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Significado de Isaías 42:1-4
Este comentário é uma continuação do primeiro Cântico do Servo de Isaías e abrange Isaías 42:1b-4. Para ver o comentário sobre as linhas iniciais deste cântico, consulte a seção anterior (Comentário sobre Isaías 42:1).
Depois que o SENHOR descreve Meu Servo e declara que Seu Espírito estará sobre Ele (Isaías 42:1a), o SENHOR conclui este Cântico do Servo predizendo o que Seu Servo vai e não vai fazer.
Fará sair juízo às nações (v.1)
Não clamará, nem levantará, nem fará ouvir a sua voz na rua (v.2) - Ele não será orgulhoso ou beligerante.
Três vezes a canção fala da justiça que o Servo do SENHOR trará e estabelecerá.
1. Fará sair juízo às nações (v.1).
2. Com verdade fará sair o juízo (v.3).
3. Até que estabeleça o juízo na terra (v.4).
Esses três refrões do juízo entrelaçam dois pares de pensamentos descrevendo a humildade do Servo.
4. Ele não clamará nem levantará a Sua voz,
nem fará ouvir a sua voz na rua (v.2).
5. Não quebrará a cana rachada,
nem apagará a torcida que fumega (v.3).
Justiça e humildade são os temas principais desta canção profética sobre as realizações e o caráter do Messias. O Servo estabelecerá o juízo na terra; e o Messias será notavelmente humilde.
O Servo do Senhor Estabelecerá a Justiça
O final do versículo 1 introduz o tema do juízo,
prevendo que o Messias trará justiça às nações.
O termo traduzido como nações em hebraico é a palavra גּוֹי (H1471 - pronunciada: "go'-ee"). Quando "go-ee" está no plural, refere-se aos gentios, que são as nações além de Israel. Neste caso, está no plural. Portanto, essa profecia afirma que o Messias trará juízo aos gentios.
O termo traduzido como juízo ao longo desta Canção do Servo é מִשְׁפָּט (H8199 - pronunciado: "mish-pawt"). Geralmente, refere-se a um julgamento justo ou a uma sentença que restabelece a ordem. O "mishpawt" que o Servo trará aos gentios colocará as coisas no lugar certo e restaurará a bondade e a ordem.
Isso pode significar que o escolhido do Senhor trará julgamento e ira contra eles por sua maldade. E pode significar que Ele os trará para a harmonia com Deus e a nação de Israel. A justiça que Ele trará pode ser punitiva ou vivificante, ou ambos. Mas, quer o "mishpawt" (juízo) seja com ira ou harmonia, será justo e bom.
Jesus fez ambas as coisas pelos gentios. Ele assumiu os pecados de todos, levando sobre Si a ira do mundo (Colossenses 2:14). Através de Sua morte, agora todos que creem podem ser justificados Nele e declarados justos diante de Deus (João 3:14-15; Romanos 5:8-11). Além disso, através do poder da ressurreição de Jesus, que habita em todos que creem, os gentios agora têm o poder de andar no Espírito e evitar as consequências adversas de andar na carne (Gálatas 5:13-15). Mas fica claro que aqueles que não creem, não evitarão o julgamento de Cristo (Mateus 25:31-32).
Jesus, o Messias, trará juízo (tanto em um sentido punitivo quanto libertador). Sua mensagem de esperança, amor, misericórdia e serviço era de harmonia e retidão (que são sinônimos bíblicos de juízo. Veja "O que é retidão?"). Essa mensagem se espalhou rapidamente por entre as nações gentias após Sua ascensão ao céu, cumprindo assim o sentido libertador desta profecia.
Da primeira vez que Jesus veio, Ele veio para trazer juízo reconciliando e salvando o mundo (João 3:17). Da próxima vez que Ele vier, trará juízo ao julgá-lo (Mateus 25:31-33). Dependendo de como cada pessoa for julgada, isso cumprirá tanto o sentido punitivo quanto o libertador da profecia.
Quando Mateus cita este Cântico do Servo de Isaías 42 e m Mateus 12:18-21, ele interpreta o juízo que Ele trará aos gentios como vivificante e harmonioso em vez de irado. "Em seu nome, esperarão os gentios. " (Mateus 12:21).
