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Significado de Mateus 19:16-22
Os relatos paralelos do Evangelho quanto a este evento são encontrados em Marcos 10:17-22 e Lucas 18:18-25.
Quando Jesus estava partindo da área chamada Judéia além do Jordão (Mateus 19:1, Marcos 10:17) a caminho de Jerusalém (Marcos 10:32), alguém veio a Ele com uma pergunta séria.
Esse alguém era um jovem que possuía muitas propriedades. Lucas diz que ele era um governante e era extremamente rico (Lucas 18:18, 23). Como governante, ele era alguém de autoridade e influência. Ele também era moral e guardava os mandamentos. Este rico e jovem governante era provavelmente conhecido por sua piedade. Poucas pessoas ricas e influentes foram atraídas por Jesus e este homem foi uma delas. Ao contrário de Nicodemos, que buscou a Jesus no segredo da noite (João 3:1, 2), esse homem não tinha medo de mostrar sua admiração e grande respeito por Jesus em público.
Marcos descreve o entusiasmo e a humildade do jovem governante. Ele "correu até Ele e ajoelhou-se diante Dele" (Marcos 10:17). A visão de alguém importante correndo atrás de Jesus provavelmente teria causado um certo espanto. Os judeus não faziam isso. Correr era visto como um sinal de indignidade ou uma perda de auto-respeito. Quando alcançou Jesus, ele se ajoelhou diante Dele, mostrando a todos que Jesus era maior do que ele próprio.
Este jovem piedoso reconheceu e dirigiu-se a Jesus como uma pessoa de grande autoridade moral. Ele dirigiu-se a Jesus como "Bom mestre" (Marcos 10:17, Lucas 18:18). A palavra grega para mestres é "Didaskalos". "Didaskalos" é o termo grego usado para o termo hebraico "Rabino" (João 1:38). Os rabinos eram reverenciados na cultura judaica. Rabino era um título de honra. Os rabinos eram especialistas na Lei e profetas. Eles ensinavam como os mandamentos de Deus deveriam ser aplicados.
O governante rico, humilde, moral, influente e jovem literalmente correu atrás de Jesus de forma corajosa e sincera. Ele fez isso porque acreditava que Jesus lhe daria resposta a uma pergunta muito importante.
Seu comportamento notável, seu coração e sua fé em Jesus indicam que aquele homem acreditava em quem Jesus dizia ser ou, pelo menos, esperava que Ele pudesse ser o Messias.
Sua pergunta era: "Que coisa boa devo fazer para obter a vida eterna?" Marcos e Lucas são mais específicos do que Mateus sobre o que ele perguntou a Jesus. Eles escreveram: "O que devo fazer para herdar a vida eterna?" (Marcos 10:17; Lucas 18:18).
Obter algo significa adquiri-lo ou ganhá-lo. Obter é um termo geral. Algo pode ser obtido de várias maneiras. Pode ser comprado, pode ser descoberto ou encontrado, pode ser ganho, dado, construído, herdado, etc. Herdar algo é uma maneira específica de obter uma coisa. Herdar significa obter ou receber algo da família ou de um benfeitor. Uma herança é algo que é passado para outra pessoa. É algo que pertence legitimamente a uma pessoa, mas a transferência e a posse daquele bem podem ainda não ter ocorrido. Uma herança é obtida em um momento designado ou quando certas condições são atendidas.
O homem estava perguntando a Jesus: "Que condições que eu preciso cumprir para obter a minha herança de vida eterna?"
Porém, o que o rico e jovem governante queria dizer com vida eterna? Será que ele queria dizer "Ir para o céu e viver para sempre?" Ou será que ele queria dizer "Entrar no Reino"? O significado da vida eterna em sua pergunta é um termo crítico.
Alguns dizem que o jovem governante estava perguntando como chegar ao céu e viver lá para sempre. A Bíblia ensina que as pessoas recebem o dom da vida eterna através da fé em Jesus. Ela também nos ensina que nossas boas obras não têm nada a ver com o recebimento desse dom.
