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Significado de Mateus 1:11
Josias foi o filho e sucesso de Amon. Ele foi considerado o rei mais fiel de Judá (e Israel): Não houve antes dele rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse a Jeová de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua força, conforme toda a lei de Moisés; nem depois dele, lhe houve outro semelhante” (2 Reis 23:25).
Josias tinha apenas oito anos de idade quando foi coroado rei, após o assassinato de seu pai. Conforme crescia, Josias começou a buscar a Deus pessoalmente, antes de destruir os altares e ídolos de falsos deuses na terra, e executar seus sacerdotes. No ano dezoito de seu reinado, Hilquias, o sumo sacerdote descobriu o “Livro da Lei” (os eruditos especulam que eram porções de Deuteronômio). Ao lê-lo, o rei Josiasi conduziu Judá a um reavivamente nacional, já que o povo começou a se arrepender de seus pecados e voltar-se ao Senhor. Josias morreu aos trinta e nove anos de uma ferida mortal na batalha contra o Egito. Sua morte foi lamentada em toda a terra (2 Reis 22:1 - 23:30 e 2 Crônicas 34-35).
Mateus conclui a linhagem dos reis, de Davi até o exílio na Babilônia, com a seguinte frase: “Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos no tempo do exílio em Babilônia.” Poderíamos dizer que Josias foi o avô de Jeconias. Mateus aplicou o costume de se referir aos avôs como “pais”. O termo “avô” é apresentado na Nova Versão Americana Padrão (NASP, usada pelo site ABíbliaDiz) duas vezes. A primeira é a tradução de uma palavra hebraica que literalmente significa “pai” (2 Samuel 9:7). A segunda é a tradução do termo “pais de teus pais” (Êxodo 10:6). Josias teve dois filhos, que também foram reis. Os nomes deles eram Jeoacaz e Jeoaquim. Mateus simplesmente se refere a eles como irmãos de Jeconias.
Jesus não era descendente de Jeoacaz.
José foi descendente de Jeoaquim, pai de Jeconias, citado por Mateus na genealogia de Cristo.
Jeconias foi o neto de Josias, além de filho e sucessor de Jeoaquim. Como seu avô Josias, Jeconias (ou Jeoaquim) tinha oito anos de idade quando foi coroado rei. Sua mãe, Neústa, reinou como sua regente. Jeconias (e Neústa) fizeram o que era mal aos olhos do Senhor e seu reinado foi encerrado em três meses, quando foram deportados para a babilônia (2 Reis 24:8-16; 2 Crônica 36:9-10; Ester 2:6; Jeremias 24:1).
A herança legal do rei Jesus por intermédio de José descendia deste rei deposto, que passou sua vida adulta inteira no exílio.
Antres da deposição e deportação de Jeconias, Jeremias profetizou o seguinte sobre o jovem rei:
Pela minha vida, diz Jeová, ainda que Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, fosse o anel do selo na minha mão direita, contudo, dalí te arrancaria. Entregar-te-ei nas mãos dos que procuram tirar-te a vida e nas mãos daqueles a quem temes, a saber, nas mãos de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e nas mãos dos caldeus. A ti e a tua mãe, que te deu à luz, lançar-vos-ei para outro país, em que não nascestes; e ali morrereis. Mas para a terra, para que a alma deles almeja voltar, para lá não voltarão. (...) Assim diz Jeová: Escreve que este homem não terá filhos, homem que não prosperará nos seus dias; pois nenhum da sua linhagem prosperará, sentado sobre o trono de Davi e reinando daqui em diante em Judá.” (Jeremias 22:24-27, 30).
Deus não apenas remove o reino de Jeconias, mas acaba com sua linhagem. (Seu tio, Zedequias, foi coroado por Nabucodonozor em seu lugar). Isso é muito irônico, já que o a palavra Jeconias significa “Jeová coroa”. O fato mais significativo sobre este rei é que ele foi descoroado por Deus de forma dura e dolorosa.
Então, por que é que Mateus inclui a Jeconias na ancestralidade de Jesus, o verdadeiro Rei? E por que é que Deus desfere um golpe tão duro neste homem que acaba sendo um ancestral de Jesus mais tarde? Será que Deus se contradiz?
De forma alguma. A genealogia registrada por Mateus passa por José, o esposo de Maria. A genealogia de Maria é encontrada no evangelho de Lucas. E ainda que ela seja descendente do rei Davi, ela não é descendente dele através de Jeconias. Isso transforma Jesus no herdeiro legal do trono, porque ele é o filho legal de José, porém sem consanguinidade com Jeconias, o último rei de Judá não-vassalo, a cujos descendentes Deus amaldiçoou. Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. Portanto, Jesus possui direito legal sobre o trono real, sem que seja um descendente genealógico de Jeconias.
Como podemos ver neste breve relato histórico, o reino de Judá sofreu debaixo da liderança maligna da maioria de seus reis. Como mostram os livros de 1 e 2 Crônicas, a deportação para a Babilônia foi uma provisão de Deus em relação à Sua aliança com Israel. Como governador supremo, Ele sempre os removia da terra quando fossem desobedientes (Deuteronômio 4:25-34; 1 Crônicas 9:1).