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Significado de Provérbios 1:28-33
Os jovens frequentemente adotam essa perspectiva: Vou me divertir enquanto sou jovem (Só se vive uma vez!), só para levar a vida a sério mais tarde. Em essência, "vou ignorar a sabedoria por enquanto, mas vou buscá-la mais tarde na vida, depois que eu tiver aproveitado minha juventude." A realidade prática disso é que vivemos na tolice até nos cansarmos de nossos infortúnios, nossa angústia e nosso terror (consulte as notas em Provérbios 1:24-27).
Mas muitas vezes descobrimos que não é tão fácil simplesmente mudar de tolice para sabedoria. Quando estabelecemos padrões em nossas vidas, é difícil reformular nossas percepções, atitudes, ações (e talvez vícios).
Salomão continua sua introdução aos Provérbios por meio da voz da Senhora Sabedoria. Ela diz que quando os tolos experimentarem a angústia e a aflição da calamidade (v.27) e como consequência de sua tolice, me invocarão, porém não responderei. Ou seja, quando as circunstâncias não forem mais toleráveis e os tolos quiserem escapar de sua angústia, desesperados, buscarão pela sabedoria.
A Sabedoria parece adotar uma postura rígida. Mesmo que os tolos a invoquem, ela não responderá. Mesmo que busquem diligentemente, não vão achá-la. Os Provérbios têm como foco principal delinear claramente as realidades do sábio e do tolo, e o que os diferencia um do outro. O objetivo é estabelecer claramente a realidade da causa e efeito no mundo. O estudante pode abraçar essa realidade ou ignorá-la, para seu próprio benefício ou prejuízo.
Além disso, esta é a introdução de Salomão ao livro e sua proposta. Ele busca enfatizar aos jovens a grande importância de aceitar a sabedoria na juventude, contrário ao caminho de semear ações impulsivas.
Por que a sabedoria rejeita esses apelos dos tolos que experimentaram o terror? É porque eles aborreceram o conhecimento e não escolheram o temor de Jeová. Os tolos não podem se voltar para a sabedoria a fim de evitar consequências negativas. Eles fizeram suas escolhas e devem experimentar as consequências de suas ações. Odiaram o conhecimento e não escolheram o temor do Senhor. O que foi escolhido como a postura de seu coração não pode ser resgatado por meio de uma resposta superficial às atuais circunstâncias negativas.
Por que isso acontece? Uma pista pode ser encontrada na afirmação: Portanto, comerão do fruto do seu caminho. Isso indicaria que a razão pela qual o zombador se volta para a sabedoria é escapar das consequências negativas de sua própria tolice. Mas não é assim que funciona, ações têm consequências. E o zombador que rejeitou a repreensão oferecida pela Sabedoria colherá o que semeou; ele comerá o fruto da videira que plantou.
Nossas escolhas têm consequências. Os tolos odiaram o conhecimento, não escolheram temer o Senhor, recusaram o conselho da Sabedoria e rejeitaram a repreensão.
Devido a essas decisões tolas, os zombadores comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos seus conselhos. A palavra para fartarão é o hebraico "saba", que também pode significar "cheio" ou "satisfeito". Não podemos evitar as consequências de nossas ações; devemos colher o que plantamos. Parte da consequência negativa da tolice é ser autocentrado; é a consequência natural de escolher confiar em si mesmo em vez de em Deus.
Não há resposta apropriada que a Sabedoria possa dar a uma pessoa autocentrada que pede livramento das consequências adversas que continuam a atrair para si mesmas. A Sabedoria deu a resposta desde o início: "Deixe de ser tolo."
Os tolos não podem escapar das consequências de sua tolice. A devassidão e a complacência dos ingênuos irão matá-los e destruí-los. Eles esperaram até que fosse tarde demais para evitar o desastre. Salomão deixa claro que é do melhor interesse do aluno escolher a sabedoria e o temor do Senhor cedo na vida. Estabelecer as práticas da sabedoria e buscar um caráter centrado na nela, é a maneira de evitar adversidades realmente severas. Isso é o que os jovens precisam entender que estão escolhendo se optarem pela tolice.
Se os jovens negarem a realidade, encontrarão a si mesmos no caminho da destruição. Sempre temos uma escolha, mas as consequências não podem ser evitadas. Além disso, é necessário fazer uma escolha ativa de intenção deliberada para buscar e obter o benefício da sabedoria. O caminho dos tolos é o caminho da complacência. Isso indica que, sem buscar ativamente crescer em sabedoria, a complacência leva à tolice e à insensatez. E esse é um caminho que os destruirá.
Por outro lado, aquele que ouve a Sabedoria habitará em segurança e ficará tranquilo, sem receio do mal. Talvez as dificuldades venham, mas elas não serão auto infligidas e o sábio estará preparado para lidar com elas. Aqui, Salomão está estabelecendo o que está em jogo. O estudante pode ou não enfrentar circunstâncias desafiadoras, mas estará à vontade, sem o receio do mal. O mal é a fonte dessas terríveis consequências adversas, e pode ser evitado escolhendo a sabedoria.
Isso prepara o cenário para o restante do Livro de Provérbios. O que se segue não trata de como manipular a vida para obtermos a experiência mais confortável e as circunstâncias mais preferidas. Trata-se de ouvir a repreensão e a instrução da Sabedoria e, assim, adquirir entendimento sobre como viver de maneira construtiva, independentemente das circunstâncias em que nos encontramos. Adquirir sabedoria leva a um bom caráter, ela nos ensina a escolher uma perspectiva verdadeira, que enxerga a realidade como ela é e transcende as circunstâncias.
Este encerra o discurso inicial da Senhora Sabedoria. Ela nos deu esse aviso e esse convite desde o início. Isso representa a realidade das apostas em jogo. O que escolhermos fazer em resposta a isso determinará nosso caminho e a qualidade de vida que levamos.