rebeca aparentemente havia se recuperado e pergunta a identidade do homem a quem havia visto de longe. Talvez ela estivesse esperando que a resposta fosse: "Seu marido". Se isso for verdade, ela provavelmente ficou emocionada ao ouvir a resposta para sua pergunta.
“E o servo respondeu: É meu senhor”. Ao longo deste capítulo, o servo havia se referido a Abraão como seu senhor várias vezes; porém, Isaque, como herdeiro de Abraão, também tinha autoridade sobre ele, assim como um príncipe tem autoridade sobre seus servos, mesmo que seu pai ainda seja o rei. Embora Abraão fosse o patriarca e ainda estivesse vivo, ele era "velho, avançado em anos" (v. 1) e Isaque parecia já ter recebido sua herança, o que significaria que ele já estava administrando os servos e o gado naquele momento (Gênesis 24:36).
Em seguida, Rebeca “tomou o seu véu e se cobriu”. Isaque era o homem a quem ela havia sido prometida e, por modéstia, ela se cobre até que se casem, de acordo com o costume.
“O servo relatou a Isaque tudo o que havia feito”. Presumivelmente, isso significava que o servo registra a história que lemos neste capítulo - sua chegada ao poço em Harã; sua oração a Deus pedindo que a mulher escolhida por Deus para Isaque lhe desse de beber quando ele pedisse e também se oferecesse para dar água a seus camelos; seu encontro com Rebeca e sua disposição de servir água a ele e a seus camelos; sua descoberta de que ela era parente de Abraão e Isaque; o jantar na casa de Labão; o pedido de casamento e a aceitação; e o retorno seguro. Tudo isso erea uma notícia bem-vinda a todos os envolvidos.
“Isaque trouxe a Rebeca para a tenda de Sara, sua mãe, e tomou-a, e ela lhe foi por mulher”. O propósito deste capítulo e da viagem a Harã havia se cumprido. Isaque se casa com Rebeca; ela se torna sua esposa e ele a ama.
O capítulo termina com uma visão sobre o estado emocional de Isaque. Sua mãe, Sara, havia morrido no capítulo 23 e, aparentemente, sua perda continuava a entristecer Isaque de maneira contínua. Porém, agora, ele estava se casando com sua esposa, a quem ele amava - assim, Isaque foi consolado após a morte de sua mãe. Embora tivesse perdido a mãe, ele ganhara uma esposa, com a promessa de filhos pela frente. Isaque agora estava construindo sua própria família e continuando a linhagem de Abraão, tudo de acordo com as promessas de Deus (Gênesis 15:5).
A frase “Isaque trouxe a Rebeca para a tenda de Sara, sua mãe” é intrigante, podendo significar que Isaque ainda mantinha a tenda de Sara montada e desocupada como parte de seu luto por ela. Se isso for verdade, trazer Rebeca para aquela tenda forneceria a imagem de que Deus havia providenciado alguém para preencher o vazio deixado por sua mãe. Como filho único, o apego dele à mãe claramente era bastante próximo. A conexão entre a menção de que Isaque a amava e o fato de ter sido consolado após a morte de sua mãe por Rebeca pode indicar que Rebeca tinha o mesmo tipo de caráter de Sara. 1 Pedro 3 indica que o caráter de Sara era algo ao qual as mulheres deveriam buscar imitar (1 Pedro 3:6).
Veremos no capítulo seguinte que Isaque tinha 40 anos quando se casou com Rebeca (Gênesis 25:20). Abraão viveu mais 35 anos depois de se casarem. Isaque viveria mais 140 anos (Gênesis 35:28).