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Significado de Romanos 14:16-20

Deus deseja que os crentes vivam em harmonia. Uma forma de conseguirmos isso é não participando das coisas que outros crentes possam ver como malignidade.

Usando o exemplo de Paulo sobre a comida e a bebida, ainda que um crente com uma fé mais forte acredite não haver problema em consumir um determinado alimento ou bebida, ele não deve fazê-lo perto dos cristãos com uma fé mais fraca. Paulo define a pessoa de fé mais fraca como aquela cuja consciência é violada por algo opcional.

Se os que têm a fé mais forte ostentam sua liberdade perto dos crentes mais fracos, isso pode levá-los a fazer coisas que violem suas consciências. Isso pode levá-los ao pecado (Romanos 14:23; 1 Timóteo 1:19).

Os crentes devem buscar a justiça (vida correta e harmoniosa) uns com os outros, em vez de discutir sobre opiniões (v. 1). Paulo parece estar primariamente preocupado com temas como comidas e bebidas neste capítulo, mas agora estende o tema a um princípio mais geral, declarando que o Reino de Deus não tem a ver com preferências terrenas. Assim, aqueles que têm a fé mais forte devem ter em mente a consciência dos outros: “Não seja, pois, censurado o vosso bem(v. 16).

Esta pode ser uma das razões pelas quais Paulo tenha vivido de forma consistente com as tradições judaicas ao longo de sua vida (Atos 28:17). Ele pode ter feito isso por desejar manter seu testemunho diante dos judeus e evitar criar obstáculos (1 Coríntios 9:22; Atos 16:3).

Há muitas atividades que podem ser inofensivas; porém, a consciência de alguns cristãos em seu caminhar com Deus podem ser negativamente influenciadas por elas. No ambiente da igreja, por exemplo, nosso objetivo deve ser o de edificar uns aos outros, não causar problemas e discussões sobre temas terrenos, poiso Reino de Deus não é comer, nem beber, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo” (v. 17).

Como crentes, mesmo que não vejamos, pessoalmente, problema algum em comer ou beber algo, devemos abster-nos disso quando estivermos perto de outros crentes que olhem para aquilo como pecado ou algo mau: “Porque quem nisso serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado dos homens” (v. 18).

Isso não significa necessariamente que devamos desistir de coisas as quais apreciamos e que não nos fazem pecar, mas devemos estar atentos a como nossas liberdades afetam a fé de outros cristãos, especificamente os que têm uma fé mais fraca. Isso ocorre porque devemos servir uns aos outros com humildade (Romanos 12:3), sacrificando-nos uns pelos outros.

Assim, pois, seguimos as coisas que contribuem para a paz e as que são para a edificação mútua(v. 19). Os irmãos são mais importantes do que as substâncias terrenas. Nosso foco deve ser o de beneficiar aos outros acima do nosso próprio conforto ou prazer.

Ao vivermos harmoniosamente uns com os outros, sacrificando-nos uns pelos outros, estaremos servindo a Cristo - este é o tipo de serviço aceitável a Deus e aprovado pelos homens. Ao abster-nos de discussões mesquinhas sobre o consumo de substâncias que ferem a consciência de outros crentes, criamos a paz e fortalecemos uns aos outros. Desta forma, alcançamos uma vida harmoniosa.

Paulo, a seguir, refere-se aos crentes como obras de Deus. Ele exorta: “Não destruas a obra de Deus por causa da comida(v. 20). Quando nos tornamos um obstáculo para um crente e o fazemos pecar, destruímos a obra de Deus, porque cada crente é uma nova criação em Cristo (2 Coríntios 5:17).

Podemos dizer: "Ah, mas não há nada de errado com o que estou fazendo". Talvez estejamos certos. Paulo afirma: “Todas as coisas são puras”. Deus fez tudo e tudo é bom quando feito de acordo com os desígnios de Deus. Porém, qualquer coisa que seja aplicada contra os desígnios de Deus é prejudicial. Violar a consciência de outra pessoa é algo prejudicial. Assim, embora todas as coisas sejam puras, Paulo nos instrui:São más para o homem que come com ofensa” (v. 20).

Isso é mau porque viola a consciência. Qualquer coisa que viole nossa consciência é pecado (Romanos 14:23).

Paulo termina esta seção afirmando que, embora todos os alimentos e bebidas sejam puros e bons para consumo, não devemos comê-las ou bebê-las próximo a cristãos cujas consciências acreditam que tal consumo seja errado; esta é a vida justa e harmoniosa que Deus deseja de nós. A discussão sobre essas coisas impedirá isso.

Paulo trata aqui de comidas e bebidas; porém, esse princípio se aplica a qualquer coisa que fira a consciência de outrem.

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