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Significado de Romanos 10:1-4

Paulo reafirma se preocupar com a salvação dos israelitas. Embora não houvesse dúvida de que os judeus eram avidamente devotados a Deus, eles faziam isso por suas próprias regras. Eles ignoravam Deus e inventavam suas próprias maneiras de viver a vida.

Em Romanos capítulos 9, 10 e 11, Paulo aborda suas preocupações com os israelitas, o povo escolhido de Deus. O próprio Paulo era judeu e desejava fervorosamente que Israel fosse salvo: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus por eles é que sejam salvos(Israel) (v. 1).

O apóstolo escreveu esta carta para combater a calúnia das autoridades judaicas. Ele provavelmente estivesse escrevendo em apoio a Áquila e Priscila, companheiros judeus de Roma que haviam sido cooperadores em seu ministério para os gentios e que lideravam uma igreja em Roma (Atos 18:2; Romanos 16:3). As autoridades judaicas alegavam que, na graça pregada por Paulo, ele ensinava que viver um estilo de vida pecaminoso glorificava a Deus. Essas autoridades argumentavam que Deus desejava que o povo vivesse de acordo com a Lei do Antigo Testamento. Paulo, no entanto, diz: “Pois lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, porém não segundo o conhecimento(v. 2). Ele se dirige a Israel (Romanos 9:31).

Paulo denuncia a caracterização de seu ensino da graça como concessão para pecarem. Ele chama essa caracterização de "calúnia" (Romanos 3:8). Ao invés disso, ele insiste que a maneira como Deus desejava que eles vivessem era pela fé Nele (Romanos 9:30).

Paulo busca provar que somente a fé em Deus pode produzir a justiça (uma vida correta e harmoniosa), comecando em Abraão, que havia vivido centenas de anos antes da produção da Lei (Romanos 4:1-4). Porém, Israel buscava a justiça à parte da fé: “Ignorando a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus” (v. 3).

Este tem sido o problema da humanidade desde o início. Adão e Eva caíram na tentação de buscar adquirir conhecimento independente dos caminhos de Deus; seu erro trouxe a morte ao mundo (Gênesis 3:6). Satanás tentou Jesus a fazer o mesmo, mas Jesus suportou a provação (Mateus 4:1-10). Israel se desviou de seu voto de seguir aos mandamentos de Deus contidos em sua aliança/tratado com Deus, novamente seguindo a seus próprios caminhos (Atos 7:51-53).

Israel procurou seguir à Lei para obter justiça mas, em vez de seguir aos mandamentos de Deus pela fé, eles racionalizaram seus comportamentos (Mateus 23:2-5). O problema da Lei é que ela não muda o coração. Um coração mau sempre encontrará uma forma de racionalizar as coisas. A Lei não é o árbitro que nos leva à justiça, poisCristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê(v. 4). A maneira de vivermos em retidão não é através da criação de mais e melhores regras. Pelo contrário, é seguirmos a Jesus Cristo em obediência fiel, confiando que Seus caminhos são para o nosso bem.

A pergunta à qual Paulo responde pode ser encontrada em Romanos 9:14, antecipando os questionamentos das autoridades judaicas de Roma que afirmariam que, se a graça de Jesus se sobrepunha à Lei, Deus teria quebrado Suas promessas a Israel. Paulo insiste que a aliança/tratado de Deus com Israel ainda estava de pé, embora o povo tivesse quebrado seus votos (Romanos 11:25-27).

Paulo antecipa os questionamentos dos dissidentes e conclui: "Então, já que a lei foi superada, será que Israel foi deixado de lado?” Se for assim, o papel de Israel terminou para sempre." Se, como ensinava Paulo, Jesus havia acabado com a lei para os crentes, as promessas de Deus a Israel também deveriam ser deixadas de lado, argumentavam as autoridades judaicas.

Muito pelo contrário, argumenta Paulo. Jesus estabeleceu a verdadeira justiça para todos os que crêem. Os gentios (os crentes romanos) haviam alcançado a justiça através da fé e aquelas autoridades judaicas que os atacavam, não. Eles não buscavam a justiça pela fé. A pedra de tropeço (fé em Cristo) os havia feito tropeçar (Romanos 9:32).

Paulo declara que os judeus tinham zelo por Deus. “Zelo” (no grego, "zelos") significa um intenso entusiasmo ou paixão. Seu zelo, no entanto, era ditado por sua própria forma de como viver a vida. O zelo dos israelitas não os levou a obedecer a Deus, mas a justificar-se. A justiça de Deus (viver como Deus designou, em harmonia com Ele e uns com os outros) vem pela fé em Deus que nos leva à obediência de coração. Deus deu a lei aos judeus para que eles coonseguissem enxergar sua necessidade de confiar Nele (Gálatas 3:24, 25). Conforme Paulo afirma em Romanos 8:4, a Lei não se cumpre através da obediência a regras, mas pela fé no Espírito.

O apóstolo foi mais do que claro em sua carta aos crentes romanos: a vida verdadeira vem através da fé e da obediência aos padrões de justiça de Deus, andando no Espírito pela fé. Recebemos esta nova vida, que foi possível graças à ressurreição de Cristo. Cristo nos deu uma vida nova. Os israelitas haviam rejeitado a Cristo e Seu Evangelho. Eles se apegavam à Lei, algo que entristecia ao apóstolo Paulo, porque isso os impedia de serem justificados aos olhos de Deus e conformados à imagem de Cristo.

Em Gálatas 2:21, Paulo diz conclusivamente que Cristo teria morrido desnecessariamente se a Lei trouxesse justiça. Porém, a Lei apenas trouxe ainda mais pecado através da incapacidade do homem de obedecê-la (Romanos 5:20). No versículo 4, Paulo registra que Cristo é o fim da lei para aqueles que crêem. A Lei estava encerrada, ela não mais levaria ninguém à justiça. Agora, apenas Cristo o faria. Como a Lei reflete a Cristo, podemos nos beneficiar dela, porque ela sempre nos aponta para Cristo (Tiago 1:25).

Todo aquele que crê é declarado justo aos olhos de Deus, judeu ou gentio (João 3:14-15). Através de Cristo, podemos finalmente começar a viver da maneira que Deus nos projetou. No Antigo Testamento, Abraão alcançou a justiça pela fé nas promessas de Deus e pela fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo isso é uma realidade para os crentes no Novo Testamento. Assim, quando vivemos pela fé, cumprimos a Lei (Romanos 8:4).

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