Marcos 7:14-16 mostra Jesus chamando a multidão para Si. Ele responde à acusação dos fariseus com um provérbio marcante. Ele ensina que não são os rituais externos que tornam uma pessoa limpa ou santa, mas a condição interior do coração. A verdadeira santidade flui da harmonia interior com Deus, não de demonstrações exteriores destinadas a se exibir.
O relato paralelo do Evangelho para Marcos 7:14-16 é encontrado em Mateus 15:10-11.
Em Marcos 7:14-16, Jesus ensina à multidão que nada que esteja fora de uma pessoa pode contaminá—la, entrando nela, mas sim o que sai da pessoa que a contamina.
Os fariseus e escribas acusaram publicamente os discípulos de Jesus de serem impuros e, por implicação, questionaram a autoridade moral de Jesus, já que Seus seguidores quebraram a tradição dos anciãos ao comer pão sem primeiro lavar as mãos adequadamente (Marcos 7:5).
Em Sua resposta, Jesus expôs a hipocrisia deles por elevarem suas leis da Mishná — isto é, a tradição oral dos anciãos — acima da Lei de Moisés. Além disso, eles usavam essas regras humanas para criar brechas na Lei Mosaica. Desse modo, sua tradição era empregada para anular a própria Palavra de Deus (Marcos 7:13). Dessa forma, Jesus não apenas inverteu a armadilha que buscava rotulá—Lo como um rabino fraudulento que infringia a tradição, mas também expôs como eram eles que verdadeiramente violavam as Leis de Deus.
No entanto, embora Jesus tivesse escapado da armadilha e repreendido os fariseus e escribas como mestres morais corruptos, Ele não refutou a acusação deles.
Marcos 7:14-16 conclui essa interação pública quando Jesus volta sua atenção para a multidão para ensinar—lhes uma lição importante.
Chamando ele de novo a multidão… (v.14a).
A preposição — depois — refere—se à intensa conversa de Marcos 7:1-13 entre Jesus e os fariseus. Uma vez encerrada, Jesus chamou a multidão, que aparentemente testemunhou e ouviu toda a conversa, para junto de Si novamente. Ele estava pronto para abordar diretamente a acusação que haviam feito contra Seus discípulos e Seu ministério como Rabi..
Mais uma vez, a acusação dos fariseus e escribas era que os discípulos de Jesus estavam se contaminando, pois quebraram a tradição dos anciãos ao comer pão sem primeiro lavar as mãos.
Jesus dirigirá essa acusação à multidão com um ensinamento direto e intercalará esse ensinamento com um chamado para que Seu público ouça e entenda/escute o que ele significa.
Jesus usa um quiasmo simples para ilustrar Seu ponto de vista.
Um quiasmo é um padrão poético de declarações ou ideias cujo arranjo se assemelha à forma da letra grega Chi (Χ), que corresponde ao "X" no alfabeto português. Os quiasmas possuem uma estrutura espelhada que segue a ordem ABC…C'B'A'. O ponto central da mensagem está localizado no meio do padrão, de modo que, à medida que as ideias convergem, o quiasmo se aproxima da afirmação mais importante antes de se desenrolar na sequência inversa. Os quiasmas são encontrados por toda a Escritura, sendo uma forma retórica comumente utilizada pelos judeus para expressar seus pensamentos.
Aqui estão as declarações de Jesus em Marcos 7:14-16 organizadas em um esboço quiástico:
A. “Ouvi—me todos e entendei: (v.14c)
B. Nada há fora do homem que, nele entrando, possa contaminá—lo; (v.15a)
B'. pelo contrário, as coisas que saem dele são as que o contaminam. (v.15b)
A'. [Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.].” (v.16)
O ponto principal do ensinamento de Jesus são as duas declarações espelhadas no centro do quiasma:
Não há nada fora do homem que possa contaminá—lo se entrar nele;
Mas o que sai do homem é o que o contamina.
Agora que vimos a estrutura quiástica da mensagem de Jesus, consideraremos cada declaração dentro dela, enquanto Ele refutou a acusação dos fariseus de que Seus discípulos eram impuros porque não lavavam as mãos antes de comer pão.
Ele começou a dizer—lhes: Ouvi—me todos e entendei (v.14b).
Jesus começou chamando toda a Sua audiência ( todos vocês ) para ouvir e prestar muita atenção ao que Ele estava prestes a dizer. Eles precisariam ouvir atentamente para entender.
No contexto desta passagem, esta era a maneira de Jesus chamar a atenção de todos para se livrar publicamente das calúnias dos fariseus e escribas.
Jesus então abordou diretamente o cerne da questão.