O versículo 3 ecoa esse sentimento: Com verdade fará sair o juízo.
Há muitas semelhanças que esta frase compartilha com o refrão do juízo do versículo 1: Ele fará sair juízo às nações. Mas há duas diferenças óbvias entre eles.
A primeira diferença é que esta frase adiciona “com verdade”. Ser verdadeiro significa permanecer leal e fiel a alguém ou a uma causa diante de obstáculos ou oposição, muitas vezes ao longo de um período prolongado. Essa adição sugere que o Servo do SENHOR encontrará tentações ou enfrentará provações em seus esforços para trazer justiça e que Ele superará essas tentações e provações com fidelidade. O fato de Jesus ter superado tais obstáculos é apresentado como um exemplo para todos que O seguem; Jesus oferece uma grande recompensa a todos que superam, assim como Ele superou (Apocalipse 3:21).
A segunda diferença entre esta segunda referência de juízo e a primeira é que ele exclui a expressão às nações. Isaías pode ter eliminado isso para torná-lo mais poético e menos redundante, ou pode ter feito isso para enfatizar um ponto profético. (Ele pode tê-lo eliminado por razões tanto poéticas quanto proféticas).
O ponto profético que Isaías pode ter pretendido ao omitir essa expressão é que o Servo do SENHOR trará justiça não apenas aos gentios, mas a todos, incluindo Israel (Romanos 11:26).
A terceira referência sobre a justiça é encontrado no último verso do Cântico do Servo.
Não se apagará, nem será quebrado,
até que estabeleça o juízo na terra;
e as ilhas esperarão a sua lei (v.4)
Este encerramento prevê que o Messias, o Servo do SENHOR, não ficará tão desanimado pelas provações ou quebrado pelas tentações a ponto de falhar em estabelecer o juízo na terra.
A menção de apagar e quebrar indica que as provações e tentações que o Messias enfrentará serão desanimadoras, exigentes e difíceis (Mateus 26:38). No entanto, Ele as superará em Sua busca por estabelecer o juízo (Apocalipse 3:21). O Servo do SENHOR triunfará.
A última linha do cântico é um pouco enigmática. Ela diz: e as ilhas esperarão a sua lei.
A palavra ilhas pode se referir aos lugares mais distantes da Terra. Em outras palavras, às nações e aos gentios que o povo de Israel nos dias de Isaías apenas ouvira ou pensara, que viviam do outro lado do mundo.
Diz que esses povos aguardarão com expectativa pela lei do Messias para trazer juízo à eles.
Mas se o povo de Israel não sabia sobre eles, como poderiam conhecer o Messias? E se não sabiam sobre o Messias, como poderiam esperar com expectativa por Sua lei para trazer o juízo a eles?
Era um mistério como esta profecia poderia ser cumprida até que Jesus, o Messias, apareceu e comissionou Seus discípulos para ir "e fazer discípulos de todas as nações" (Mateus 28:18-20) "até os confins da terra" (Atos 1:8).
Seus discípulos obedeceram a esse comando e levaram as boas novas de Sua mensagem até as extremidades mais distantes da Terra. O Evangelho de Jesus, o Messias, é de esperança e harmonia (juízo). E quando aplicado, ele traz um juízo restaurador. Um juízo que não se baseia na lei do homem, que é sempre mutável e frequentemente corrupta, mas que alinha as realidades da terra com o plano de Deus. Quando tudo está alinhado com o bom plano de Deus, tudo funciona em harmonia. Tudo opera de acordo com a lei eternamente boa de Deus.
Os princípios da lei do Servo foram explicados de forma mais completa no Sermão da Montanha de Jesus (Mateus 5-7). Esses princípios de Sua lei incluem:
6. Misericórdia e Perdão (Mateus 5:7; 6:12; 6:14-15; 7:1-5; 7:12)
7. Amar Graciosamente os Inimigos (Mateus 5:38-42; 5:43-48)
8. Confiar em Deus em todas as circunstâncias (Mateus 5:10-12; 6:25-34)
9. Ter um Coração Puro de Integridade (Mateus 5:8; 5:21-37; 7:21, 24-27)
O Servo do SENHOR será humilde.
