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Significado de 1 Coríntios 9:3-7
Paulo se defende dos que o criticavam. Para tanto, ele faz uma série de afirmações. Cada afirmação responde às diversas críticas provenientes de seus oponentes que o acusavam de não ser um apóstolo genuíno pelas seguintes razões:
Talvez seja por esses motivos que ele começado sua defesa com a pergunta retórica: "Não sou eu livre?” Paulo transforma a crítica contra ele em ponto de apoio para sua defesa. Ele não tinha obrigação alguma de fazer o que fazia, a não ser a obrigação para com seu líder, o próprio Jesus Cristo. Paulo não tinha obrigação alguma com nenhum ser humano.
A crítica de seus oponentes pode ser observada pela pergunta retórica feita pelo apóstolo: “Acaso, só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?” Seus oponentes pareciam argumentar que Paulo não era um "apóstolo de verdade" porque trabalhava para ganhar seu próprio pão em vez de buscar ajuda das pessoas. Barnabé foi o companheiro de Paulo em sua primeira viagem missionária, mas não o acompanhou à Grécia, onde Corinto estava localizada. Barnabé tomou João Marcos e fez sua própria viagem missionária; Paulo levou a Silas como companheiro em sua segunda viagem. Talvez Barnabé fosse conhecido na igreja de Corinto e tivesse adotado o costume de Paulo de prover para si mesmo a partir de seu próprio trabalho.
Esta passagem nos diz que havia um número de missionários viajantes espalhando o Evangelho de Jesus, incluindo “outros apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas”. Cefas era o outro nome do apóstolo Pedro. Paulo busca destacá-lo, já que ele era o apóstolo principal. Todos os apóstolos pareciam estar viajando, assim como os “irmãos do Senhor”. O fato de os irmãos do Senhor estarem espalhando o Evangelho de Jesus era algo particularmente incrível, uma vez que eles não haviam crido Nele durante Seu ministério terreno (João 7:5).
Aparentemente, o costume dos missionários viajantes era contar com apoio financeiro. Esta também era a prática de Jesus (Lucas 8:2). Paulo, porém, decidiu produzir seu próprio sustento trabalhando. Ele continua explicando seu raciocínio para fazer isso. O apóstolo não critica quem dependia de apoiadores financeiros. Na verdade, ele afirma que tinha o “direito de comer e beber”. Pelo contexto, ele provavelmente estava se referindo ao direito de comer e beber às custas dos outros. Além disso, ele diz ter o direito de levar consigo uma esposa crente também às custas de seus apoiadores financeiros. Ele não critica os outros por terem apoiadores e afirma que também tinha tal direito.
Paulo continua a defender a noção de que os que servem ao Evangelho devem ser apoiados por outros. Ele pergunta: “Quem jamais vai à guerra à sua própria custa?” Os soldados romanos esperavam ser pagos. Além disso, Paulo pergunta: “Quem planta uma vinha e não come do seu fruto?” Se um agricultor se propõe a plantar e colher uvas, ele certamente deveria esperar obter o benefício dos frutos, seja para sua alimentação ou para a venda das uvas. Além disso, Paulo pergunta: “Ou quem pastoreia um rebanho e não come do leite do rebanho?” Se um pastor investisse tempo e energia cuidando de um rebanho, ele certamente deveria esperar se beneficiar do leite e da produção do rebanho. Os seres humanos buscam recompensas por seus esforços. Esta é uma realidade óbvia.
É assim que o mundo funciona. Os que investem seu tempo em favor de alguém devem esperar se beneficiar de seu trabalho. Da mesma forma, os que trabalham em prol do Evangelho deveriam esperar se beneficiar do sustento de apoiadores financeiros, ou seja, os "empregadores" no trabalho. De certa forma, os missionários trabalhavam para a igreja, então eles deveriam esperar ter suas necessidades básicas providas. É um bom investimento prover tal apoio. Paulo ensina esse princípio aos gálatas, dizendo que eles colheriam o que semeassem no contexto do apoio aos que ministravam o Evangelho (Gálatas 6:6-7). Jesus ensinou que aqueles que apoiassem financeiramente um profeta receberiam a mesma recompensa do profeta (Mateus 10:41).
Paulo continuará na mesma linha de raciocínio na próxima seção.