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Significado de Números 9:9-13

Esta porção do texto traz a resposta para o problema apresentado nos três versículos anteriores. A questão era que certos homens haviam tocado um cadáver (tornando-os impuros) e, portanto, estavam desqualificados para celebrar a Páscoa, ou violariam a ordem do Senhor. A resposta de Deus foi que os homens naquela situação poderiam, sim, celebrar a Páscoa. A seção inclui o alerta de que uma pessoa que estivesse limpa e pudesse celebrar a Páscoa e não o fizesse seria declarada culpada e seria separada do povo.

O SENHOR, então, falou a Moisés (v. 9) sobre o tema daqueles que haviam tocado um cadáver e, portanto, não podiam celebrar a Páscoa. Sua resposta a Moisés inclui dois cenários. O primeiro diz respeito à questão que Moisés acabara de apresentar a Deus: Se alguém entre vós ou entre as vossas gerações estiver imundo por ter tocado num cadáver (v. 10). Embora tocar um cadáver tornasse a pessoa cerimonialmente impura, aquilo não era um pecado. Era uma necessidade ocasional. É claro, seria uma ocorrência comum entre o povo. Assim, o SENHOR faz uma acomodação à lei.

O SENHOR expande a lei e inclui um segundo cenário: Se achar em viagem em terra longínqua. A situação aqui era quando uma pessoa estava muito longe de Israel para celebrar a Páscoa a seu tempo. Isso também acontecia regularmente, especialmente mais tarde, quando eles passariam a habitar a Terra Prometida. Assim, os que se encaixassem em qualquer um desses dois cenários poderiam observar a Páscoa do Senhor.

Porém, não lhes seria permitido celebrá-la com os que estivessem purificados. Em vez de celebrarem a Páscoa no primeiro mês do ano, conforme especificado em Êxodo 12:1-6, essas pessoas são instruídas a guardar a Páscoa no segundo mês, no décimo quarto dia no crepúsculo (v. 11), exatamente um mês depois. Assim como os levitas substituíram aos primogênitos, esta data posterior seria a substituição da impossibilidad de celebrar a festa na data correta.

Exatamente como na celebração regular da Páscoa, eles a comerão com pães ázimos e ervas amargas (v. 12). Esses itens conectavam a Páscoa e a Festa dos Pães Ázimos (Êxodo 12:8). Além disso, não deixarão nada até a manhã (ver Êxodo 12:10). Eles tampouco deveriam quebrar um só osso do cordeiro sacrificial da Páscoa (ver Êxodo 12:3, 46). Assim, eles deveriam celebrar a festa de acordo com todo o estatuto da Páscoa (conforme especificado em Êxodo 12), bem como a celebração que os outros israelitas haviam realizado um mês antes.

(Para saber mais sobre o tema, leia nosso artigo: "A Primeira Páscoa").

Assim, o SENHOR mostrou Sua incomparável graça ao fazer provisão aos que se colocavam nessas situações. Embora a separação dos purificados e dos impuros tivesse que ser mantida, o SENHOR deu a Seu povo uma forma de obedecer à Lei da Páscoa.

O SENHOR, então, acrescenta uma advertência no versículo 13: Porém o homem que está limpo, e não se acha em viagem, e deixa de celebrar a Páscoa, será essa alma cortada do seu povo (v. 13). Durante a décima praga no Egito, quem não observasse a Páscoa seria morto pelo Destruidor (Êxodo 12:23). Nessa época, a pessoa que não observasse a Páscoa corria grande perigo de não apresentar a oferta do Senhor a seu tempo. Não celebrar a Páscoa e a libertação da escravidão no Egito seria uma ofensa contra a graça do Senhor, seu Libertador.

A negligência da pessoa tinha consequências: Esse homem levará sobre si o seu pecado. Não sabemos se isso significava que a pessoa seria executada pelo Senhor, se seria condenada à morte ou se seria excomungada do povo. No entanto, as consequências eram severas porque a celebração da Páscoa era algo muito importante. A festa era a lembrança anual da libertação do povo de Israel do Egito e, assim, não era algo opcional.

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