"Porque pela graça fostes salvos pela fé; e que não de vós mesmos, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie". (Efésios 2:8-9)
Jesus disse a Nicodemos que o dom da vida eterna é uma questão de crer Nele como o Filho de Deus. Ele disse a Nicodemos que tudo o que era necessário para ganhar o dom da vida eterna era ter fé suficiente para olhar para Jesus na cruz, esperando ser liberto do terrível veneno do pecado (João 3:14-16).
O dom da vida eterna é uma questão de pura graça e fé simples. No entanto, a vida eterna também é uma recompensa, algo que pode ser herdado. Isso fica claro em Romanos 2, onde Paulo diz que, no julgamento, Deus "dará a cada pessoa segundo as suas obras: àqueles que, pela perseverança em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade, a vida eterna" (Romanos 2:6-7).
Podemos ver neste versículo que a vida eterna é uma recompensa por fazer o bem e agradar a Deus, buscar Sua honra e glória, em vez da glória do mundo.
Quando consideramos como Jesus respondeu à pergunta desse homem, vemos que ela foi baseada na fidelidade, uma recompensa por fazer o bem, e não na fé salvadora. Jesus respondeu-lhe: Se você deseja entrar na vida, guarde os mandamentos. Se Jesus estava tivesse mencionado o que ele precisava fazer para viver para sempre no céu, Sua resposta teria sido contrária ao que havia dito a Nicodemos em João 3:14-16, ou seja, que era simplesmente crer Nele.
O que é muito mais provável é que Jesus estava respondendo sobre o que esse homem precisava fazer para entrar no Reino e receber suas bênçãos.
Dado o contexto do foco do Reino do Evangelho de Mateus; levando em conta quem era esse homem rico, jovem, piedoso e crente; entendendo a resposta que Jesus deu à sua pergunta; e considerando o que Jesus e Seus discípulos haviam discutido sobre esse diálogo mais tarde (Mateus 19:23-26), resta quase nenhuma dúvida sobre o que aquele homem estava perguntando a Jesus. Ele estava perguntando sobre o que precisava fazer para entrar no Reino.
Um dos principais focos de Mateus é identificar Jesus como o Messias para os judeus, o dono do Reino que poderia ser acessado através de atos de fé. Jesus é mostrado em Mateus como:
O ministério de Jesus, conforme descrito por Mateus, proclamou o Reino (Mateus 4:17). O objetivo de Jesus e daqueles que crêem Nele é abrir as portas do Reino através de uma vida fiel. É assim que podemos receber as bênçãos do Reino.
Os ensinamentos de Jesus eram sobre o Reino (Mateus 5-7; 8:10-12; 10:5-42; 12:25; 13:52; 16:24-28; 17:25-27; 18:3-4; 19:12; 19:14; 20:20-28; 26:29).
As parábolas de Jesus retratam quase exclusivamente as coisas referentes ao Reino (Mateus 13:19; 13:24; 13:31; 13:33; 13:44; 13:45; 13:47; 18:23; 20:1; 22:2; 25:1; 25:14.
As principais exortações de Jesus quanto a "buscar primeiro o Reino de Deus" (Mateus 6:33) na "Grande Comissão" (Mateus 28:18-20) têm o Reino em mente. Entramos no Reino quando buscamos o Reino. Buscamos o Reino obedecendo à Grande Comissão.
Dentro do contexto de Mateus, obter a vida eterna é sinônimo das seguintes verdades:
Observe como quatro dessas exortações começam com a palavra: entrar. Observe também que o termo entrar na vida eterna (Mateus 19:17) é a expressão exata que Jesus usou para responder àquele homem. Observe mais uma vez como "entrar no Reino" (Mateus 19:24) e "ser salvo" (Mateus 19:25) são termos usados por Jesus e Seus discípulos ao descrever o que o jovem e rico governante perdeu quando foi embora. Neste caso, "salvo" refere-se a não ser contado com os que não receberão a maior recompensa da vida.
