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Significado de Romanos 8:36-39
Como Paulo deixa claro, nada que façamos e nada que experimentemos pode nos separar do incrível e infinito amor de Jesus, incluindo nossos próprios fracassos. As autoridades judaicas estavam tentando usar a ameaça da rejeição (condenação) para pressionar os crentes romanos a segui-los. Paulo argumenta: "Vocês não precisam deles - se vocês entenderem o amor de Jesus por vocês, o cuidado deles se transformará em nada".
Se eles dessem ouvidos a Paulo, eles experimentariam o sofrimento da rejeição das autoridades judaicas. A rejeição é algo doloroso. Paulo, porém, os exorta a adotar a perspectiva de perceber que seu verdadeiro interesse estava em rejeitar aos falsos ensinamentos daquelas autoridades judaicas.
Mesmo que façamos escolhas seguindo à carne, levando-nos a colher as consequências da morte (desconexão, desespero), condenação e escravidão/vício, Jesus é por nós. Paulo não desejava que os cristãos não tivessem que experimentar sofrimentos autoinfligidos. Eles haviam recebido o poder da ressurreição para andar em novidade da vida, um poder que continuava a libertá-los do poder do pecado sempre que escolhessem andar de acordo com o Espírito.
Há, no entanto, um sofrimento completamente diferente pelo qual passaremos caso andemos em retidão e sigamos o caminho da obediência estabelecido por Jesus. Sofreremos a rejeição do mundo. Nesta carta, era a rejeição dos líderes religiosos que haviam abraçado falsos ensinamentos. Era de se esperar, diz Paulo, usando uma citação dos salmos para provar que sempre foi assim para o povo de Deus.
No versículo 36, Paulo se refere ao Salmo 44:22, que fala sobre a aflição que o povo de Deus estava enfrentando naquela época:
Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro (v. 36).
O capítulo 44 do livro dos Salmos fala sobre os tipos de sofrimento pelos quais o povo de Deus havia passado, incluindo serem vendidos como escravos - e até mesmo a morte. Paulo traz a passagem para lembrar aos crentes sobre a aflição e a dor que eles enfrentariam se andassem em obediência. No entanto, Paulo afirma que se eles permanecessem fiéis, eles venceriam:
Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores por aquele que nos amou (v. 37).
A expressão “mais que vencedores” é a palavra grega "hypernikao" - "hyper" (mais) e "nikao" (vencer). A mesma palavra grega "nikao" é traduzida várias vezes como "vencedor" em Apocalipse capítulos 1 a 3:
“Ao vencedor (“nikao”), fá-lo-ei sentar-se comigo no meu trono, como eu venci (“nikao”) e sentei-me com meu Pai no seu trono” (Apocalipse 3:21).
Somos “vencedores” (“nikao”) através de Jesus, Aquele que nos amou, se vivermos e andarmos em obediência a Ele.
Também somos “vencedores” por não mais estarmos separados de Deus por causa do que Jesus fez por nós. Nenhuma aflição ou tribulação pode nos separar do amor de Deus. Deus deseja nos dar "todas as coisas", incluindo a vida eterna aos que crêem (João 3:14-15) e a recompensa da herança de Jesus, caso passemos pela rejeição do mundo como Ele passou (Romanos 8:17b).
Paulo percorre uma extensa lista sobre todas as impossibilidades terrenas e espirituais de nos separar do amor de Deus: “Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas presentes 39nem as futuras, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que é em Cristo Jesus, nosso Senhor” (v. 38,39).
A lista termina com a expressão “nem qualquer outra criatura”. O ponto do apóstolo é que não importava o que fosse colocado na lista: nada seria poderoso o suficiente para separar os crentes (os que colocaram sua fé em Jesus e Seu sacrifício) do amor de Deus! Não haveria absolutamente nada que eles pudessem fazer para produzir a rejeição de Deus. Como filhos, somos aceitos por Ele incondicionalmente. Os seguintes eventos não podem nos separar do amor de Jesus:
Paulo termina o capítulo 8 da mesma forma que o iniciou, afirmando claramente que não havia mais condenação para os crentes diante de Deus. Nada, nem a lei, nem as autoridades judaicas que faziam afirmações caluniosas contra Paulo (Romanos 3:8), nem a morte, nem nossas próprias ações pecaminosas, nada pode nos separar de Deus e Seu infinito amor por nós. E isso independente de nossas ações ou escolhas. Podemos prejudicar a nós mesmos e aos outros com nossas más escolhas. Podemos perder oportunidades de benefícios com nossas más escolhas. Porém, nada que os filhos de Deus façam levará Deus a deixar de amá-los e de buscar o melhor para eles, ou seja, os que crêem em Seu Nome.
Os capítulos 1-7 são concluídos aqui. Paulo prova por que as alegações caluniosas das autoridades judaicas (3:8) estavam erradas; eles alegavam que o apóstolo estava ensinando que, se a graça de Deus abundava quando as pessoas pecavam, elas devemos pecar ainda mais para que a graça aumentasse. Isso era algo profundamente incorreto.
Aqueles autoridades argumentavam que os crentes ainda estavam sob a lei e a obediência à lei era necessária para alcançarem a justiça. No capítulo 8, Paulo diz a seu público que a condenação da lei (exposta no capítulo 7) não era mais aplicável aos crentes por causa de sua fé em Jesus e do poder do Espírito Santo.
O capítulo 8, do início ao fim, deixa claro que os crentes, agora, estão capacitados a andar em Espírito e não mais sob condenação. Nós, crentes, não seremos mais separados do amor de Deus por nada, jamais!
Com relação às objeções levantadas pelas autoridades judaicas, Paulo demonstra, de forma abrangente, o versículo tema de Romanos 1:16-17: o poder da salvação produz justiça diante de Deus pela fé ao crermos em Jesus. O poder da salvação cria a experiência da justiça (vida em harmonia com os bons desígnios de Deus) quando andamos em fé pelo poder do Espírito. Assim, a justiça realmente vem pela fé, do começo ao fim.