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Significado de Levítico 4:22-26

Ofertas pelo pecado para o caso de um líder israelita haver cometido um pecado.

Levítico 4:22-26 amplia as ofertas pelo pecado e inclui os líderes da comunidade. As instruções estabeleciam que o pecado não intencional atingiria a todos os níveis da sociedade e que os líderes poderiam cair em tentação e pecar tão facilmente quanto qualquer outra pessoa do povo. Os líderes não estavam isentos dos requisitos da expiação e da busca pela santidade.

O texto começa assim: "Quando um líder peca e involuntariamente faz qualquer uma de todas as coisas que o Senhor seu Deus ordenou que não fossem feitas, e ele se torna culpado" (v. 22).

O termo líder aqui provavelmente se refira a alguém com autoridade sobre as pessoas, como um ancião ou juiz. O texto reconhece que os líderes, apesar de seu status elevado, eram falíveis e sujeitos às mesmas leis divinas que todos os outros, porém também tinham maior responsabilidade. Um líder era como um professor; sobre eles, Tiago diz:

“Não vos torneis, muitos de vós, mestres, meus irmãos, sabendo que receberemos um juízo mais severo.”
(Tiago 3:1)

Ao lidarmos com circunstâncias ocorridas em nosso passado pode revelar momentos nos quais falhamos em nosso relacionamento com Deus e com as pessoas. A reflexão é uma maneira pela qual pecados não intencionais podem se tornar conhecidos por nós.

Outra maneira de reconhecermos o pecado em nossas vidas é quando um amigo ou companheiro cristão nos alerta sobre ele, algo que podemos ter cometido por ignorância. A confissão e a expiação sempre foram passos importantes para sermos purificados do pecado, e ainda são hoje. Com nossas palavras, devemos primeiro confessar (1 João 1:9). Quando um pecado é trazido à nossa atenção, o sangue expiatório de Jesus nos purificará de nossa injustiça.

Mas, para esses líderes comunitários que viviam em uma era anterior ao sacrifício de Jesus, quando um "pecado que cometeu for revelado a ele, ele trará como oferta um bode, macho sem defeito" (v. 23).

A especificidade da oferta - um macho sem defeito - ressaltava a necessidade de a oferta ser perfeita diante do SENHOR. O bode era um bem valioso, significando a natureza séria do pecado. Também retratava que um sacrifício perfeito era necessário para expiar o pecado. Isso apontava para Jesus como um homem sem pecado que se tornou pecado em nosso favor (2 Coríntios 5:21).

Depois de trazer o bode, o líder que pecou porá a mão sobre a cabeça do bode e o matará no lugar onde se sacrifica o holocausto perante o Senhor; é uma oferta pelo pecado (v.24).

O ato de impor as mãos sobre o bode simbolizava a transferência da identidade e do pecado do líder para o bode. O local onde o bode era morto também era importante, pois era o mesmo lugar onde as ofertas queimadas eram feitas e onde o abate das ofertas acontecia.

O termo oferta queimada em hebraico é “oleh”, que significa “ascender”. À medida que os ofertantes observavam suas ofertas se tornarem fumaça e ascenderem ao céu, isso lhes daria uma representação fisicamente visível de uma verdade espiritual.

No Dia da Expiação, o sumo sacerdote realizava a oferta pelo pecado mais esperada do ano. Neste caso, a sorte era lançada sobre dois bodes, uma para “Azazel” (às vezes traduzido como “bode expiatório”) e a outra para “Yahweh”. O bode sobre o qual a sorte recaía como Azazel era solto no deserto depois que o sumo sacerdote colocava sua mão sobre a cabeça do bode e confessava todos os pecados do povo sobre ele.

O  bode sobre o qual a sorte recaía como Yahweh seria morto como oferta especial pelo pecado pelos pecados de toda a nação de Israel (Levítico 16:8-9). O sangue dessa oferta especial pelo pecado era trazido para dentro do véu do tabernáculo e aspergido sobre a Arca da Aliança (Levítico 16:15). Isso era um prenúncio da entrada de Cristo no véu como oferta perfeita pelo pecado, não com o sangue de bodes, mas com Seu próprio sangue (Hebreus 9:24-25).

Para aprender mais sobre como os dois bodes no Dia da Expiação prenunciavam a obra de Jesus na cruz, veja nosso artigo, “Resgate e Redenção: Jesus e Barrabás como Símbolos do Dia da Expiação".

  • Moisés intercedendo pelo povo após seu pecado de adoração ao bezerro de ouro (Deuteronômio 9:16-20);
  • Ezequias orando pela libertação de Judá dos invasores (2 Reis 19:20);
  • Daniel orando para que Judá pudesse retornar à terra (Daniel 9:20-23);
  • Os crentes do Novo Testamento podem ser grandemente encorajados pelo fato de Jesus, nosso Sumo Sacerdote, ter orado por cada um de nós, pedindo ao Pai que nos tornasse um com Ele e uns com os outros (João 17:20-23).
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