Como mencionado anteriormente, o próprio termo Servo evoca o tema da humildade. Os versículos 2 e 3 descrevem o segundo tema deste cântico. Mas enquanto os refrões sobre justiça descreviam o que o Servo do SENHOR fará, esses dois pensamentos sobre a humildade do escolhido descrevem o que o Servo do SENHOR não fará.
O primeiro par de versos é:
Não clamará, nem levantará,
nem fará ouvir a sua voz na rua (v.2)
O escolhido do SENHOR não será orgulhoso ou arrogante. Ele não chamará atenção para si mesmo fazendo barulho ou insistindo em ser o centro das atenções. A atenção que ele receberá será devida ao seu serviço.
Ele não levantará Sua voz nem exigirá ser ouvido ou escutado na rua. O Servo do SENHOR não fará alarde se gabando de quem Ele é. Ele não vai arrumar confusão nem tentar se provar aos outros discutindo com eles. Ele não clamará nem reclamará quando as pessoas não reconhecerem Sua identidade como o Messias escolhido. Na verdade, Jesus frequentemente ordenava às pessoas que não contassem aos outros Sua verdadeira identidade (Mateus 8:4, 16:20, 17:9).
Em vez de ser orgulhoso e argumentativo, Ele agirá como o Servo que é, cumprindo seus deveres da maneira mais silenciosa possível. Ele se revelará humildemente.
A humildade pode ser pensada como a disposição de ver a realidade como ela é. Jesus não fingiu ser alguém que não era. Ele não tentou "contar histórias" para fazer as coisas parecerem diferentes do que eram. Jesus falava com sinceridade (João 8:40). Ele também cumpriu o papel que Seu Pai lhe pediu para cumprir (Hebreus 10:7; Lucas 22:42).
Jesus, o Messias, não exigia ser ouvido e respeitado, como muitos dos rabinos e líderes religiosos de Seu tempo faziam (Mateus 23:5-6). Ele não chamava atenção especial para Si mesmo através de orações ostensivas ou exibições de retidão (Mateus 6:1; 2-4; 5-6; 16-18).
Como Servo do SENHOR, Jesus exemplificou e ensinou a Seus discípulos que: "...o maior entre vós será vosso servo. Quem se exaltar será humilhado; e quem se humilhar será exaltado" (Mateus 23:11-12).
O segundo par de versos é:
Não quebrará a cana rachada,
nem apagará a torcida que fumega (v.3)
Este par de versos descreve duas imagens sobre como o Servo do SENHOR vai se comportar de maneira gentil. Ele será tão suave em seus modos e mensagem que não quebrará uma cana rachada. Este termo se refere a uma cana parcialmente quebrada ou curvada. O menor torção faria com que a cana se partisse ou quebrasse ao meio. O escolhido do SENHOR será tão delicado com uma cana rachada que nenhum dano lhe será causado.
A cana rachada pode ser uma metáfora para uma pessoa emocionalmente ferida ou danificada. A frase que diz não quebrará a cana rachada pode ser interpretada como uma metáfora para a gentileza do Messias para com as pessoas fracas e humildes que o sistema do mundo esmagou e/ou pecadores que a instituição religiosa desprezou.
Jesus, o Messias, passou grande parte de seu ministério elevando e curando pessoas emocionalmente feridas, como cobradores de impostos, prostitutas e outros excluídos. Alguns exemplos seguem:
Esses são três exemplos, entre muitos, nos quais Ele foi gentil com a cana rachada. Jesus não veio para condenar os pecadores, mas para salvá-los (João 3:17; Mateus 28:20).
Isaías continua: Ele será tão gentil em suas ações que nem apagará a torcida que fumega, que pode ser apagado pelo sopro ou movimento mais suave. Em outras palavras, o Messias não será briguento, de temperamento explosivo ou argumentativo.
Mateus cita o conteúdo do primeiro Cântico do Servo de Isaías e demonstra como Jesus, o Messias, cumpriu essa profecia após curar um homem com a mão ressequida no sábado e ser confrontado pelos fariseus por fazê-lo (Mateus 12:9-17).