“Nada há fora do homem que, nele entrando, possa contaminá—lo; pelo contrário, as coisas que saem dele são as que o contaminam.” (v. 15)
O ponto que Jesus explica posteriormente aos seus discípulos, em Marcos 7:17-23, é que não é o que uma pessoa come — ou seja, o que entra em seu corpo — que a torna justa ou injusta, mas sim aquilo que procede do seu coração: os pensamentos, as palavras e as ações que a caracterizam como justa ou injusta.
Há duas partes neste ensinamento.
A primeira parte do ensinamento de Jesus é: não há nada fora do homem que possa contaminá—lo se entrar nele.
Esta afirmação declara que os fariseus e sua tradição estão errados. Eles acreditavam que uma pessoa era moralmente impura e injusta se comesse sem lavar as mãos. Mas, como Jesus apontou, eles estão enganados nessa crença, pois não há nada fora do homem que possa contaminá—lo, se entrar nele.
A segunda parte do ensinamento de Jesus é: mas o que sai do homem é o que contamina o homem.
Nesta passagem, Jesus declara o que realmente torna uma pessoa justa ou injusta: é aquilo que procede do seu coração. Com essa afirmação, Ele corrige diretamente o erro teológico que os líderes religiosos estavam usando para condenar os Seus discípulos.
Mais uma vez, não são fatores externos como a impureza física ou a comida que tornam uma pessoa pecadora, impura ou impura diante de Deus. Em vez disso, são as palavras e as ações de uma pessoa que a contaminam. Não é o que ela consome, mas o que vem do seu coração, que traz condenação.
Esse pensamento é explicado melhor no ensinamento de Jesus em Lucas 6:45:
“O homem bom do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau do mau tesouro tira o mal; porque a sua boca fala o de que está cheio o coração.” (Lucas 6:45)
Quando Jesus contou às multidões (em Marcos) sobre o que não tornava um homem impuro e o que o tornava, Jesus pediu à multidão que ouvisse e entendesse o que Ele estava dizendo.
[Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.] (v. 16).
Esse era um refrão comum que Jesus usava em vários de Seus ensinamentos públicos.
Jesus estava exortando as multidões a usarem seus ouvidos e suas mentes para ouvir o que Ele estava ensinando. Elas deveriam ouvir e refletir sobre o que Ele dizia, se quisessem realmente ouvir e entender Seus ensinamentos.
Na próxima seção (Marcos 7:17-23), os discípulos pedirão a Jesus que explique o significado desse ensinamento.
Marcos 7:14-16
14 Chamando ele de novo a multidão, disse-lhe: Ouvi-me todos e entendei.
15 Nada há fora do homem que, nele entrando, possa contaminá-lo; pelo contrário, as coisas que saem dele são as que o contaminam.
Marcos 7:14-16 explicação
O relato paralelo do Evangelho para Marcos 7:14-16 é encontrado em Mateus 15:10-11.
Em Marcos 7:14-16, Jesus ensina à multidão que nada que esteja fora de uma pessoa pode contaminá—la, entrando nela, mas sim o que sai da pessoa que a contamina.
Os fariseus e escribas acusaram publicamente os discípulos de Jesus de serem impuros e, por implicação, questionaram a autoridade moral de Jesus, já que Seus seguidores quebraram a tradição dos anciãos ao comer pão sem primeiro lavar as mãos adequadamente (Marcos 7:5).
Em Sua resposta, Jesus expôs a hipocrisia deles por elevarem suas leis da Mishná — isto é, a tradição oral dos anciãos — acima da Lei de Moisés. Além disso, eles usavam essas regras humanas para criar brechas na Lei Mosaica. Desse modo, sua tradição era empregada para anular a própria Palavra de Deus (Marcos 7:13). Dessa forma, Jesus não apenas inverteu a armadilha que buscava rotulá—Lo como um rabino fraudulento que infringia a tradição, mas também expôs como eram eles que verdadeiramente violavam as Leis de Deus.
No entanto, embora Jesus tivesse escapado da armadilha e repreendido os fariseus e escribas como mestres morais corruptos, Ele não refutou a acusação deles.
Marcos 7:14-16 conclui essa interação pública quando Jesus volta sua atenção para a multidão para ensinar—lhes uma lição importante.
Chamando ele de novo a multidão… (v.14a).
A preposição — depois — refere—se à intensa conversa de Marcos 7:1-13 entre Jesus e os fariseus. Uma vez encerrada, Jesus chamou a multidão, que aparentemente testemunhou e ouviu toda a conversa, para junto de Si novamente. Ele estava pronto para abordar diretamente a acusação que haviam feito contra Seus discípulos e Seu ministério como Rabi..
Mais uma vez, a acusação dos fariseus e escribas era que os discípulos de Jesus estavam se contaminando, pois quebraram a tradição dos anciãos ao comer pão sem primeiro lavar as mãos.
