O que são emoções? E como devemos reagir a elas?

O que são emoções? E como devemos reagir a elas?

As emoções são um dom concedido por Deus, mas podem se tornar um obstáculo quando não administradas com sabedoria. Elas têm o poder de enriquecer nossa experiência e nos conduzir a uma apreciação mais profunda da vida. Sua influência sobre a nossa percepção das circunstâncias e sobre as nossas reações a elas é imensa. No entanto, as emoções tendem a se apegar de forma excessiva à narrativa que nossa própria mente constrói — uma narrativa que raramente corresponde à realidade integral dos fatos.

Devemos ouvir quando as emoções nos dizem que é preciso agir, mas tomar decisões sobre como agir com base na fé no que é certo e verdadeiro, seguindo o poder do Espírito. Embora as emoções sejam boas mensageiras, são péssimas mestras.

Existem três maneiras básicas de lidar com nossas emoções:

  1. Podemos nos entregar às nossas emoções.
  2. Podemos suprimir nossas emoções.
  3. Podemos gerir as nossas emoções.

Deus não quer que nos submetamos ou reprimamos nossas emoções. Ele quer que as administremos.

Devemos administrar nossas emoções.

Administrar significa gerir ou cuidar de algo que pertence a outrem.

Administrar nossas emoções significa gerenciá—las com sabedoria, reconhecendo—as como um dom que Deus nos concedeu, em vez de sermos dominados por elas ou negarmos sua existência. É a prática de reconhecer o que sentimos, compreender por que o sentimos e direcionar essas emoções para o que é verdadeiro e bom.

Gerenciar uma emoção significa ouvir sua mensagem sem permitir que ela governe nossa reação. Esse processo envolve, primeiro, reconhecer o que estamos sentindo. Em seguida, devemos avaliar como nossos sentimentos nos inclinam a agir e, por fim, escolher deliberadamente a resposta mais adequada. As emoções são sinais valiosos que requerem orientação, não são mestres a serem obedecidos cegamente, nem inimigos a serem silenciados.

Nossas emoções fazem parte da vida que Deus nos deu, e somos chamados a administrá—las com sabedoria. Quando as emoções são reconhecidas, examinadas e guiadas pela verdade, elas se tornam aliadas em vez de adversárias.

Uma das melhores maneiras de gerenciar nossas emoções, especialmente reações emocionais intensas, é desacelerar e refletir antes de agir. Não podemos controlar o que ou como nos sentimos inicialmente, mas sempre controlamos como agimos e reagimos ao que estamos sentindo. Portanto, sempre que SENTIRMOS emoções, devemos PENSAR antes de AGIR. Siga o acrônimo: “EIDD”.

1. E = Escutar

O primeiro passo é ouvir.

As emoções comunicam informações. "Escutar" nossas emoções significa reconhecer a mensagem que elas transmitem — o que nos sugerem acreditar ou fazer. Significa dedicar atenção ao que sentimos, em vez de ignorar ou reagir de forma impulsiva. No entanto, escutar não equivale a obedecer cegamente às suas sugestões. Essa prática de atenção nos concede uma pausa crucial, permitindo que percebamos a raiva, o medo, a tristeza ou qualquer outro sentimento antes que eles assumam o controle.

2. I. = Investigar

Em seguida, devemos investigar nossas emoções.

Investigar nossas emoções significa considerar o que as causa e se são legítimas. Mais importante ainda, investigar nossas emoções significa considerar o que elas nos dizem para fazer, quais as possíveis consequências dessas ações e quais ações alternativas poderíamos tomar. Devemos considerar o resultado da ação e determinar se ela está de acordo com os valores de Deus.

Em termos bíblicos, isso significa calcular o preço a pagar. Seguir a Deus nos custará aprovação e prazeres mundanos, mas nos dará propósito, herança eterna e intimidade com Ele. Seguir o mundo pode nos dar bens temporários, mas nos custará a aprovação de Deus e o desperdício da recompensa eterna. Seguir a Deus é sempre do nosso maior interesse.

