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Significado de Números 5:11-15
A primeira parte desta seção, versículos 11-15, introduz a lei relativa à infidelidade conjugal suspeita, porém não verificada, por parte da esposa.
Para introduzir a próxima seção, o Senhor falou a Moisés (v. 11). Novamente, a discussão desta seção começa com o SENHOR, não com Moisés. O SENHOR diz a Moisés que falasse aos filhos de Israel (v. 12).
O cenário discutido aqui é quando a esposa de algum homem se desviar e for infiel a ele. As especificidades envolvidas eram:
Em outras palavras, a situação aqui é a de uma esposa que teve relações sexuais com outro homem diferente de seu marido e eles conseguem manter isso em segredo. Ao contrário dos dois casos anteriores, que eram externos e facilmente observados, essa situação envolvia ações feitas em segredo e não observadas.
Apesar de estar escondido, o cenário era grave. Era uma violação do sétimo mandamento (Êxodo 20:14), tornando-o não apenas uma violação dos votos matrimoniais, mas também uma ofensa contra o SENHOR. Ter famílias estáveis é essencial para que uma sociedade se autogoverne e para que cada geração seja ensinada a amar ao próximo como a si mesma. Portanto, a fidelidade no casamento é uma alta prioridade.
A lei se aplicava a um marido que suspeitasse de adultério por parte de sua esposa: Se o marido, tomado dum espírito de ciúmes, se abrasar contra a mulher, que, de fato, se contaminou; ou tomado dum espírito de ciúmes, se abrasar contra a mulher que não se contaminou (v. 14). Observe a terminologia usada aqui: “espírito de ciúmes”. Não era um "espírito de inveja". O ciúme é o desejo de proteger aquilo que está em nossa responsabilidade proteger, aquilo que é nosso por direito. A inveja é um desejo por aquilo que não é nosso por direito. O marido deveria agir independentemente de ter ou não provas da culpa da esposa. Ao fazer isso, a relação seria curada, independentemente de o problema ser real ou apenas suspeito.
Deus tem ciúmes de Seu povo nesse mesmo sentido. Ele deseja proteger e andar em íntima comunhão com ele, para seu próprio benefício (Números 25:13; Deuteronômio 4:24; 5:9; 6:15; Josué 24:19). O Antigo Testamento retrata ao Senhor como o marido de Israel. O Novo Testamento retrata a Jesus como o marido da igreja (Efésios 5:31-32).
Para descobrir se havia ocorrido adultério, o marido ciumento deveria levar sua esposa ao sacerdote (v. 15). Sua culpa ou inocência não seria determinada pelas emoções do marido. Ele também deveria trazer como oferenda por ela um décimo de uma refeição de cevada. Esta oferenda era especial, pois o grão usado aqui era a "cevada". Geralmente, a oferta de grãos era composta pelo trigo. A cevada era mais barata que o trigo e era o grão comido pelos pobres e pelo gado (Juízes 7:13; 2 Reis 4:42), podendo representar a pequenez do motivo da acusação contra a esposa.
O marido era instruído a não derramar óleo sobre ele nem colocar incenso sobre ele. Ou seja, ele não deveria fazer aquilo que só um sacerdote estava autorizado a fazer. A razão era aquela seria uma oferta de grãos pelo ciúme, uma oferta de grãos memorial, uma lembrança da iniquidade cometida. A expressão “oferta de ciúmes” só é usada aqui; assim, não temos o contexto para saber sobre seu significado exato. Esta oferta era necessária porque o adultério quebrava a comunhão do alicerce fundamental de uma sociedade autônoma. Os mandamentos de Deus eram para o bem de cada pessoa, bem como de toda a nação. Pecar contra o outro significava pecar contra o SENHOR e por isso uma oferta era necessária.
A frase “lembrança da iniquidade” significa literalmente o que o termo diz. A idéia aqui era a de que a oferta fosse dada para trazer à lembrança do Senhor a iniquidade da pessoa, a fim de que Ele a julgasse.