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Significado de Salmos 139:7-10
No início do Salmo 139, Davi se refere a Deus como seu Senhor, em hebraico "Javé", que é o nome próprio de Deus, significando "Existente". O salmista estabelece que a existência de Deus não estava limitada à nossa compreensão no tempo e no espaço. Os versículos 7-10 exploram o que significava Deus existir fora do espaço.
Davi faz a Deus uma pergunta retórica: Para onde me irei do teu Espírito? Ou para onde fugirei da tua presença?
Ele já sabia a resposta para a pergunta: para lugar algum! Deus existe além dos limites do espaço! Assim sendo, Ele é capaz de estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
Se eu subir aos céus, lá tu estás. Se eu fizer a minha cama no Seol, eis que está ali. O Seol é o termo usado em todo o Antigo Testamento para se referir à sepultura, ou ao lugar dos mortos. É o oposto do céu, ou seja, o lugar mais inferior. Sabemos que encontraremos a presença de Deus nos lugares mais altos e mais gloriosos (os céus), mas Davi está dizendo que Ele também está nas trevas e nos lugares baixos também. O termo “Seol” se sobrepõe ao termo grego do Novo Testamento "Hades". Em Atos 2, Pedro cita um salmo que traduz a palavra "Seol" como "Hades" (Atos 2:27, citando Salmos 16:10). Este é, novamente, um quadro de dois opostos que incluem a tudo o que está entre eles. Deus habita em todos os lugares imagináveis, desde o mais baixo (Hades) até o mais alto (Céu).
Se tentarmos escapar de Deus tomando “as asas da alva” ou habitando “nas extremidades do mar”, Ele ainda estará lá. O nascimento de um novo dia espalha de uma ponta à outra da terra. Para o povo de Israel, o sol nascia num dos lados da terra; o horizonte para onde o sol se encaminhava se espalhava para o outro lado. Assim, se começássemos em uma das extremidades da terra e nos movêssemos rapidamente quanto o movimento do sol até os confins da terra, Deus estaria lá. Deus habita em todas as dimensões espirituais, do Hades ao céu, e em todos os lugares físicos.
O livro de Jonas relata a história do profeta a quem Deus instruiu a se dirigir à cidade de Nínive para avisar a seus habitantes de que eles estavam prestes a sofrer terríveis consequências caso não parassem de pecar. No entanto, Jonas não queria ir. Assim, ele foge para Társis da presença do Senhor (Jonas 1:3). A localização exata de Társis era o ponto mais distante a oeste que Jonas poderia ter imaginado ir, no extremo oeste do Mar Mediterrâneo. Era o mesmo que tomar as “asas da alva” até os confins da terra. No entanto, como Jonas viajou pelo mar, o Senhor envia uma tempestade para atormentar o barco, até que o profeta percebesse que, de fato, não poderia escapar da presença do Senhor. Ele é lançado ao mar e a tempestade se acalma. O Senhor envia um peixe para engoli-lo durante três dias (Jonas 1).
Lá, no ventre do peixe, sabendo que Javé estava até mesmo nas profundezas do mar, Jonas diz:
"Da minha aflição, clamei a Jeová, e ele me respondeu; do ventre do Sheol gritei, e tu ouviste a minha voz" (Jonas 2:2).
Mesmo nas profundezas do mar, no ventre de um peixe, Deus estava com Jonas. Não apenas isso, mas Deus prova que, como diz Davi, “ainda lá me guiará a tua mão”. Davi deixa muito claro, da mesma forma que Jonas, que a distância física não importa para Deus: Sua mão sempre vai nos guiar.
A descrição da mão direita de Deus sendo posta sobre nós é profundamente significativa. A mão dominante na literatura hebraica é a mão direita. Ela era um símbolo de força e domínio. A mão forte de Deus sempre se estende e nos conduz, não importa onde estejamos, quando clamamos a Ele. Assim como o amor de Deus não tem limites, a força de Deus também é ilimitada.