3. D. = Decidir

Após esse processo, devemos então decidir como agir. No fim, só controlamos três aspectos: as ações que realizamos, em quem depositamos nossa confiança e a perspectiva que escolhemos adotar. Tendo ouvido e investigado nossos sentimentos, podemos submeter todos os pensamentos ao crivo da verdade e da justiça. Podemos confiar que Deus, ao nos dar Seus mandamentos, tem em vista o nosso bem maior. Podemos também adotar uma perspectiva fundamentada em Sua Palavra e na direção do Espírito Santo. Assim, munidos do escudo da fé e do capacete da salvação, estaremos preparados para tomar a decisão correta sobre como agir.

Devemos sempre agir em conformidade com os valores de Deus. Se a inclinação sugerida pelas nossas emoções estiver alinhada com esses valores, então devemos segui—la. Porém, se o que elas nos impulsionam a fazer entrar em conflito com os princípios divinos, devemos rejeitar esse impulso.

Decidir como devemos reagir é uma das três coisas que podemos controlar. (As outras duas coisas que podemos controlar são em quem confiamos e nossa perspectiva). Podemos controlar nossas ações, mas não podemos controlar nossos sentimentos.

4. D. = Dispensar

O quarto e último passo consiste em deixar as emoções de lado. Devemos convidá—las a retornar ao seu lugar e agradecer por terem cumprido a função de nos alertar que uma ação é necessária.

Esse passo é realizado após decidirmos como agir em resposta ao que nossas emoções sinalizaram. "Dispensar" as emoções significa dizer—lhes: "Obrigado por trazerem essa questão à minha atenção. Tomei minha decisão e assumirei a responsabilidade daqui em diante. Vocês podem retornar ao seu posto." Dispensá—las, portanto, é uma forma de silenciar o alarme interno, permitindo que nossa atenção se concentre integralmente na execução do que precisa ser feito.

Durante as horas finais antes da cruz, Jesus controlou suas emoções e demonstrou o que significa lidar fielmente com sentimentos aparentemente avassaladores. Ele fez algo notavelmente semelhante ao EIDD (Escutar o Desconforto e a Incapacidade de Ser Digna) ao enfrentar o peso emocional esmagador do que estava prestes a sofrer.

Após celebrar a Páscoa com Seus discípulos, Jesus foi com eles para um lugar chamado Getsêmani (que significa "Prensa de Azeite"). Ali, na quietude da noite, Ele enfrentou sozinho o imenso peso do que estava por vir. A cruz estava à sua frente. Seus amigos mais próximos sequer conseguiram permanecer acordados para acompanhá—Lo. O fardo do pecado da humanidade e a angústia da separação do Pai pressionavam Seu espírito com uma intensidade avassaladora.

Jesus disse aos seus discípulos:

“Então lhes disse: A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai comigo.”
(Mateus 26:38)

Essas palavras revelam a intensidade da angústia emocional de Jesus. Mesmo nesse momento de profunda tristeza, Jesus demonstrou como lidar com as emoções com perfeita sabedoria.

Jesus começou por ouvir as suas emoções em vez de as reprimir ou ser dominado por elas. Ele reconheceu a sua tristeza honestamente e permitiu—se senti—la plenamente (Mateus 26:38).

Então Jesus investigou o significado daquela tristeza e para onde ela o levaria, levando—a ao Pai em oração.

"Adiantando—se um pouco, prostrou—se com o rosto em terra e orou: Pai meu, se é possível, passe de mim este cálice.'"
(Mateus 26:39a)

Jesus examinou suas emoções à luz da verdade. Ele identificou a causa de sua angústia — o “cálice” de sofrimento e julgamento que estava prestes a carregar — e a apresentou a Deus. Ao encarar seus sentimentos com honestidade e buscar compreensão, Ele demonstrou que as emoções devem ser compreendidas e examinadas, não ignoradas ou obedecidas.

Após ouvir e investigar, Jesus decidiu fazer o que era certo.

Suas emoções clamavam por alívio, mas sua vontade estava alinhada com a vontade de seu Pai.

“todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.”
(Mateus 26:39b)

Nessa única frase, Jesus transformou sua dor em obediência. Sua decisão de se submeter à vontade do Pai foi a vitória da fé sobre o sentimento.

Tendo feito essa escolha, Jesus afastou a turbulência emocional que ameaçava dominá—Lo. Quando o Seu traidor chegou, Ele estava pronto para sofrer e suportar tudo o que fosse necessário, de acordo com a vontade do Pai, para o bem do mundo e para a Sua própria glória eterna.

“…Agora, dormi e descansai; está próxima a hora, e o Filho do Homem está sendo traído nas mãos de pecadores. Levantai—vos, vamo—nos! Pois o que me trai se aproxima.”
(Mateus 26:45b-46)

A Epístola aos Hebreus nos convida a imitar a fé e a perspectiva de Jesus ao lidarmos com nossas próprias provações e sofrimentos, bem como com as enormes emoções que frequentemente os acompanham:

“Portanto, também nós, visto que temos ao redor de nós tão grande número de testemunhas, pondo de lado todo impedimento e o pecado que se nos apega, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, Autor e Consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe foi proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está sentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que tem sofrido tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas.”

Considerem aquele que suportou tamanha hostilidade dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem.
(Hebreus 12:1-3)

O processo EIDD — Escutar, Investigar, Decidir e Dispensar — nos ensina a desacelerar e a gerenciar nossas emoções com sabedoria. Ele nos capacita a reconhecer o que sentimos sem sermos governados por esses sentimentos. Escutar cria o espaço necessário para identificar o que se agita em nosso interior. Investigar permite compreender a origem dessas emoções e o impulso que elas geram. Decidir é o momento de alinhar nossa resposta ao que é verdadeiro e bom. Por fim, dispensar significa liberar as emoções do controle assim que a ação correta é escolhida. Esse método nos permite experimentar toda a gama das emoções humanas, mantendo, contudo, clareza, autocontrole e paz interior.

Existem três abordagens que podemos adotar em relação às nossas emoções: podemos nos submeter, suprimir ou gerir nossas emoções. Submeter—se às nossas emoções nos escraviza aos nossos impulsos. Suprimir nossas emoções enterra nossos sentimentos até que eles nos prejudiquem ou prejudiquem os outros. Mas gerir nossas emoções — guiado por princípios como o EIDD — Escutar, Investigar, Decidir e Dispensar — transforma nossos sentimentos em uma ferramenta para crescimento e sabedoria. Quando aprendemos a gerir nossas emoções, somos capazes de vivenciar com maturidade a plenitude e a bondade da vida — sentindo profundamente, pensando com clareza e agindo corretamente.

Administrar nossas emoções é o caminho para a liberdade emocional, a força espiritual e a paz duradoura.

Não devemos nos submeter às nossas emoções.

Submeter—se às nossas emoções significa permitir que os sentimentos assumam o comando e determinem nossas ações. Isso ocorre quando as tratamos como ordens inquestionáveis, e não como informações a serem consideradas. Em vez de ouvi—las e avaliar seu significado, obedecemos a elas como se fossem infalíveis. Quando nos submetemos dessa forma, nossas escolhas passam a ser guiadas pelo impulso imediato, e não pela sabedoria reflexiva. A raiva nos incita a atacar, o medo nos impele a fugir, o ciúme nos pressiona a competir e o orgulho nos exorta a defender nossa posição. Ao nos submetermos, conferimos às emoções uma autoridade que jamais deveriam possuir.

Ceder às nossas emoções é perigoso por vários motivos.

  • Ceder às nossas emoções nos faz perder a perspectiva da realidade.

    Como mencionado anteriormente, as emoções são instáveis: elas exageram, enganam e costumam concentrar—se apenas no que parece bom ou ruim no momento. Depois que as emoções nos dominam e recuperamos a consciência, frequentemente reconhecemos que "perdemos a cabeça" — ou seja, perdemos de vista o que realmente importa. Nunca devemos reagir de acordo com nossos sentimentos passageiros; devemos, sim, responder com base na verdade e nos valores de Deus.

