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Significado de Judas 1:24-25

Judas louva a Deus, pois é Ele quem pode nos impedir de nos afastarmos de Sua comunhão, para que possamos ficar diante Dele um dia sem culpa e com profunda felicidade, em vez de vergonha. É Deus quem nos salvou, por meio de Seu Filho Jesus. Ele merece toda a glória para sempre, pois é soberano sobre todas as coisas ao longo de todo o tempo. Isso é o que acreditamos ser verdade.

Os dois últimos versículos da epístola de Judas apresentam uma doxologia, uma formulação de louvor a Deus, que é o objeto da fé pela qual Judas exorta os destinatários da carta a lutar.

O versículo 24 exalta a capacidade de Deus de preservar os crentes: Àquele que vos pode guardar de tropeçardes e vos apresentar diante da sua glória sem defeito, em grande gozo (v.24).

Judas acabou de advertir os crentes que tentam fortalecer a fé daqueles que tropeçaram a fazerem isso "com temor" (Judas 1:23), para que eles mesmos não tropecem. Mas a coisa na qual podem se apoiar não é a própria força. Pelo contrário, é Deus que vos pode guardar de tropeçardes. Isso é um grande conforto, o fato que este grande esforço de lutar pela fé não é algo que fazemos sozinhos. Pelo contrário, é algo que fazemos no poder de Deus.

Quando caminhamos no Seu poder, podemos esperar por um resultado glorioso: apresentar diante da sua glória sem defeito, em grande gozo. Todo crente será julgado pelas obras que realiza enquanto vive na terra (2 Coríntios 5:10). Haverá grande alegria associada ao ouvir "bem feito" (Mateus 25:21) e ver que nossas obras eram "ouro, prata, pedras preciosas" que são refinadas e preservadas no fogo do julgamento de Deus (1 Coríntios 3:12-13). Não queremos estar entre aqueles que perdem essa grande alegria.

Judas encerra com uma dedicação: Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória, majestade, domínio e poder, antes de toda a eternidade, e agora, e por todos os séculos. Amém (v.25).

Essa bênção eleva Deus como nosso Salvador. É Deus quem nos redimiu da penalidade do pecado, que nos separa da relação com Deus. Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Todo pecado foi pregado na cruz com Jesus (Colossenses 2:14), Ele suportou os pecados do mundo por nós, para que pudéssemos nos tornar a justiça de Deus nele (2 Coríntios 5:21).

Judas conclui reconhecendo que é Deus e Jesus Cristo que merecem toda a glória, majestade, domínio e poder, antes de toda a eternidade, e agora, e por todos os séculos. O alicerce de nossa fé é a crença de que Deus está acima de tudo, comanda tudo e tem o nosso melhor interesse em mente. Não é algo novo. Pelo contrário, tem sido assim antes de toda a eternidade. O eternamente existente "EU SOU" está fora do tempo e existia antes do tempo.

Não apenas isso, Deus está acima de todas as coisas agora e por todos os séculos. A tentação de Satanás tanto para Eva quanto de Jesus foi fazê-los depender de sua própria força e conhecimento, longe da dependência de seu Criador. Judas deseja o oposto e afirma que, ao dependermos do cuidado soberano de Deus sobre a criação, nós, como humanos, estamos na verdade buscando nossa maior alegria (Judas 1:24).

Para obter uma compreensão mais aprofundada sobre este tópico, os comentários sobre Hebreus 2 e Salmo 8 e xploram como Deus planejou os seres humanos para compartilhar com Jesus o domínio sobre a terra, o que restaura a humanidade ao seu plano original, para reinar sobre a terra em harmonia com Deus, a criação e uns com os outros.

Judas encerra com um simples Amém. Em nossa era moderna, tendemos a pensar que "amém" significa "a oração terminou". "Amém" é a transliteração da palavra grega "amen" e significa "assim seja" ou "é verdade". Ao adicionar "amém" ao seu comentário sobre ir para o reino celestial de Jesus, Judas provavelmente está dizendo "É verdade, e aguardo com expectativa". Curiosamente, a palavra hebraica para "amém" vem da raiz hebraica "aman", que significa "acreditar", "fé" ou "confiança". Assim, na sociedade hebraica antiga, quando se dizia Amém no final, parecia significar "Eu tenho fé/confiança no que foi dito".

Portanto, este final transcende a cultura judaica e gentílica, sendo um final apropriado para a exortação de Judas aos crentes para lutar pela fé, confiando em Deus para prover a força e acreditando que Seus caminhos são para o nosso bem.

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