Aqui está a citação de Mateus deste Cântico do Servo:
“Para se cumprir o que foi dito, pelo profeta Isaías:
Eis aqui o meu servo que escolhi,
o meu amado em quem a minha alma se agrada
Sobre ele porei o meu Espírito,
e ele anunciará o juízo aos gentios.
Não contenderá, nem clamará,
nem ouvirá alguém a sua voz nas ruas.
Não esmagará a cana quebrada,
nem apagará a torcida que fumega,
até que faça triunfar o juízo.
Em seu nome, esperarão os gentios.”
(Mateus 12:17-21)
Quando Jesus, o Servo de Deus, veio à Terra, Ele não fez um grande alarde sobre quem Ele era. Ele não brigou nem tentou provar a Si mesmo aos outros discutindo com eles. Ele não exigiu ou insistiu que os outros reconhecessem Sua verdadeira identidade. Ele não levantou Sua voz nem clamou que Ele era o Messias.
As pessoas não ouviam Sua voz nas ruas promovendo Seu nome como o Cristo. Ele se revelou humildemente. Ele se revelou tão suavemente que não quebrou uma cana rachada. Sua voz era tão suave que não apagou um pavio aceso.
Em vez de anunciar em voz alta que era o Messias, Jesus permitiu que Seus milagres, Seu caráter, Seus ensinamentos morais e profecias (como esta) proclamassem Sua identidade por Ele (João 15:24). Isso deu às pessoas a oportunidade de aceitá-Lo e amá-Lo por si mesmas. Pela fé.
Se Jesus tivesse se revelado completamente e Sua identidade, as pessoas teriam sido compelidas a reconhecê-Lo. Ninguém teria tido uma escolha livre de vir a Ele pela fé. Todos teriam sido dominados por Sua presença e pelo inescapável terror de que Ele era Deus, e teriam sido compelidos a reconhecê-Lo.
No futuro, em Sua segunda vinda, Jesus revelará Sua glória e compelirá todos a reconhecê-Lo como Rei (Romanos 14:11, Filipenses 2:10-11). Mas durante o primeiro advento de Jesus, Ele veio como Servo. As pessoas tiveram a livre escolha de acreditar ou não, e ao vir como Servo, Ele forneceu evidências mais do que suficientes para demonstrar claramente Sua identidade, deixando espaço suficiente para as pessoas aceitarem ou rejeitarem-no conforme escolhessem.
Isso é semelhante à forma como Deus tem agido ao longo da história. O que é conhecido de Deus, Sua natureza divina e caráter, é abundantemente evidente para todos que desejam ver (Romanos 1:19-20, 10:18). Mas é suficientemente velado para que todos que não desejam ver não sejam compelidos a fazê-lo (Romanos 1:18).
O SENHOR conclui o primeiro Cântico do Servo de Isaías com uma promessa profética sobre o Messias.
Não se apagará, nem será quebrado,
até que estabeleça o juízo na terra;
e as ilhas esperarão a sua lei (v.4)
O SENHOR está prometendo que Seu Servo será vitorioso.
A linha que diz que Ele não ficará se apagará significa que o Messias não ficará tão desencorajado a ponto de desistir ou abandonar Sua missão. Ele não será quebrado ou derrotado.
Vemos isso no Jardim do Getsêmani, onde Jesus, o Servo do SENHOR, não desiste, mesmo estando "angustiado e aflito" (Mateus 26:37). À medida que a hora em que Ele será torturado, humilhado, rejeitado e crucificado se aproxima, Jesus confidencia aos Seus discípulos: "Minha alma está profundamente triste, até a morte" (Mateus 26:38). No entanto, Ele permanece fiel ao plano de Seu Pai. Depois de perguntar ao Seu Pai se havia outra maneira de realizar Sua tarefa, Jesus orou: "Contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mateus 26:39). Ele não ficou desanimado. Ele perseverou.