Jesus dirigirá essa acusação à multidão com um ensinamento direto e intercalará esse ensinamento com um chamado para que Seu público ouça e entenda/escute o que ele significa.
Jesus usa um quiasmo simples para ilustrar Seu ponto de vista.
Um quiasmo é um padrão poético de declarações ou ideias cujo arranjo se assemelha à forma da letra grega Chi (Χ), que corresponde ao "X" no alfabeto português. Os quiasmas possuem uma estrutura espelhada que segue a ordem ABC…C'B'A'. O ponto central da mensagem está localizado no meio do padrão, de modo que, à medida que as ideias convergem, o quiasmo se aproxima da afirmação mais importante antes de se desenrolar na sequência inversa. Os quiasmas são encontrados por toda a Escritura, sendo uma forma retórica comumente utilizada pelos judeus para expressar seus pensamentos.
Aqui estão as declarações de Jesus em Marcos 7:14-16 organizadas em um esboço quiástico:
A. “Ouvi—me todos e entendei: (v.14c)
B. Nada há fora do homem que, nele entrando, possa contaminá—lo; (v.15a)
B'. pelo contrário, as coisas que saem dele são as que o contaminam. (v.15b)
A'. [Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.].” (v.16)
O ponto principal do ensinamento de Jesus são as duas declarações espelhadas no centro do quiasma:
Não há nada fora do homem que possa contaminá—lo se entrar nele;
Mas o que sai do homem é o que o contamina.
Agora que vimos a estrutura quiástica da mensagem de Jesus, consideraremos cada declaração dentro dela, enquanto Ele refutou a acusação dos fariseus de que Seus discípulos eram impuros porque não lavavam as mãos antes de comer pão.
Ele começou a dizer—lhes: Ouvi—me todos e entendei (v.14b).
Jesus começou chamando toda a Sua audiência ( todos vocês ) para ouvir e prestar muita atenção ao que Ele estava prestes a dizer. Eles precisariam ouvir atentamente para entender.
No contexto desta passagem, esta era a maneira de Jesus chamar a atenção de todos para se livrar publicamente das calúnias dos fariseus e escribas.
Jesus então abordou diretamente o cerne da questão.
“Nada há fora do homem que, nele entrando, possa contaminá—lo; pelo contrário, as coisas que saem dele são as que o contaminam.” (v. 15)
O ponto que Jesus explica posteriormente aos seus discípulos, em Marcos 7:17-23, é que não é o que uma pessoa come — ou seja, o que entra em seu corpo — que a torna justa ou injusta, mas sim aquilo que procede do seu coração: os pensamentos, as palavras e as ações que a caracterizam como justa ou injusta.
Há duas partes neste ensinamento.
A primeira parte do ensinamento de Jesus é: não há nada fora do homem que possa contaminá—lo se entrar nele.
Esta afirmação declara que os fariseus e sua tradição estão errados. Eles acreditavam que uma pessoa era moralmente impura e injusta se comesse sem lavar as mãos. Mas, como Jesus apontou, eles estão enganados nessa crença, pois não há nada fora do homem que possa contaminá—lo, se entrar nele.
A segunda parte do ensinamento de Jesus é: mas o que sai do homem é o que contamina o homem.
Nesta passagem, Jesus declara o que realmente torna uma pessoa justa ou injusta: é aquilo que procede do seu coração. Com essa afirmação, Ele corrige diretamente o erro teológico que os líderes religiosos estavam usando para condenar os Seus discípulos.
Mais uma vez, não são fatores externos como a impureza física ou a comida que tornam uma pessoa pecadora, impura ou impura diante de Deus. Em vez disso, são as palavras e as ações de uma pessoa que a contaminam. Não é o que ela consome, mas o que vem do seu coração, que traz condenação.
Esse pensamento é explicado melhor no ensinamento de Jesus em Lucas 6:45:
“O homem bom do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau do mau tesouro tira o mal; porque a sua boca fala o de que está cheio o coração.”
(Lucas 6:45)
Quando Jesus contou às multidões (em Marcos) sobre o que não tornava um homem impuro e o que o tornava, Jesus pediu à multidão que ouvisse e entendesse o que Ele estava dizendo.
[Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.] (v. 16).
Esse era um refrão comum que Jesus usava em vários de Seus ensinamentos públicos.
Jesus estava exortando as multidões a usarem seus ouvidos e suas mentes para ouvir o que Ele estava ensinando. Elas deveriam ouvir e refletir sobre o que Ele dizia, se quisessem realmente ouvir e entender Seus ensinamentos.
Na próxima seção (Marcos 7:17-23), os discípulos pedirão a Jesus que explique o significado desse ensinamento.