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Significado de Romanos 14:21-23
Se um cristão acha errado o consumo de uma determinada substância, não devemos consumi-la perto dele: “Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer alguma coisa em que teu irmão ache tropeço. A fé que tu tens, guarda-a para ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova” (v. 21,22).
Se temos fé para comer ou beber alguma coisa, mas alguém não tem, devemos ter cuidado para não levar nosso irmão a pecar. Isso ocorre porque pecamos ao violar nossa consciência: “Tudo o que não provém da fé é pecado” (v. 23).
Para demonstrar isso, Paulo usa o exemplo da comida e do vinho. Na época de Paulo, alguns alimentos eram vistos como impuros e, portanto, os crentes não deveriam ingeri-los. Paulo afirma que, embora nenhum alimento seja impuro (Romanos 14:14), seria um erro comê-los ao redor de crentes que pensassem o contrário.
Há duas razões para isso. Primeiro, se um crente não tem fé para fazer algo, ele não deve fazê-lo, pois seria pecado: “Aquele que duvida é condenado se comer, pois o que faz não é proveniente da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado” (v. 23).
Em segundo lugar, se um crente é mais fraco na fé e vê algo como pecado, mesmo que não seja declarado pecado na Bíblia, os crentes mais fortes na fé não devem condená-lo, mas devem evitar aquilo também.
Se fazer algo fere a consciência de um cristão ao nosso redor, devemos desistir daquele curso de ação. Se aquilo não fere a nossa consciência, mas fere a consciência de um companheiro de fé, por que prejudicá-lo?
Devemos, em vez disso, abster-nos daquilo quando estivermos na companhia do crente mais fraco, para que não tentemos nosso irmão a fazer algo além de sua própria fé pessoal (v. 23). Fazemos isso buscando criar uma convivência harmoniosa e justa como crentes; para isso Deus nos chamou (Romanos 12).
Quando alguém viola sua consciência, isso leva aquela pessoa a pecar e, eventualmente, até mesmo a naufragar na fé (Romanos 14:23; 1 Timóteo 1:19). Paulo menciona a palavra “consciência” três vezes em Romanos:
Paulo faz menção frequente à sua própria consciência em seus escritos. Ele se refere à sua consciência como testemunha que lhe dava confiança de que estava fazendo ac oisa certa (2 Coríntios 1:12). No entanto, ele também reconhece que, embora não estivesse ciente de ter feito alguma coisa errada, Deus era o Juiz final (1 Coríntios 4:4-5). O apóstolo se oferece como um exemplo a ser seguido, colocando o melhor interesse dos outros acima de sua própria liberdade de participar de coisas das quais ele desejava desfrutar:
“Assim como eu também em tudo quero agradar a todos, não procurando o meu próprio proveito, mas o de todos, para que sejam salvos" (1 Coríntios 10:33).
Tudo isso nos leva de volta à admoestação primária de Romanos: devemos aprender a escolher uma perspectiva real e verdadeira. Ser um sacrifício vivo a Deus é algo do nosso maior interesse (Romanos 12:1, 2). Ao abordarmos a vida dessa maneira, viveremos de acordo com os desígnios de Deus, aos quais Paulo chama de justiça. Viver assim, pela fé, é o oposto de viver pelo orgulho (Romanos 1:16-17; Habacuque 2:4). Quando vivemos pelo orgulho, buscando aos nossos próprios interesses, inevitavelmente cairemos em pecado e colheremos suas consequências negativas.
O pecado traz a morte, uma separação dos desígnios de Deus (Romanos 6:23). Viver uma vida centrada em nós mesmos nos leva à ira e à indignação; uma caminhada de fé nos traz a honra de Deus e as recompensas da vida eterna (Romanos 2:6-8). Alcançar o dom da vida eterna acontece pela fé (Romanos 3:1-3; João 3:14-15). Porém, a recompensa ou a experiência da vida eterna depende das escolhas que fazemos aqui. Paulo exorta os crentes a escolher crer que os caminhos de Deus são para o nosso bem e a adotar uma mentalidade que compreende que andar em obediência fiel é o melhor caminho para obtermos a nossa herança.
Jesus nos deu o exemplo sobre escolher o caminho estreito ao invés do caminho largo (Mateus 7:13-14). O caminho estreito pode parecer difícil. É difícil obedecer ao mandamento de Jesus de tomarmos a nossa cruz diariamente e andarmos em obediência a Ele, suportando as perdas e a rejeição do mundo (Mateus 16:24).
Porém, esta foi a mentalidade escolhida por Jesus. Por ter escolhido essa mentalidade, Ele recebeu recompensas incríveis, incluindo a recompensa de reinar sobre a terra. Paulo exorta os crentes a adotarem a mesma mentalidade de Jesus (Filipenses 2:5-7). Ele nos exorta a escolher esta mesma mentalidade porque Jesus Se ofereceu para compartilhar Sua herança conosco, caso soframos como Ele sofreu (Romanos 8:17b; Apocalipse 3:21).
Uma das formas como tal mentalidade se manifesta é reconhecer que nossos irmãos de fé podem er uma consciência fraca. Assim, precisamos tomar medidas para restringir voluntariamente à nossa própria liberdade para não fazê-los tropeçar.