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Significado de Salmos 1:1-6
Este salmo começa com uma afirmação: Feliz é o homem; em seguida, o salmista lista três coisas diferentes que farão com que o homem seja feliz. A palavra traduzida como “feliz” também pode significar "abençoado". A ideia aqui é a de ganhar uma grande fortuna. As três coisas que fazem um homem feliz, abençoado ou afortunado são:
Na Bíblia, Deus define o mal como se rebelar contra Seus caminhos. Os pecadores são aqueles que escolhem o mal ao invés do bem. Os escarnecedores são aqueles que zombam da ideia de que outra pessoa (inclusive Deus) sabe o que é melhor para eles. Os escarnecedores definem a verdade por si mesmos. Eles não aceitam que ninguém diga o que devem fazer.
O caminho da lei de Deus é que as pessoas se amem, falem a verdade umas às outras e cuidem umas das outras da mesma forma que cuidam de si mesmas. Este é o caminho para a felicidade e para a bênção. O caminho da impiedade muitas vezes ocorre através da exploração, abuso e engano, visando satisfazer aos nossos apetites. Quando o caminho da impiedade não envolve abusar ou explorar aos outros, muitas vezes ele envolve o abuso ou a exploração de nós mesmos. Um exemplo é o abuso das drogas. Na tentativa de criar sua própria realidade, muitos abusam das drogas e exploram seus próprios corpos.
O homem "abençoado" evita seguir aos pecadores. Ele não dá ouvidos aos conselhos dos ímpios. Ele não se permite tornar-se um escarnecedor. Ele evita a tudo isso. O que ele semeia é a lei do Senhor. O homem "bem-aventurado" não apenas aprende e segue à lei do Senhor, mas o seu deleite está na lei do Senhor, na Sua lei medita dia e noite.
O homem "abençoado" não se sente forçado a seguir à lei de Deus. O homem "abençoado" vê a lei de Deus como um benefício. Ele a enxerga como uma refeição deliciosa. Ele não apenas come para sobreviver, ele aprecia a refeição. É sua delícia. Ele atribui tal valor à lei do Senhor que medita sobre ela dia e noite. Isso ocorre porque ele vê corretamente os caminhos do Senhor como a rota para obter os maiores benefícios nesta vida. Ele sabe que este é o verdadeiro caminho para a felicidade.
A lei do Senhor está contida nos cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Deuteronômio e Números. Jesus afirmou que toda a lei e os profetas estavam fundamentados em duas declarações. Podemos concluir que a lei do Senhor pode ser resumida nestas duas sentenças:
- Jesus declarou: "Este é o maior mandamento".
- Então, Ele complementou: "O segundo é como o primeiro”:
Jesus enfatizou: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mateus 22:37-40). Isso significa que essas duas declarações resumem a principal mensagem do Antigo Testamento.
Assim, quando o salmista diz que o caminho para a felicidade ou bênção resulta de evitarmos o caminho da iniquidade e do deleite, meditação e prática da lei de Deus, o salmista está afirmando que viver esses dois grandes mandamentos é o caminho para as maiores bênçãos e recompensas nesta vida.
O homem que se deleita, medita e vive na "lei de Deus" será como uma árvore plantada junto às correntes de água, que produz seus frutos em sua estação. A imagem aqui parece ser a de uma árvore frutífera em um pomar irrigado. Um canal de irrigação traz correntes de água para a árvore. A "lei do Senhor" está para a alma humana como a irrigação está para a árvore. A árvore produz seus frutos em sua estação. Ela não sofre seca por falta de água, por isso suas folhagens não murcham.
Portanto, quando seguimos aos caminhos de Deus, ouvimos Sua Palavra e a vivemos, somos como uma árvore frutífera irrigada. A Palavra de Deus nos alimenta. Desta forma, prosperamos em tudo o que fazemos, como a árvore frutífera. A prosperidade que alcançamos é duradoura, porque é uma recompensa que vem diretamente de Deus. Ela nutre a nossa alma. É claro que é preciso disciplina para deixarmos de lado nossos apetites a fim de servir aos outros e amá-los como a nós mesmos. Porém, este é o caminho para a nossa maior felicidade. Quando exploramos ou abusamos as pessoas, nos perdemos no caminho. Quando servimos e amamos as pessoas, encontramos o caminho.
