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Significado de Hebreus 2:1-4
Por esta razão, declara o autor, devemos prestar muito mais atenção à palavra de Cristo. Esta “razão" refere-se à divindade, autoridade, preeminência e herança de Jesus Cristo, o Rei que assentado à direita de Deus, conforme descrito no capítulo 1, e a salvação (ou libertação) que herdaremos (Hebreus 1:14), ou seja, a libertação da futilidade de não cumprirmos o propósito para o qual Deus projetou a humanidade: governar a terra em harmonia com Deus e uns com os outros.
Cristo herdou a terra e a governará como Rei; Deus lhe deu essa herança como recompensa por Sua fiel obediência em fazer a vontade de Seu Pai, sofrendo a morte na cruz. Por isso, Paulo adverte seus leitores a prestar mais atenção ao que o Filho de Deus havia ensinado. No versículo 1, as coisas que “ouvimos” são as palavras do Filho, que havia ensinado que os que colocassem sua fé Nele e sofressem por Ele seriam ressuscitados em Seu Reino (Mateus 19:29-30). No entanto, é possível que alguém cresse em Cristo, nascesse na família de Deus, mas ignorasse a mensagem de Cristo na maneira como vive.
O autor os alerta de que, por descuido ou negligência, os cristãos poderiam gradualmente se afastar dos ensinamentos de Cristo em suas vidas diárias. Podemos perdê-la se a ignorarmos, como um barco pode se afastar da costa sem que o marinheiro se aperceba disso (versículo 1). O apóstolo traz um tom de seriedade à mensagem desta carta. Ela era uma advertência às pessoas que haviam colocado sua fé em Cristo: é possível que os crentes se afastem de Jesus. Se um crente se desvia, há uma consequência negativa. Qual é essa consequência negativa? Ele perde sua libertação ou salvação da futilidade de não reinar ao lado do Rei, ele perde a maior das recompensas, ou seja, a restauração completa do seu projeto original.
Não é incomum ouvir as pessoas dizerem que tudo o que desejam é entrar no céu, que não se importam com seu status lá. O livro de Hebreus diverge dessa perspectiva. O autor convida seus amigos crentes a perceberem as enormes perdas associadas à ausência da incrível oportunidade de receber uma recompensa tão valiosa. Você já desejou ser parte da realeza? A adoção como "filho" ao lado de Jesus é uma adoção à corte real de Deus. Independentemente do que possamos imaginar nesta vida, o quadro que Paulo pinta aqui em Hebreus é que podemos alcançar algo muito maior do que qualquer um dos nossos sonhos ao ouvirmos e obedecermos às palavras de Jesus.
O apóstolo remete ao Antigo Testamento, apontando para a palavra dada através dos anjos, que foi como a humanidade recebeu a Bíblia, de acordo com a tradição judaica. Como os anjos são mensageiros do Senhor, suas palavras são infalíveis e imutáveis. A Lei de Moisés, no Antigo Testamento, era uma aliança entre Deus e Seu povo e estabelecia cuidadosamente as penalidades para a desobediência aos mandamentos do Senhor. Esse pacto se mantém. No entanto, o sacrifício de Jesus introduziu uma aliança melhor, que nos traz a liberdade da morte, da escravidão e da condenação. Se a palavra vinda através dos anjos se mostrou imutável e eficaz, quanto mais a palavra vinda diretamente do Rei dos anjos!
Se negligenciarmos o incrível dom que nos foi dado (uma salvação ou livramento ainda maior do que a promessa anteriormente dada aos israelitas) perderemos a libertação das consequências da morte, escravidão e condenação, não em nossa posição eterna diante de Deus Pai, mas em nossa comunhão com Ele na vida diária. Podemos experimentar consequências negativas caso vivamos em desobediência nesta terra, fora de Sua vontade. Também podemos perder a oportunidade de herdar a recompensa futura, a libertação ou a "salvação" da separação de nosso desígnio ao negligenciarmos os ensinamentos de Jesus.
Através do novo nascimento, que vem da fé em Jesus, Ele nos justifica diante de Deus, independentemente do que fazemos; no entanto, ainda assim, nossas ações têm grandes consequências. Deus nos dá o poder da ressurreição de Jesus para vencermos o pecado e suas consequências em nossas vidas diárias, mas esse poder não tem efeito se não for usado.
O apóstolo Paulo enfatiza a tolice de ignorarmos às palavras de Jesus Cristo. Nesses versículos, ele enquadra seu argumento da seguinte maneira: o próprio Jesus, o Filho de Deus, falou de Seu propósito ao vir à terra; os que estavam com Ele, Seus discípulos, foram capazes de confirmar o que Ele havia ensinado; Deus Pai atestou a veracidade das afirmações de Cristo fornecendo sinais e maravilhas e por vários milagres e dons do Espírito Santo. Somente Deus pode realizar essas ocorrências milagrosas. Ao fazer isso, Deus declara Sua aprovação a Seus mensageiros, Jesus e Seus discípulos.
Não há dúvida de que as palavras de Jesus são verdadeiras e de que o caminho da obediência está enraizado em ouvi-Lo e seguir Seu exemplo. Paulo implora aos crentes que façam exatamente isso, pois a obediência leva às maiores recompensas imagináveis - deixamos de ser simplesmente crianças para sermos chamados de filhos.