Jesus deixa claro que a maneira de entrar na vida em sua plenitude é entrar no Reino; essa é a maneira de obter as maiores bênçãos a serem alcançadas nesta vida. Seguir a Jesus e andar em Seus caminhos é o meio pelo qual entramos em Seu Reino.
Jesus prefaciou Sua resposta ao governante rico e jovem com outra pergunta e comentário: Por que você Me pergunta sobre o que é bom? Há apenas um que é bom. Marcos e Lucas dizem: "Por que você Me chama de bom? Ninguém é bom, exceto Deus" (Marcos 10:18; Lucas 18:19).
Deus é o único Ser bom. A retórica de Jesus era um desafio e um convite a este governante influente e temente a Deus. Era um desafio e um convite a este jovem devoto - que possivelmente já cria que Jesus era o Messias - a ir ainda mais longe em Sua fé para confessar que Jesus também era Deus.
Jesus era um bom mestre moral. Nos dois milênios desde que ascendeu ao céu, muitos consideraram Seus ensinamentos morais de amar até mesmo os inimigos como o sistema de ética mais sublime que o mundo já viu. Porém, Jesus era muito mais do que meramente um bom mestre moral. Jesus desejava que aquele homem não parasse no nível de apenas reconhecer Sua bondade. Mais do que chamá-Lo de bom, Jesus desejava que o homem reconhecesse Sua divindade. Não há meio termo. Se vamos falar sobre algo bom, devemos estar conscientes e prontos para reconhecer que somente as coisas relacionadas a Deus são boas.
Então, Jesus lhe instrui sobre o que ele deveria fazer para obter e herdar a vida eterna no Reino de Deus: Se você deseja entrar na vida eterna, guarde os mandamentos. É importante notar aqui que Jesus iguala a frase “obter a vida eterna” com a frase “entrar na vida eterna”. Isso novamente ressalta que o tópico aqui não tem a ver com ganhar o dom da vida eterna através do novo nascimento, mas, sim, como entrar na vida eterna, ou seja, obter as maiores bênçãos disponíveis na vida, que é o que o jovem governante claramente desejava. Jesus afirma que a maneira de alcançar o máximo na vida é viver de acordo com os mandamentos de Deus. Deus sabe o que é melhor para nós. Seus mandamentos são dados para o nosso bem. Então, se seguirmos os mandamentos de Deus, obteremos o melhor possível da vida.
Sabemos, pelas interações que Jesus teve com os fariseus, que eles haviam subjugado Israel com seus mandamentos (Mateus 23:4, 23). Por isso o jovem respondeu: Quais?
Alguns dizem que aquele homem estava sendo inescrupuloso, tentando encontrar uma brecha para pegar Jesus. Isso é improvável, uma vez que Jesus não parece pensar assim. Jesus normalmente expunha a hipocrisia. Em vez disso, aqui, Ele dá uma resposta honesta a uma pergunta honesta e muito séria. Jesus diz especificamente quais os mandamentos que o homem deveria guardar:
“Não cometerás assassinato; Não cometerás adultério; Não roubarás; Não darás falso testemunho; Honra teu pai e tua mãe.”
Estes foram o quinto, sexto, sétimo, oitavo e nono mandamentos dos dez dados por Moisés (Êxodo 20:13-16; Deuteronômio 5:17-20). Todos eles tinham a ver com a forma de tratar as outras pessoas. Jesus resumiu esses mandamentos com o que Ele, mais tarde, identificaria como "o segundo maior mandamento": Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Levítico 19:18; Mateus 22:39).
O jovem responde: "Todas estas coisas guardo desde que era menino; o que ainda me falta?" (Marcos 10:20; Lucas 18:21).
Esta também foi uma resposta verdadeira. Jesus aceitou sua resposta honesta e franca. Ele não o desafiou ou ignorou, como muitas vezes fez com pessoas incrédulas (Mateus 11:4-6; Marcos 9:23), enganosas (João 4:16-18) ou hipócritas (Mateus 9:4; 16:4; 21:24-25; 22:18; Lucas 23:9; João 6:26; João 7:33; João 8:19).
Jesus sabia que aquele jovem era sincero.
