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Significado de Romanos 10:18-21
No versículo 18, Paulo faz referência a um salmo de Davi, no Antigo Testamento (Salmo 19:4). Neste salmo, Davi explica que Deus comunicava quem era constantemente através da criação e que os céus continuavam a proclamar Sua glória todos os dias e todas as noites.
Esta é a resposta para a pergunta retórica que Paulo faz no versículo 19: “Mas digo: Porventura, não ouviram?” (v 18).
A resposta é clara: “Sim, na verdade” (v. 18).
Se eles não haviam ouvido aos profetas, eles haviam ouvido Deus falar através da Sua criação. O povo judeu havia, sim, ouvido à mensagem de retidão através da fé (Romanos 9:30-33). Deus sempre lhes disse: " Por toda a terra saiu o som deles, e as suas palavras, até os confins do mundo” (v. 18).
O texto de Romanos 10:18 difere ligeiramente da tradução do salmo 119:4 em si: "Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras vão até os confins do mundo" (Salmo 19:4).
O pronome "sua" remete ao Salmo 19:1, que diz: "Os céus proclamam a glória de Deus". As vozes celestiais que mostram o poder de Deus e de Sua criação chegam a todos os lugares, até os "confins do mundo". A "linha" aqui refere-se a um fio do prumo, uma ferramenta que os construtores usam para garantir que a parede fique reta. De maneira semelhante, a criação de Deus mostra Seus caminhos e nos leva a saber como nos alinhar, ou viver, em harmonia com Seus caminhos.
Mesmo que alguém jamais tenha ouvido palavras audíveis sobre Deus e Seus caminhos, a criação lhe dá amplo conhecimento para conhecê-Lo, de modo que todos os seres humanos são responsáveis por responder ao conhecimento que têm (Romanos 1:19-20).
Paulo cita Moisés (Deuteronômio 32:21) para dar outro exemplo do anúncio da salvação aos gentios. Moisés prometeu aos israelitas que Deus escolheria uma não-nação (gentios, os não judeus) que os irritaria e os deixaria com inveja, levando o povo judeu a desejar o Evangelho: “Mas digo: Porventura, Israel não o soube? Primeiro disse Moisés: Eu vos porei em ciúme com a que não é nação; eu vos provocarei à ira com uma nação insensata" (v. 19).
Paulo apresenta este argumento sobre o ciúme novamente em Romanos 11:11, 14. No capítulo 9, Paulo deixara claro que Jesus seria um obstáculo para o povo judeu e que os gentios chegariam à justiça por meio da fé, da mesma forma que o povo judeu deveria (Romanos 9:30-33).
No versículo 20, Paulo cita o profeta Isaías, no Antigo Testamento (Isaías 65:1), que havia profetizado que isso aconteceria: Isaías é muito ousado e diz: "Fui consultado dos que não perguntavam por mim; fui achado dos que me não buscavam."
Deus prenunciou que os gentios encontrariam a justiça da fé usando numerosos exemplos de gentios do Antigo Testamento, como Rute, Namaã e a viúva de Sidom. Na verdade, Jesus faz referência aos dois últimos exemplos em uma ilustração da rejeição que Ele recebeu de sua cidade natal, Nazaré, e isso deixou os judeus nazarenos tão irritados que eles planejaram matá-Lo (Lucas 4:16-30).
O versículo 21 afirma que Deus havia transmitido aos judeus a mesma mensagem do Evangelho reiterada por Paulo ao longo da carta: “Mas, quanto a Israel, disse: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo desobediente e contradizente".
Deus os convidou, mas eles se recusaram a ouvi-Lo. Paulo usa citações do profeta Isaías, no Antigo Testamento, para mostrar a seu público que tal recusa não era algo novo. Este mesmo ponto foi feito por Estêvão logo antes de alguns sacerdotes e rabinos judeus o apedrejarem por sua mensagem:
"Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Eles mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas, vós que recebestes a Lei por ministério de anjos e não a guardastes" (Atos 7:51-53).
Paulo estava presente neste evento, segurando as vestes de Estêvão (Atos 7:58).
Grande parte da carta aos crentes em Roma era uma resposta às autoridades judaicas que difamavam à mensagem do Evangelho de Paulo (Romanos 3:8). É provável que a carta fosse, em parte, destinada também a apoiar Áquila e Priscila, companheiros judeus que haviam pregado o Evangelho com Paulo na Grécia e que agora haviam retornado a Roma, onde iniciaram uma igreja em sua casa (Romanos 16:3-5; Atos 18:2, 18, 26).
Nos capítulos 1-8, Paulo abordou as acusações e calúnias contra sua mensagem do Evangelho, mostrando a seus oponentes judeus porquê e como Jesus havia cumprido a Lei.
Nos capítulos 9 e 10, Paulo aborda a questão maior do porquê os judeus, por causa de seu desejo de buscar a justiça por meio da Lei, viam a fé em Jesus como um obstáculo (9:30-33).
Paulo insiste incansavelmente que a justiça vem apenas pela graça através da fé, tanto para os judeus quanto os gentios. Alcançamos a justiça aos olhos de Deus e somos justificados por Ele pela fé; recebemos esse dom gratuito inteiramente pela fé (Romanos 3:22-24, 5:15, 18). Experimentamos a justiça ao andarmos pela fé, crendo na verdade, confessando/pensando a verdade e vivendo a verdade.