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Significado de Números 5:29-31
Essa lei era chamada de “lei do ciúme” (v. 29). Ela deveria ser aplicada quando um dos ítens a seguir acontecesse:
Se qualquer uma das situações ocorresse, o marido deveria fazer com que a mulher viesse diante do Senhor, e o sacerdote aplicaria toda essa lei a ela, conforme descrito nos versículos 11-28.
A estipulação última da lei do ciúme era que o homem estaria livre de culpa, mas a mulher suportaria sua culpa (v. 31). Se a esposa fosse ou não achada culpada do adultério, o marido não deveria ser responsabilizado por nada. Se sua esposa fosse culpada, no entanto, ela sofreria as consequências.
A "lei do ciúme" aqui apresentada foi projetada para proteger a mulher de ser ferida ou morta por seu marido enfurecido. Era tarefa do Senhor julgar se ela fosse culpada ou protegê-la se ela fosse inocente.
Havia uma lei semelhante para os maridos infiéis? Se um homem tivesse relações sexuais com uma virgem, ele era obrigado a pagar a restituição e se casar com a mulher (Deuteronômio 22:28). Durante esta época, Deus permitia que os homens se casassem com várias esposas. Este não era o desígnio de Deus, conforme observado por Jesus (Mateus 19:3-12). Porém, Deus faz algumas acomodações para o pecado e os corações endurecidos (Mateus 19:8). Deus é misericordioso e ajuda as pessoas a crescerem como podem, desde que busquem crescer. É encorajador notar que Abraão obedeceu apenas parcialmente a Deus por muitos anos. Foi somente depois de ele se separar de Ló que ele finalmente seguiu à admoestação de Deus para deixar sua casa, bem como sua família (Atos 7:2-3; Gênesis 13:14).
Pode ser o caso de que, pelo fato de o homem estar diretamente sob a autoridade do SENHOR, caso ele fosse infiel, o SENHOR lidaria diretamente com ele. Esperava-se que os homens fossem inteiramente fiéis a Deus, assim como as mulheres. O adultério era uma afronta à comunidade autônoma ordenada por Deus e, portanto, à santidade de Deus, não importava quem cometesse tal pecado.
Deus parece ter suspendido a lei do ciúme devido à infidelidade e falta de liderança dos homens. Podemos ver evidências disso em Oséias, onde Deus diz:
"Não castigarei vossas filhas, quando fornicarem, nem vossas noivas, quando cometerem adultério; porque eles se retiram com as meretrizes e com as prostitutas sacrificam; e o povo que não tem entendimento será subvertido" (Oséias 4:14).
Este versículo parece indicar que Deus estava revogando a consequência da infidelidade das mulheres sob essa provisão. Os homens eram culpados de levar suas comunidades ao culto pagão e o culto pagão era repleto de exploração sexual. Portanto, Deus não estava mais responsabilizando as mulheres - elas estavam apenas seguindo aos costumes estabelecidos pelos homens.
Conforme estabelecido em Oséias, uma vez que Israel havia sido infiel a Deus, como seu marido, Ele os entregou aos invasores. Tanto Israel quanto Judá foram levados ao exílio como consequência de sua infidelidade (1 Crônicas 9:1). Talvez essa "lei do ciúme" fosse um retrato de como Deus lidaria com Israel caso eles cometessem adultério contra Ele. O livro de Oséias e o capítulo 16 de Ezequiel aplicam a ilustração de Deus como marido a uma esposa adúltera.
Embora não estejam sob essa lei, os crentes do Novo Testamento são instruídos a não cometerem adultério, sob o risco de serem julgados e perderem as bênçãos de Deus, que é a recompensa da fidelidade (Hebreus 13:4; 1 Pedro 3:7; 1 Coríntios 3:10-15; 2 João 1:8; Colossenses 2:18). Além de levar à perda das recompensas de Deus, o pecado também cria consequências adversas nesta vida (Romanos 1:24,, 2628; Gálatas 6:8). Paulo nos diz que o pecado sexual tem uma consequência adversa maior, pois é um pecado contra nosso próprio corpo (1 Coríntios 6:18).