Ele sabia como ele se esforçava para guardar os mandamentos que Jesus acabara de mencionar no melhor de suas habilidades. Ele percebeu que o homem estava muito perto de cumprir seu destino divino e obter sua herança. Ele estava quase pronto para entrar no Reino. Ele realmente havia guardado os mandamentos e agora estava perguntando a Jesus o que mais deveria fazer para obter a vida eterna.
Marcos diz que quando Jesus ouviu a resposta daquele homem, Ele o olhou nos olhos e "sentiu amor por ele" (Marcos 10:21). O homem realmente era notável. Ele havia exibido o tipo de zelo e devoção que Jesus buscava. E ele havia expressado um entusiasmado interesse em seguir a Jesus. Mas o jovem expressou a Jesus que algo estava faltando. Ele tinha a sensação de que havia mais na vida do que o que ele estava experimentando. Assim, dada a fome e o desejo sincero expressos pelo jovem, Jesus deu-lhe uma resposta direta.
Jesus prefaciou assim Sua resposta: "Uma coisa vos falta (Marcos 10:21; Lucas 18:22). Mateus registrou assim as palavras de Cristo: Se você deseja ser completo. O termo grego para completo é "teleios". Significa "perfeito" ou "realizado". "Teleios" carrega a sensação de realizar ou alcançar um objetivo ou propósito. É a mesma palavra que Jesus usou no Sermão da Montanha quando disse: "Sede perfeitos":
"Portanto, sede vós perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito." (Mateus 5:48)
Isso é um grande desafio. A resposta de Jesus se aplica a qualquer um que tenha a coragem de perguntar: "Como posso obter o máximo absoluto disponível para mim nesta vida?"
O jovem e rico governante era uma pessoa moral, mas ele tinha humildade suficiente para saber que ainda faltava alguma coisa. Caso contrário, ele não teria vindo a Jesus com aquela pergunta. Jesus estava completamente pronto a ajudá-lo a ser completo e responde: Se você realmente deseja ser completo, aqui está o que você deve fazer: Vá, venda todas as suas posses e dê tudo aos pobres, e você terá tesouro no céu, e venha Me seguir. A recomendação de Jesus é que ele alterasse o tipo de investimento desta vida para a próxima, de alcançar tesouros nesta terra para alcançar tesouros no céu. Como sempre, isso é um paradoxo. A maneira de ganhar mais nesta vida é abrir mão de tudo aqui em preparação para a vida eterna.
Se o jovem tivesse finalmente respondido: "Ok, eu estou fazendo isso", Jesus poderia ter dito: "Prazer em conhecê-lo e feliz por estar no bom caminho". Mas o jovem rico está perguntando a Jesus como tirar o máximo proveito da vida. Jesus sabia que, por mais devoto que aquele jovem fosse, ele tinha um obstáculo no caminho de alcançar o máximo da vida. Ele era rico em tesouros terrenos, que logo desapareceriam. Jesus lhe estava instruindo sobre como armazenar tesouros no céu (Mateus 6:19-20).
O que exatamente Jesus quis dizer com ir, vender tudo e dar aos pobres? Parece que, neste caso, Jesus quis literalmente dizer: Venda tudo, dê aos pobres e torne-se pobre. O jovem estava diante da oportunidade de se tornar um discípulo de Cristo na terra. Talvez ele pudesse tomar um lugar entre os principais discípulos, até mesmo o lugar de Judas. Jesus morreria em breve e Seus discípulos se dispersariam. Posses e outras responsabilidades seriam um obstáculo para a propagação do Evangelho ao mundo.
Jesus estava literalmente pedindo àquele homem que vendesse tudo. É importante notar que Jesus não disse: "Venda tudo o que você tem e dê para o Meu ministério". Era um mandamento universal para todos literalmente venderem todas as suas posses e dá-las aos pobres? Claramente não. Caso contrário, toda a sociedade cristã estaria em um ciclo constante de repassar propriedades adiante, como se fossem batatas quentes. Tal atitude promoveria o caos e a desordem, em vez de harmonia e desenvolvimento humano. Isso iria contra o mandato da Criação de sermos mordomos frutíferos e fiéis com as posses que Deus dá aos homens (Gênesis 1:28).