    Um exemplo bíblico disso é o rei Saul, cuja inveja de Davi o levou a se tornar cada vez mais paranoico, desconfiado de todos e a perder o contato com a realidade (1 Samuel 18-20).
  • Ceder às nossas emoções nos torna instáveis.

    Nos tornamos como um navio à mercê do vento e das ondas de uma forte tempestade, percebendo as mudanças mais rapidamente do que a própria realidade exige. Quando as emoções nos dominam, conforme nossos sentimentos mudam, nós também mudamos. Perdemos nossa direção e senso de propósito, e até mesmo nossa identidade, à medida que nos transformamos constantemente na pessoa que nossos sentimentos dizem que somos.

“Aquele que não pode conter o seu espírito é como uma cidade derrubada, que não tem muros.”
(Provérbios 25:28)

  • Ceder às nossas emoções muitas vezes prejudica os outros ou a nós mesmos.

    Quando somos dominados por sentimentos negativos, dizemos coisas que não deveríamos dizer e fazemos escolhas das quais mais tarde nos arrependemos. Se permitimos que a raiva, o medo ou a inveja assumam o controle, reagimos por impulso em vez de agir com reflexão. Palavras proferidas no calor da emoção podem ferir profundamente e permanecer muito tempo depois que o momento passou. Decisões impulsivas, tomadas para satisfazer ou expressar um sentimento, podem prejudicar a confiança, ferir relacionamentos e criar consequências duradouras.

“Quem é tardio em irar—se é grande em entendimento, mas o que tem espírito impaciente exalta a estultícia.”
(Provérbios 14:29)

Moisés deixou que sua raiva contra o povo o levasse a golpear a rocha em desobediência a Deus e por seu ato impensado, Moisés não teve permissão para entrar na Terra Prometida (Números 20:10-12).

Quando somos governados por sentimentos positivos, o perigo é diferente, mas não menos real. Emoções como euforia, atração ou orgulho podem cegar—nos para a sabedoria e convencer—nos de que o que parece certo, necessariamente é certo. Ao buscarmos prazer, conforto ou aprovação sem um crivo moral, podemos racionalizar escolhas irrefletidas ou egoístas simplesmente porque nos proporcionam uma sensação imediata de bem—estar. O prazer pode anestesiar nossa consciência quanto às consequências, e o otimismo exacerbado pode fazer—nos ignorar todos os sinais de alerta. Dominados por essas emoções, acabamos por escolher nossa satisfação pessoal em detrimento do bem do próximo ou por priorizar prazeres efêmeros em vez de uma alegria profunda e duradoura. Dessa forma, tornamo—nos escravos de qualquer coisa que nos proporcione uma boa sensação, ainda que isso implique causar dano a outras pessoas. A verdadeira alegria e paz, no entanto, não brotam da satisfação de nossos sentimentos passageiros, mas de uma vida alinhada com a vontade de Deus e do amor genuíno ao próximo.

Provérbios descreve uma pessoa que segue seus desejos lascivos (e as emoções que os confirmam) como um tolo que segue seu caminho “até que uma flecha lhe atravesse o fígado” (Provérbios 7:23a).

“Como o pássaro se apressa para o laço, sem saber que está armado contra a sua vida.”
(Provérbios 7:23b)

Sansão arruinou a si mesmo (Juízes 16:1-21) e Davi manchou seu legado por meio do pecado sexual desta maneira (2 Samuel 11:2-5). Ambos agiram segundo seus desejos egoístas e lascivos, em ambos os casos, suas emoções confirmaram a bondade de seus desejos perversos e os levaram à vergonha e à dor.

Portanto, quer sejamos governados por emoções positivas ou negativas, acabamos frequentemente por causar danos — tanto aos outros quanto a nós mesmos. No calor do momento, podemos sentir—nos plenamente justificados, mas, uma vez passada a emoção, ficamos a lidar com as consequências que permanecem. Uma pessoa que age guiada exclusivamente pelas emoções é volúvel e viverá em um ciclo de arrependimento: pedindo perdão pelo que disse ou fez, tentando reparar os estragos e perguntando—se, perplexa, como a situação fugiu tão rapidamente ao seu controle.