Não são assim os ímpios. Os ímpios não são como árvores frutíferas irrigadas. A imagem apropriada para os ímpios é a do joio que o vento dispersa. O joio aqui diz respeito à casca e ao talo do grão de trigo debulhado. Ele é lançado ao ar para que seja levado pelo vento. A semente é pesada, por isso cai no chão e pode ser armazenada. O joio é levado pelo vento, ou seja, é algo que não possui impacto ou benefício duradouro. Assim é com os ímpios, os pecadores e os escarnecedores.
Por isso, os iníquos não subsistirão no juízo quando Deus julgar às obras dos homens. No livro de Romanos, no Novo Testamento, escrito cerca de mil anos depois deste salmo, o apóstolo Paulo afirma que haverá um "justo juízo de Deus, que RECOMPENSARÁ A CADA PESSOA DE ACORDO COM SUAS OBRAS" (Romanos 2:5b-6). Paulo afirma que os egoístas e ambiciosos, que não obedecem à verdade, mas obedecem à injustiça, receberão "ira e indignação" da parte de Deus (Romanos 2:8).
O julgamento dos atos se aplicará a todas as pessoas. Os que creem em Cristo terão suas obras julgadas para ver que recompensas receberão pelos investimentos no Reino de Deus durante suas vidas (1 Coríntios 3:11-17; 2 Coríntios 5:10). Porém, toda busca de si mesmo, toda exploração e abuso serão castigados por Deus. É por isso que os pecadores e os que praticam a maldade não subsistirão no juízo. Eles serão cortados como uma árvore, ao invés de uma árvore que produz frutos por conta da nutrição da irrigação.
Da mesma forma, os pecadores não estarão na congregação dos justos. No dia do juízo, Deus abrirá os livros e todas as obras serão julgadas (Apocalipse 20:2). Aqueles cujos nomes não estiverem escritos no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:15). Os crentes que desperdiçaram a oportunidade de viver fielmente, servindo aos outros, em vez disso explorando aos outros e servindo a seus próprios apetites, terão suas ações queimadas no fogo do julgamento de Deus. No entanto, mesmo que todas as suas obras sejam queimadas, eles serão salvos, ainda que através do fogo (1 Coríntios 3:14-15).
Isso ocorre porque o Senhor conhece o caminho dos justos. Deus observando a tudo. Ele fará com que todos recebam as recompensas que merecem. Aos que perseverarem em fazer o bem e viverem uma vida de justiça, buscando glória, honra e imortalidade da parte de Deus, lhes será concedida a recompensa da vida eterna — a maior de todas as recompensas na vida.
Deus concede a vida eterna como um presente gratuito a todos os que creem, ou seja, os que demonstram fé suficiente para se achegarem a Cristo, esperando ser curados do veneno do pecado (João 3:14-15). Assim, a vida eterna é uma dádiva. Todos os que crerem viverão para sempre na presença de Deus como Seus filhos. Deus é a herança dos crentes (Romanos 8:17a). Nada pode separar um crente do amor de Deus (Romanos 8:37-39). Porém, após a dádiva da vida, o que nos tornaremos no futuro depende de nossas escolhas. Podemos experimentar uma vida física abençoada ou uma vida miserável.
Se demonstrarmos fé suficiente para crer em Jesus, seremos recebidos na família de Deus e incondicionalmente aceitos por Ele. Receberemos o dom da vida eterna. Entretanto, para alcançarmos a experiência da vida eterna, devemos andar em obediência a Seus caminhos. Precisamos internalizar Seus caminhos, meditar e andar neles. Conforme afirma o apóstolo Paulo: "Porque aquele que semeia na própria carne colherá corrupção, mas aquele que semeia no Espírito colherá do Espírito a vida eterna" (Gálatas 6:8). Este versículo é mais um exemplo da vida eterna como recompensa.
Deus fará prosperar o caminho daqueles que semeiam no Espírito. Porém, o caminho dos iníquos perecerá. Qualquer obra perversa dos crentes será queimada no fogo do julgamento de Deus (madeira, feno e palha). Mas, as obras feitas em obediência a Deus serão como ouro, prata e pedras preciosas; o fogo as refinará e as tornará ainda mais preciosas (1 Coríntios 3:12).