No entanto, a admoestação de Jesus ao jovem governante tem uma aplicação literal a todos os crentes.
Ao aconselhá-lo a vender e dar suas propriedades, Jesus o estava convidando a dar seu coração totalmente ao Reino (Mateus 6:21). Ele o estava convidando a perder sua "psuche" (vida) por Sua causa, para que pudesse encontrá-la em Cristo (Mateus 16:25). Ele o estava convidando a entrar na vida eterna pela porta estreita (Mateus 7:13). Esta passagem convida cada crente a submeter tudo o que ele possui a Deus, para que Ele use como achar melhor. É um convite a viver a vida como mordomos de tudo o que possuímos, administrando nossas posses para o Reino de Deus. Às vezes, isso pode incluir dar tudo, ou dar uma grande parte do que temos. Deus nos deu todas as coisas (1 Timóteo 6:17). Mas o dinheiro é um mestre severo e, se o servirmos, ele nos levará à perda da alegria. É por isso que Paulo instruiu aos que eram ricos a serem generosos (1 Timóteo 6:18).
Jesus nos está ensinando para contar nossas posses terrenas como perdas e considerar tudo o que possuímos como recursos para o Reino. Isso faz parte da atitude que levará qualquer um de nós a obter a vida eterna, ou a entrar na vida no Reino, significando "ganhar o máximo disponível nesta vida". Isso, é claro, requer muita fé. Devemos crer que as recompensas que alcançaremos ao acumularmos tesouros no céu excederão em muito as recompensas as quais podemos esbanjar nesta vida. A principal oportunidade que podemos alcançar nesta vida é aprender a amar a Deus e uns aos outros pela fé. Esta é uma oportunidade preciosa que temos nesta vida. Na próxima vida, conheceremos a Deus face a face (Apocalipse 21:22-23). Conhecer a Deus pela fé é uma oportunidade tão incrível que os anjos observam a igreja a fim de aprender mais sobre Ele (Efésios 3:10).
O que você ganhará, jovem e rico governante, se mantiver seus tesouros e perder sua vida ("psuche") e a herança da vida eterna no Reino? (Mateus 16:26). Cada um de nós pode aplicar esse princípio "dando" a Deus o que já é Dele e viver a vida como bons mordomos. Tudo o que possuímos está apenas passando por nossas mãos. A única coisa que podemos levar conosco é o que investimos na vida eterna.
Jesus deu ao jovem um grande conselho de investimento: acumule tesouros no céu. Todos nós podemos fazer o mesmo.
Mateus escreveu: Mas quando o jovem ouviu essa declaração, ele foi embora triste; pois era alguém que possuía muitas propriedades. Deus ama ao que dá com alegria (2 Coríntios 9:7). Se desejamos colher muito, isso requer que semeemos generosidade nesta vida (Gálatas 6:7). Se vivermos a vida como bons mordomos, viveremos sem medo da perda, pois já reconhecemos que tudo pertence a Deus. Se nos apegarmos às coisas desta vida, perderemos grandes bênçãos e recompensas, assim como o jovem rico perdeu.
O que Jesus lhe disse para fazer o entristeceu muito. Aquele notável jovem decidiu se afastar das bênçãos do Reino porque seu coração estava sobrecarregado com os tesouros terrenos. Ele não conseguiu deixar tudo o que tinha e seguir a Jesus porque tinha muitas propriedades. Ele seguiu ao seu coração (Mateus 6:24). Estava tão perto de entrar na experiência mais completa da vida eterna, mas tomou a porta e o caminho largos naquele dia (Mateus 7:13). É provável que o jovem governante tenha ganho uma recompensa parcial, em vez da recompensa total. João adverte os discípulos sobre isso em sua segunda epístola:
"Vigiai-vos, para que não percais o que realizamos, mas para que possais receber uma recompensa completa." (2 João 1:8)