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Significado de Filipenses 1:22-26
Paulo acaba de afirmar que "viver é Cristo e morrer é ganho", revelando plenamente sua perspectiva eterna sobre a vida. Agora, Paulo contempla a realidade de que pode, de fato, morrer em um futuro próximo. Paulo havia exercido seu direito como cidadão romano e apelado a César para escapar de falsas acusações contra ele (Atos 28:30). Ele estava, agora, em prisão domiciliar, aguardando sua audiência no momento em que escreve esta carta a seus fiéis discípulos em Filipos. Um dos possíveis desfechos diante de Nero seria a morte. Assim, ele reflete: Se eu quiser viver na carne, isso significará um trabalho frutífero para mim. A razão de Paulo desejar continuar a viver na terra é que isso lhe permitiria mais tempo para um trabalho frutífero no serviço do Evangelho de Cristo. Paulo não desejava se aposentar. Ele não buscava conforto para si mesmo. Ele só via a continuação da vida como uma oportunidade de depositar mais tesouros no céu, buscando mais benefícios às pessoas por meio da propagação do Evangelho.
Paulo argumenta sobre a dificuldade para ele "torcer" por um resultado em detrimento do outro. Ele diz não saber a qual escolher, falando sobre viver ou morrer. Paulo acabara de afirmar que "viver é Cristo e morrer é ganho". Claramente há benefícios em ambos os resultados. Paulo diz que se sentia pressionado em ambas as direções, ou seja, viver ou morrer. Nero iria decidir. Porém, é claro que o coração do governante estava nas mãos do Senhor (Provérbios 21:1). Paulo observa que tinha o desejo de partir e estar com Cristo, pois isso é muito melhor. Ele havia tido uma prévia do Céu. Ele não havia recebido permissão para falar sobre isso, mas aparentemente havia sido algo suficientemente convincente para levá-lo a desejar ir para lá (2 Coríntios 12:2-5). Paulo considerava que morrer e estar com Cristo era muito melhor do que qualquer situação vivida na terra.
No entanto, o apóstolo tem uma forte razão em seu coração para permanecer na carne, o que significava viver a vida na terra em seu corpo atual. Um dos motivos era porque ele ainda poderia ser frutífero. Paulo reconhece que servir e beneficiar os outros era algo que ele apreciava fazer. Este era o "fruto" que Paulo colheria e que duraria por toda a eternidade. Paulo raciocina que permanecer vivo por ora seria mais necessário para o seu bem. A razão de Paulo querer viver estava ligada à sua crença no quanto ele poderia contribuir para as pessoas, incluindo os crentes em Filipos.
Paulo acrescenta: Convencido disso, sei que permanecerei e continuarei com todos vós para o vosso progresso e alegria na fé. Paulo estava convencido de que continuaria seu ministério com os crentes de Filipos, acreditando que sua vida seria poupada por. Paulo foi liberado, conforme havia antecipado. No entanto, mais tarde, ele é preso novamente e, desta vez, é martirizado. Ele escreve sua segunda carta a Timóteo enquanto aguardava sua execução, durante sua segunda prisão em Roma.
A razão de Paulo acreditar que permaneceria com os crentes de Filipos na primeira vez era ajudar em seu progresso e alegria na fé. É algo completamente consistente com tudo o que Paulo havia dito até este ponto: ele desejava ajudar aos crentes de Filipos a progredir na fé. Assim, Paulo diz acreditar que continuaria com eles para seu progresso e alegria na fé. Paulo considerava uma alegria, um grande privilégio ter recebido a missão de ministrar o Evangelho. Ele não considerava as grandes dificuldades que enfrentava como sendo sequer comparáveis com a glória que obteria pela aprovação e recompensas de Cristo por sua fiel obediência (Romanos 8:18; Filipenses 3:7-11). Por conseguinte, ele se alegrava em viver e trabalhar na fé, apesar das dificuldades.
A esperança de Paulo de viver em vez de morrer resultaria em sua vinda aos filipenses novamente. Paulo levara o Evangelho a Filipos junto com Silas, em sua segunda viagem missionária (Atos 16:11-40). Paulo esperava ser liberto da prisão para poder visitá-los novamente. Paulo diz que sua nova visita faria com que a confiança dos filipenses abundasse em Cristo Jesus. Os filipenses tinham grande confiança em Paulo. Havia muitos ex-soldados romanos em Filipos. Eles pareciam ter um apreço particular por alguém que não temia a morte e que estava disposto a servir numa missão de forma tão plena. Paulo era um dedicado soldado de Jesus.
Paulo, de fato, fez uso de soldados fiéis em várias ocasiões como ilustração sobre como os crentes deveriam andar fielmente com o Senhor (2 Timóteo 2:3-4; Efésios 6:10-20). Paulo esperava que sua confiança abundasse em Cristo Jesus, porque esta era a principal esperança e objetivo do apóstolo para seus discípulos em Filipos. Ele não desejava que eles o seguissem. Paulo desejava que eles seguissem a Cristo.
Vale ressaltar que a prisão de Paulo foi de grande benefício para todos nós hoje. Esta carta faz parte das Escrituras e serve para nos edificar, da mesma forma que Paulo procurou edificar no Senhor àqueles que trouxe à fé. A ocasião da prisão levou Paulo à necessidade de escrever a carta, em vez de visitá-los pessoalmente, embora fosse sua preferência. Somos os grandes beneficiários disso.