O livro de Hebreus nos diz que Jesus perseverou por causa da grande recompensa que estava diante Dele, para compartilhar a autoridade do trono de Seu Pai, como ser humano (Hebreus 12:1-2; Filipenses 2:5-10). Ele escolheu fazer a vontade de Seu Pai, confiando que seria para o Seu melhor. Como resultado, Seu nome foi exaltado acima de todos os outros nomes, e a terra lhe foi dada como Sua recompensa (Mateus 28:18).
Devido a essa perspectiva ou mentalidade que Jesus escolheu, quando o abandono, abuso, rejeição, zombaria, tortura e morte chegaram, Ele não foi derrotado ou esmagado pela tentação de se salvar (Mateus 27:42; Filipenses 2:5). Ele não retaliou, nem protestou que ninguém O reconhecia por quem Ele era. Ele confiou em Deus (Hebreus 12:2), amou Seus inimigos (Lucas 22:34) e cumpriu Sua missão (João 19:30).
O autor de Hebreus nos encoraja a imitar a atitude de Jesus, o Servo do SENHOR,
“Considerai, pois, atentamente, aquele que tem sofrido tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas.”
(Hebreus 12:3)
Os crentes do Novo Testamento são exortados a adotar a mesma mentalidade de Jesus e a promessa é que, se seguirmos o Seu exemplo, Ele compartilhará Suas grandes recompensas conosco (Filipenses 2:5; Apocalipse 3:21).
As últimas linhas deste Cântico do Servo dizem:
Até que estabeleça o juízo na terra;
e as ilhas esperarão a sua lei.
Isso significa que Jesus, o Messias, estabelecerá juízo em toda a terra. O plano de Deus é redimir o mundo e trazê-lo de volta à harmonia com Ele. O Servo do SENHOR é o escolhido para realizar essa tarefa.
Jesus, o Messias, realizou a primeira parte dessa missão. Ele derrotou o pecado e reconciliou todos que creem Nele com Deus (João 1:12-13; João 3:16; Colossenses 2:13-14).
Tendo realizado a primeira parte de Sua missão, Jesus nos comissiona, Seus seguidores, a agir em Sua autoridade para proclamar as boas novas aos outros (Mateus 28:18-20). Devemos fazer discípulos de todas as nações, ensinando-os a observar tudo o que Ele nos ordenou. E devemos fazer isso "até os confins da terra" (Atos 1:8). O SENHOR parece estar dizendo algo semelhante sobre o alcance do Evangelho aqui em Isaías quando Ele diz: E as ilhas esperarão a sua lei (v.4).
Além disso, o fato de que as ilhas esperarão com expectativa por Sua lei sugere que todos, em todos os lugares, de um lado ao outro do mundo, anseiam pelo verdadeiro juízo. Isso é semelhante ao profeta Habacuque, que simpatiza com as "nações [que] se cansam" da injustiça (Habacuque 2:13). É também semelhante à maneira como o apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos, fala da "ansiosa expectativa da criação [que] aguarda ansiosamente a revelação dos filhos de Deus" (Romanos 8:19). Mesmo em nosso estado caído, desejamos ser corrigidos.
O problema para nós é que todos nós, como seres humanos, somos pecadores e injustos (Salmo 14:3). Todos pecamos e nos tornamos inimigos do SENHOR, que é perfeitamente Justo (Romanos 3:23). No entanto, o SENHOR também é misericordioso e enviou Seu Servo para cumprir perfeitamente a lei e perdoar todos aqueles que nele creem (João 3:16; Romanos 5:8). Deus, misericordiosamente, atribui Sua justiça a todos que creem (Gênesis 15:6; Romanos 4:3).
Jesus, o Servo do SENHOR, vai estabelecer juízo na terra. O juízo só pode ser encontrado em Cristo.
Cada pessoa na terra buscará refúgio em Cristo, o Servo do SENHOR, e será declarada justa e justificada, ou permanecerá como Sua inimiga. Cada um de nós decidirá ser justificado por Seu juízo, ou será julgado por ele.
Essa é a decisão inevitável que todos devemos tomar.
Como Jesus disse a Nicodemos, tudo o que é necessário para escapar da ira de Deus e receber Sua justiça é ter fé suficiente para olhar para Jesus, esperando ser libertado do veneno mortal do pecado (João 3:14-15).