Seguir os sentimentos do coração não é liberdade, mas escravidão. A verdadeira liberdade não vem de fazer o que sentimos, mas de escolher o que é certo, ainda que nossas emoções se oponham a essa escolha.

Não devemos reprimir nossas emoções.

Suprimir nossas emoções significa fingir que elas não existem. Isso equivale a reprimi—las de tal forma que nos recusamos a reconhecer o que realmente sentimos. Ao suprimi—las, estamos enterrando sentimentos que permanecem vivos dentro de nós. Em vez de desaparecerem, essas emoções fermentam sob a superfície, acumulando pressão até vazarem ou explodirem de maneiras prejudiciais — frequentemente na forma de amargura, exaustão, cinismo ou explosões de raiva.

Quando as pessoas reprimem ou ignoram emoções dolorosas como tristeza, raiva ou medo, muitas vezes se insensibilizam também a todas as outras emoções. Isso pode nos deixar cada vez mais exaustos, vazios e incapazes de nos relacionarmos com os outros.

A repressão nos desconecta da realidade e nos impede de aprender o que nossas emoções estão tentando revelar. Ignorar as emoções não nos torna mais fortes; apenas nos cega para a realidade e impede a cura. A verdadeira força vem do reconhecimento honesto do que sentimos e da orientação desses sentimentos em prol do que é bom, real e correto.

Ao que tudo indica, um dos primeiros exemplos na história da humanidade de alguém que reprimiu suas emoções foi Caim.

Caim reprimiu sua ira contra o SENHOR e seu ciúme para com seu irmão, porque a oferta de Caim não encontrou valor diante de Deus (Gênesis 4:4-5):

“Perguntou—lhe Jeová: Por que andas tu irado? E por que te descaiu o semblante? Porventura, se procederes bem, não terás levantado o teu semblante? E, se não procederes bem, o pecado jaz à porta; a ti será o seu desejo, mas tu dominarás sobre ele.'”
(Gênesis 4:6-7)

Em vez de seguir o conselho de Deus, Caim descontou sua raiva em seu irmão e assassinou Abel (Gênesis 4:8). Outros exemplos negativos de repressão de emoções incluem os irmãos de José escondendo sua raiva e, posteriormente, sua culpa por vendê—lo e encobrir o fato (Gênesis 37:4-28, 42:21), Saul escondendo sua inveja de Davi (1 Samuel 18:8-12) e Jonas nutrindo ressentimento contra Deus e Sua misericórdia (Jonas 4:1-4).

David escreve sobre a decadência interior e o entorpecimento exaustivo de esconder sua culpa e reprimir seus sentimentos:

“Quando guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo. Porque de dia e de noite sobre mim pesava a tua mão. O meu humor converteu—se em sequidão de estio. (Selá)”
(Salmo 32:3-4)

Suprimir nossas emoções é tentar escravizá—las. É negar não apenas o que elas tentam nos revelar sobre a realidade, mas também quem Deus nos criou para ser: criaturas emocionais.

Diariamente, confrontamo—nos com a escolha de como lidar com nossas emoções: submetermo—nos a elas, suprimi—las ou administrá—las. Submeter—se é tornar—se escravo do impulso, reagindo de imediato a tudo o que se sente. Suprimir significa enterrar as emoções até que elas endureçam o coração e roubem a alegria. Administrar, porém, é caminhar com sabedoria e liberdade, gerindo nossos sentimentos como dádivas concedidas por Deus, em vez de nos deixarmos governar por eles.

O processo de EIDD — Escutar, Investigar, Decidir e Dispensar é uma forma de gerenciarmos nossas emoções. Ouvimos nossas emoções como mensageiras, investigamos o que elas nos dizem, decidimos como agir de acordo com a verdade e, então, as dispensamos do controle.

Quando implementamos e gerenciamos nossas emoções de acordo com o plano de Deus, nossas emoções se tornam uma bênção que enriquece grandemente nossas vidas.

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